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Psicoterapia de grupo

Por:   •  8/9/2015  •  Resenha  •  5.283 Palavras (22 Páginas)  •  3.294 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – (CCS)

PSICOLOGIA

DISCIPLINA: PSICOTERAPIA DE GRUPO

PROFESSORA: DRA. CATARINA DE FÁTIMA GEWEHR

ACADÊMICA: FRANCIELIFRANÇA RODRIGUES

 

Psicoterapia de grupo: teoria e prática

Psicoterapia de grupo: teoria e prática. Irvin D. Yalom, Molyn Leszcz. – Porto Alegre: Artmed, 2006.

O terapeuta: Trabalha no aqui-e-agora

“A principal diferença entre um grupo de psicoterapia que espera efetuar mudanças amplas e duradouras no caráter e no comportamento e grupos como o AA, grupos psicoeducativos, grupos cognitivos-comportamentais e grupos de apoio a pacientes com câncer é que o grupo de psicoterapia enfatiza a importância de experiência no aqui-e-agora”.  (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.125).

[Destaca a importância do trabalho no aqui-e-agora como a principal metodologia de se gerar mudanças efetivas no grupo].

“Assim, o uso efetivo do aqui-e-agora exige dois passos: o grupo vive no aqui e agora e também se volta para si mesmo. Ele realiza um ciclo auto-reflexivo e examina o comportamento que acaba de ocorrer no aqui-e-agora”. (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.125).

[resalta a importância de trabalharmos os dois momentos: o grupo vive no aqui e agora e também se volta para si mesmo como um ciclo e para que o grupo seja efetivo os dois momentos precisam ser trabalhados].

“Assim. O terapeuta tem duas funções discretas no aqui-e-gora: conduzir o grupo no aqui-e-agora e facilitar o ciclo auto-reflexivo (ou comentários sobre o processo). Grande parte da função condutora do aqui-e-agora pode ser compartilhada com os membros do grupo...”.  (Yalom, I;  Leszcz,M. 2006, P.125).

[O terapeuta também tem a função de conduzir o grupo no aqui-e-agora, fazendo o grupo compreender o que está acontecendo, está tarefa também pode ser exercida pelo grupo mas cabe ainda ao terapeuta o papel de um mediador.].

Definição De Processo

“Na psicoterapia interacional, o processo também tem um significado técnico específico: ele se refere à natureza da relação entre indivíduos que interagem – membros e terapeutas. Além disso, uma compreensão total do processo deve levar em conta um grande número de fatores, incluindo os mundos psicológicos internos de cada membro, interações interpessoais, forças do grupo como um todo e o ambiente clínico do grupo”. (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.126).

[entender o processo de trabalho em grupo, significa estar sensível ao grupo e a sua interação, é preciso considerar um conjunto de fatores que compõem o processo de trabalho. Esse conjunto formado por expressões corporais, voz, gestos... etc. faz parte do processo terapêutico. Cabe ao terapeuta entender este conjunto e saber “ler” estas expressões].

 

“... O terapeuta deve determinar o que pensa que o grupo e seus membros precisam em determinado momento e ajudá-los a avançar naquela direção.”. (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.126).

[ Durante as seções muitas intercorrências podem surgir e afetar o grupo de alguma maneira exemplos: a saída de um membro, uma fala, um resgate da seção anterior, cabe ai ao terapeuta determinar o quanto estas intercorrências  estão afetando o grupo e aponta-las como um item a ser discutido pelo grupo.]

Manutenção do poder

“Na psicoterapia, os comentários sobre o processo envolvem um grau maior de transparência, exposição e até intimidade por parte do terapeuta. Assim, muitos terapeutas resistem a essa abordagem por inquietação ou ansiedade. Analisar o processo significa analisar o reconhecimento de que os relacionamentos são criados em conjunto por participantes que tem um impacto mútuo” (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.132).

As tarefas do terapeuta no Aqui-e-Agora

“No primeiro estágio do foco no aqui-e-agora – a Fase da Ativação -, a tarefa do terapeuta é conduzir o grupo no aqui-e-agora.” (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.132).

[Por meios de várias técnicas o terapeuta deve concentrar no grupo o foco do aqui-e-agora afastando o grupo do material externo e concentrando nos relacionamentos entre si. (Yalom, I; Leszcz, M. 2006)].

O terapeuta é um participante-observador no grupo. O status de observador permite a objetividade para armazenar informações, para fazer observações sobre seqüências e padrões cíclicos de comportamento, para conectar eventos que ocorreram em períodos longos de tempo. Os terapeutas atuam como historiadores do grupo. Somente a eles é permitido manter uma perspectiva temporal, somente eles permanecem imunes da acusação de não serem mais um do grupo, de se elevarem acima dos outros. Também é apenas o terapeuta que tem em mente os objetivos dos membros do grupo e a relação entre esses objetivos e os eventos que ocorrem gradualmente no grupo. O terapeuta de grupo é o principal condutor dos padrões da cultura do grupo, apoiando e sustentando o grupo e incentivando-o em seu trabalho”.  (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.133).

[Cabe ao terapeuta o papel de participante-observador e ainda é quem vai coordenar/mediador do grupo, armazenar informações e resgata-las para orientar o grupo, o terapeuta é o único que vai ter uma posição de destaque diante do grupo.]

“Às vezes, um terapeuta experiente pode terminar de forma ingênua que é melhor que alguns membros do grupo abordem uma questão que o próprio líder se sente ansioso demais para abordar. Geralmente, isso é um erro: o terapeuta tem uma capacidade maior de falar o impronunciável  e de encontrar maneiras palatáveis de dizer coisas desagradáveis. A língua está para o terapeuta assim como o bisturi está para o cirurgião” (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.134).

[A distribuição das falas no grupo é importante, mas o terapeuta tem que estar atento nas falas e quem se sentem seguro ao falar sobre assuntos que estão gerando ansiedade no grupo.].

“Muitas vezes, articular um dilema de maneira equilibrada e sem culpar ninguém e o modo mais efetivo de reduzir a tensão que obstrui o trabalho do grupo. Os líderes de grupo não precisam ter uma resposta completa para o dilema – mas devem saber identificá-lo e falar sobre ele... É bom que os membros aprendam a identificar e comentar o processo”. (Yalom, I; Leszcz, M. 2006, P.135).

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