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Psicologia Escolar

Por:   •  21/4/2015  •  Monografia  •  13.137 Palavras (53 Páginas)  •  601 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

  1. Práticas escolares cotidianas produtoras das condições do processo de ensino e aprendizagem

Diversas pesquisas e livros acadêmicos pertinentes ao tema acerca do fracasso escolar se concentram no contexto do ensino público. Por conta, disto nossa pesquisa busca averiguar como se dá esse processo nas instituições de ensino, tanto pública como privadas.

Buscaremos contextualizar o tema que envolve a psicologia escolar, que se apresenta de grande valia para nosso percurso acadêmico e científico, a fim de clarear como se dá à atuação do psicólogo na área educacional no atual cenário histórico contemporâneo.

Concordamos com Tanamachi e Meira (2003, p. 11) quando afirmam: “o que define um psicólogo escolar não é o seu local de trabalho, mas o seu compromisso teórico e prático com as questões da escola” (SOUZA, RIBEIRO e SILVA, 2011, p. 54).

De acordo com Souza (1994, p. 10), os critérios de composição de classes, validação e retenção dos alunos são em sua maioria organizados em questões comportamentais consideradas adequadas ou não, sem levar em conta a dimensão pedagógica das crianças.

A “psicologização” do processo de aprendizagem também é verificada por meio do grande número de encaminhamentos de crianças e adolescentes para atendimento psicológico nas Unidades Básicas de Saúde. Os "problemas de comportamento" e "problemas de aprendizagem" são centrados especificamente no aluno, como se ele fosse o único responsável por seu fracasso na escola. Sendo o aluno sempre apontado como disperso, não atento às aulas, desobediente por não cumprir com o dever de fazer a lição estipulada pelo professor e, por isso, não consegue aprender (SOUZA, 1994).

Segundo Souza (1994, p. 11) as afirmações presentes na vida escolar provocam entendimento de que os professores que assim pensam têm uma visão determinista a cerca da criança, que na grande maioria das vezes é avaliada pelo seu desempenho ou reduzida a problemas emocionais e familiares.

O cenário escolar apresentado demonstra uma visão distorcida da aprendizagem, pois mantem uma ideia estreitada do ser humano e se apoia numa premissa métrica do psiquismo, na qual considera que o potencial de aprendizagem é inato e se apresenta de imediato desde o inicio na vida escolar. Esse ideal de comportamento baseia-se numa leitura simplória dos conceitos psicanalíticos, estes aferem como aspectos emocionais apenas os fatores intrapsíquicos, sem levar em consideração as relações escolares e interpessoais (SOUZA, 1994).

Severino (2000, p.11) afirma que é necessário o aprimoramento das qualidades dos subsídios didáticos que envolvem o instrumento de trabalho, preocupando-se em manter sua atualização como objeto indispensável.

De acordo com Souza (1994) a reflexão a respeito das admiráveis contribuições da psicologia, ressaltando o potencial humano, a importância dos aspectos grupais e institucionais tanto no contexto social como no âmbito escolar, o que demonstra nas práticas pedagógicas como uma incógnita.

 Tais comportamentos nos conduzem ao pensamento de que vivemos numa sociedade na qual existem inúmeras crenças e ações preconceituosas aos menos abastados, imigrantes entre outros grupos de minoria. E que devemos admitir e confrontar essa perversa realidade, discutindo e modificando nossas crenças e valores, pois são barreiras como estas que nos impossibilitam progredir no trabalho educacional. Sem levar em consideração que preciso é analisar as consequências sociais de tais atitudes, sobretudo o fato de que o fracasso escolar atrapalha a inserção dessas crianças na alfabetização, passo esse fundamental para a cidadania. (SOUZA, 1994).

De acordo com Patto (1987 apud SOUZA, 1994, p. 38), carecemos nos atentar com práticas escolares cotidianas, produtoras da incapacidade do aprendizado das crianças, gerando os "analfabetos funcionais".

Para que exista uma alteração da ideologia na inabilidade relacionada a não alfabetização se constata em um atual método de trabalhar diferenciado, de contemplar os alunos, de desenvolver critérios de avaliação e de promover a aproximação dos pais com o processo de escolarização.

Para esses educadores vencida a barreira da escassez cultural, o centro das preocupações passa a ser o processo e a criação de significativos espaços de socialização (SOUZA, 1994).

  1.  Psicologia Escolar Contemporânea

Souza (2009), afirma que no Brasil a psicologia escolar é classificada como uma das áreas de pesquisas e de exercício do profissional no campo de psicologia.

Historicamente, essas áreas de pesquisas se encontravam em campos dicotômicos, enquanto a psicologia escolar atuava no campo prático, a educacional ocupava lugar na área de pesquisa em psicologia. Tal divisão cedeu lugar para algumas discussões, dando luz ao assunto em questão com a justificativa de que tanto a psicologia escolar quanto a educacional eram favoráveis uma a outra, constatando que entre teoria e prática havia uma união o qual essas poderiam ser consideradas não dissociáveis diante do objetivo uma ciência referida como humana (SOUZA, 2009).

As discussões advindas da década de 1980 passaram a repensar a tarefa do psicólogo, defendendo a necessidade de mudança nos referenciais teóricos, na compreensão das questões escolares, com vistas a promover o desenvolvimento de práticas pedagógicas de melhor qualidade (SOUZA, 2009).

Souza (2009) assegura que por conta dos incentivos adversos no cenário da psicologia escolar, houve uma corroboração a qual julgamos que no momento atual temos no Brasil diversos tipos de trabalhos de mediação e de pesquisa envolvedo crianças, adolescentes e seus familiares na responsabilidade das dificuldades escolares destas. Atribuen-se diversas variáveis para o fato, agregam-se a esses fatores instrumentos modernos de avaliação, com o intuito de facilitar a resolução das queixas.

Diante desse fato existiu a possibilidade de arrimar o ato da edificação de uma corrente investigativa no palco da psicologia escolar, o que a tornou crítica e ampla no campo educacional, operando também no ramo de inclusão social, tornando-a respeitada no campo de estudo e na reprodução da vida acadêmica de um psicólogo. A referida torrente investigativa tem como objetivo procurar entender o fenômeno educacional como resultado dos relacionamentos estabelecidos no interior da instituição, fator esse que é apontado pelas políticas educacionais, da biografia local e de sua concepção institucional (SOUZA, 2009).

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