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Processos Basicos Psicologicos

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Por:   •  4/6/2014  •  1.398 Palavras (6 Páginas)  •  865 Visualizações

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“O Homem que Confundiu a sua Mulher com um Chapéu”

O primeiro caso relatado é o do dr. P, em “ O Homem que Confundiu a sua Mulher com um Chapéu”, que era um professor de música. Seus primeiros problemas foram observados devido ao relacionamento com seus alunos, no qual, o professor não reconhecia seus alunos pelo rosto, e sim pela voz ou jeito de tocar, passando por situações bem embaraçosas, como a de passar a mão em um hidrante, pensando ser a cabeça de uma criança. Apesar disso, suas capacidades musicais continuavam deslumbrantes. Porém também estava confundindo a cabeça de sua esposa com um chapéu.

Em uma visita ao neurologista descobriu que o seu problema estava presente em algumas partes visuais do seu cérebro e não em sua visão, sendo recomendado a procurar um neurologista. Logo, o neurologista constatou que Dr. P o encarava com os ouvidos, realizando fixações súbitas.

Ao realizar alguns exames neurológicos foi constatado que a sua acuidade visual era boa, mas foi percebido que Dr. P. captava características minúsculas, individuais, ou seja, ele não conseguia ver o todo, apenas os detalhes. Doutor Sacks para compreender o caso realizou testes de percepção ao músico, percebendo que as formas abstratas eram claras, porém ao mostrar caricaturas o Dr. P. as reconheciam devido a alguma característica importante, por exemplo, o nariz.

Em um dos testes o neurologista mostrou uma flor ao Dr. P, porém com uma distância mínima de quinze centímetros, inicialmente, foi descrita como uma forma espiral vermelha, que possuía um anexo linear verde, não possuindo poliedros regulares e sim uma simetria própria, chegando a conclusão de ser ou uma inflorescência ou uma flor, mas ao cheirá-la descobriu que era uma rosa têmpora. Em outro teste, foi pedido para que o Dr. P se imaginasse entrando pelo lado norte de uma praça, ao descrevê-la foram mencionadas apenas as construções do lado direito, posteriormente foi pedido que ele se imaginasse entrando pelo lado sul e novamente foi descrito apenas as construções do lado direito. Assim, era evidente que o problema estava do lado esquerdo, consequentemente seus déficits no seu campo visual eram tanto internos quanto externos, dividindo a sua memória e a imaginação visual pela metade, também concluindo que a visualização de rostos ou até mesmo de alguma cena, narrativas ou dramas visuais estavam prejudicados, porém a visualização de esquemas estava preservada.

Dr. Sacks então percebeu que a sua patologia estava avançando podendo chegar à profunda agnosia visual, em que todas as capacidades de representação de imaginação, o senso do concreto e também o senso da realidade de Dr. P. estava sendo destruídos.

A percepção é a representação do mundo que está presente em nossa cabeça, detectando energias do meio e as codificando em sinais neurais, isto é, sensação; também é a interpretação e a organizações das sensações, ou seja, percebemos algum objeto e por meio dos sentidos é transformado em sensação e também me percepção. (MYERS, 2006, pág.136)

Podemos observar que a deficiência do Dr. P. na visão pode ter ocorrido devido à sensibilidade de dados visuais da percepção. Também é possível concluir que o professor de música possuía uma dificuldade de observar o objeto como um todo, tendo a percepção de partes dele. A partir disso, demonstra-se a deficiência na percepção, pois não podemos ter conhecimento do “todo” por intermédio das partes.

“O Marinheiro Perdido”

O segundo caso de Sacks é o “O Marinheiro Perdido” que conta a história de um simpático, inteligente e destemido marinheiro Jimmie G., que perdeu a maior parte de sua memória.

No primeiro contato com Dr. Sack, se lembrou com detalhes e carinho do que vivera. Jimmie animava-se ao recordar o seu passado, mas não parecia estar no passado e sim no presente, tendo uma mudança no tempo verbal em suas reminiscências quando passou do seu tempo de escola a época da Marinha, usando o primeiro pretérito, voltando a falar no presente, porém não só no presente formal, mas sim o tempo presente, ou seja, a experiência imediata.

Ao perguntar quantos anos ele possuía, respondeu incertamente que possuía 19 anos, mas na realidade tinha 49 anos. Assim, o neurologista mostrou o espelho a ele, perguntando se via um rapaz da idade que ele respondera; assustado ao ver seus cabelos grisalhos, achou que era uma brincada. Então o Dr. Sacks o levou a janela para mostrar-lhe o dia e afastou-se após alguns minutos, retornou ao seu lado e o marinheiro não o reconheceu.

Inicialmente o neurologista constatou que Dr. G. possuía lapsos de memória, realizando alguns testes, que demonstrou grandes capacidades. Foi constatado que havia uma perda na memória recente, ou seja, tudo o que lhe era mostrado ou dito era esquecido em poucos segundos, especialmente quando havia a presença de estímulos que o distraíam, porém as suas capacidades intelectuais e perceptivas estava preservadas e eram bem evoluídas.

Após a realização dos exames era provável a Síndrome de Korsakov, em que a perturbação ocorre exclusivamente na memória dos eventos recentes, as impressões recentes, ou seja, extinguem-se mais rápido, enquanto as de muito tempo atrás são recordadas, de modo que a sua perspicácia permanecem intactas. Mas, foi constatado pelo Dr. Sacks que quando a atenção emocional e espiritual de Jimmie pela contemplação da arte ou da natureza, a atenção, o “estado

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