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Psicologia Escolar

Por:   •  18/11/2015  •  Resenha  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  237 Visualizações

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Estudos para a NP2 de Psicologia Escolar

O Psicodiagnóstico na escola

Muitos professores se perguntam quais as causas dos problemas de aprendizagem e das atitudes agressivas. E é a partir desta problematização, do fato de algumas crianças não corresponderem às expectativas de rendimento e comportamento produzidos pela escola, que muitas crianças são encaminhadas ao psicólogo, o qual na maioria das vezes colaboram para a manutenção de tal prática.

Patto discute então, os fins para os quais os testes de inteligência foram produzidos e quão descontextualizados os mesmos podem estar ao serem usados tão e somente para apontar dificuldades de aprendizagem, visto que tais dificuldades englobam aspectos muito mais amplos, regidas por uma rede de relações pessoais e sociais. O tema é discutido através de uma abordagem sócio-histórica, onde se aponta falhas (como o fato de não se considerar o processo da resposta, mas somente as corretas; o fato do aluno não saber que o tempo é contado e que este é um dos determinantes na avaliação) e se classifica tais avaliações como artimanha do poder e armadilha para a criança, que acaba como vítima. E finaliza sua critica colocando que todo esse processo é vivido com dor pela criança e isso lhe causa danos na auto-estima, os quais os psicólogos vão entender equivocadamente como causa das dificuldades escolares.

A proposta então é no sentido de uma ação profissional munida de valores positivos, ou seja, voltados para a busca de um mundo humanizado; que ao mesmo tempo que denuncia uma realidade desumanizante e os instrumentos ideológicos de sua manutenção (como os testes psicológicos), anuncia uma realidade transformadora e mantém o sonho de uma vida mais humana.

Para romper com a produção da queixa escolar

Em tal discussão, é proposto que não existem causas individuais para os fenômenos de vida, visto que eles são efeitos que compõem uma rede de relações, não sendo, portanto, de ninguém. E afirma-se que as significações afetivas, emocionais, intelectuais e sociais atribuídas à diferença, podem vir a impedir o desenvolvimento muito mais do que a deficiência, visto que ela pode levar a atitudes, preconceitos e estereótipos. Deve-se entender, que existe sim pobreza, problemas emocionais, familiares e etc., mas que não é possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre essas questões e a capacidade de aprender, pois, os fenômenos são viabilizados nas relações, isto é, agimos diferente conforme as relações.

Neste sentido, são propostas mudanças ditas necessárias na avaliação psicológica de alunos; tais mudanças são apresentas numa proposta de quatro momentos. O primeiro momento implica em pesquisar os bastidores dos encaminhamentos, as versões de vários profissionais e a história escolar da criança. No segundo momento, ocorre um encontro individual com a criança encaminhada e uma conversa com os pais. No terceiro momento, há um encontro em grupo com as crianças e conversas com os professores para a discussão dos acontecimentos em sala de aula.

Sendo assim, a queixa escolar é constituída em uma história coletiva. Avaliar a sua produção implica buscar o quanto é possível alterar essa produção, afetando os fenômenos nos quais ela se viabiliza. O objeto, portanto, passa a ser os fenômenos em intervenção.

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