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Oficina Tea (Transtorno Do Espectro Autista): Inclusão E Autonomia

Por:   •  14/9/2023  •  Artigo  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  62 Visualizações

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CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

PROJETO

OFICINA TEA (TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA): INCLUSÃO E

AUTONOMIA

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

2023

1. APRESENTAÇÃO

Este documento destina-se à Gerência de Saúde Mental do Município de

Campos dos Goytacazes e objetiva apresentar a estruturação de Projeto voltado

para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. Tal projeto

foi elaborado pela equipe multidisciplinar do CAPS III Dr Romeo Casarsa a fim de

contribuir para ampliação do acesso e qualificação da atenção a este público.

A construção deste Projeto decorreu da atuação conjunta do grupo de

profissionais do CAPS III a partir de experiências com casos específicos que

alcançaram o dispositivo por demanda espontânea ou encaminhamento. O fruto

destas experiências, bem como a percepção dos profissionais na abordagem dos

casos de TEA, resultaram no delineamento de uma Oficina de Inclusão e Autonomia,

entendendo o CAPS III como equipamento da Rede de Atenção Psicossocial

(RAPS) que atende pessoas adultas portadoras de transtorno mental grave e

persistente.

O delineamento deste documento permeia os princípios ético-técnico-políticos

e busca efetivar o Centro de Atenção Psicossocial como ponto de atenção da RAPS

com estratégias definidas para pessoas com TEA e seus familiares. Entretanto,

entende-se que para garantir efetivamente os direitos deste público é essencial o

desenvolvimento de um trabalho intersetorial, além da interação com os sistemas de

garantias de direitos.

Tal articulação com a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência

e sua contextualização com as Políticas Públicas de Educação, Assistência Social e

Direitos Humanos faz-se necessária para efetivar estratégias de participação social

e práticas plurais frente à complexidade inerente ao manejo desses usuários.

2. INTRODUÇÃO

O primeiro passo é compreender o que é o Transtorno do Espectro do

Autismo - TEA. Caracteriza-se, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 2014) como

um conjunto de déficits na comunicação e interação social em múltiplos contextos.

Há um déficit de reciprocidade social com predominância de comportamentos

não verbais além de interesses restritos e comportamentos repetitivos e

estereotipias. É considerado um transtorno do Neurodesenvolvimento e costuma

manifestar-se ainda na primeira infância.

Segundo especialistas, a deficiência intelectual está frequentemente

associada em pessoas com TEA, além da presença de outros transtornos do

neurodesenvolvimento associados, como TDAH. As pessoas com autismo acabam

sendo discriminadas, não tendo acesso a serviços que favorecem, em condições de

igualdade com os outros, o direito à educação, emprego e vida em comunidade.

Nesse contexto, o CAPS III visa promover inclusão e autonomia na lógica da

reabilitação psicossocial através desse projeto.

Existem especificadores de gravidade que descrevem o grau de

comprometimento da pessoa com TEA, sendo eles: nível 1 (exige apoio); nível 2

(exige apoio substancial) e nível 3 (exige apoio muito substancial). Além disso, os

fatores ambientais, genéticos e fisiológicos colaboram para o estadiamento da

gravidade (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 2014).

A RAPS foi instituída pela Portaria nº 3.088/2011, tendo os CAPS como local

estratégico de propulsão da Política Nacional de Saúde Mental. Seguindo a linha de

abordagem aos transtornos mentais, cabe ressaltar que os TEA estão incluídos

entre os transtornos mentais de início na infância tanto para fins diagnósticos

(DSM-V) quanto para fins de abordagem na RAPS conforme Ministério da Saúde

(BRASIL; 2015).

3.ESTUDO DA REALIDADE

Tendo em vista que o CAPS III recebe uma demanda significativa de

pacientes que já vem sendo acompanhado na rede, este projeto foi criado

especificamente para atender esse grupo de forma diferenciada. É essencial a

continuidade do trabalho já em andamento, bem como constantes atualizações

conforme novos casos forem chegando, visando sempre o bem estar e

desenvolvimento do usuário.

Atualmente contabiliza-se aproximadamente 6 (seis) usuários com

diagnóstico de autismo acompanhados pelo CAPS. Tais usuários inserem-se de

maneiras diferenciadas nas atividades. Ressalta-se que os recursos humanos e

materiais disponíveis possibilitam uma capacidade real de abordagem aos usuários

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