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RELATO DO LUTO E SEUS ESTÁGIOS DE ACORDO A DESCRIÇÃO DE ELISABETH KUBLER-ROSS

Por:   •  1/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.286 Palavras (6 Páginas)  •  182 Visualizações

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FACULDADE INTEGRADA DE ENSINO SUPERIOR DE COLINAS

CURSO DE PSICOLOGIA

RELATO DO LUTO E SEUS ESTÁGIOS

COLINAS DO TOCANTINS-TO

NOVEMBRO, 2017

JENYFFER LOPES SILVESTRE

MARIA LACERDA OLIVEIRA DA SILVA

RELATO DO LUTO E SEUS ESTÁGIOS DE ACORDO A DESCRIÇÃO DE ELISABETH KUBLER-ROSS

Disciplina: Psicologia da Saúde Hospitalar Prof.: Daiana Ferreira Sobrinho

COLINAS DO TOCANTINS-TO

NOVEMBRO, 2017

Oliveira, N., 35 anos, evangélica, demonstrou ser uma pessoa super extrovertida, sociável, aberta a dialogo, espontânea. Uma pessoa que lida bem com as frustrações, evidenciando isso no seu relato, onde apesar das decepções que teve com sua mãe, no decorrer da vida a perdoou, sofrendo demasiadamente com sua perca. Hoje ela é casada e tem um filho de 8 anos, é bastante envolvida com todos familiares, tios, primos, irmãos e sobrinhos.

Oliveira perdeu seu pai ainda criança, não sofrendo muito pela perca devido ser muito pequena e não entender que nunca mais o veria. A partir daí ela foi criada com a mãe, dois irmãos e a bisavó que tempos depois também faleceu. Sua mãe era alcoólatra, no entanto cuidava bem deles, porém melhor dela por ser mulher, o apego era maior. Com o passar do tempo, devido a alguns acontecimentos decepcionantes, que Oliveira não sentiu à vontade para descrevê-los, acabou todo o afeto existente entre mãe e filhos.  

Sua mãe faleceu à 1 ano e 3 meses atrás, porém ainda não conseguiu superar o luto, ela no inicio da conversa até diz que superou e hoje lida melhor com a perca, no entanto, ao relatar demonstra traços e até mesmo em sua fala que a dor e sofrimento ainda se fazem presentes.

Ao iniciar, Oliveira deixa claro que conseguiu superar, mas não esquecerá nunca. Procura lembrar apenas das coisas boas para evitar que o sentimento de tristeza apareça. Ela descreve que descobriu que seu medo não é de morrer, e sim de perder seus entes queridos.

Sua mãe primeiramente foi diagnosticada com câncer de mama, teve que retirar o seio, fez quimioterapia e foi dada como curada. Nessa fase ela largou sua vida conturbada, seu vicio, se tornou evangélica, e tentou reaproximar de seus filhos, que devido à vida que eles tinham não havia mais afeto algum.

Acerca de 2 anos depois foi novamente diagnosticada, só que dessa vez foi diferente, pois elas já tinham reaproximado, tinham criado um vínculo, só os seus irmãos que não se importavam mais.

Oliveira relata que recebeu a noticia que sua mãe foi diagnosticada com câncer no pulmão e teria pouco tempo de vida de uma forma bruta do médico, onde ela diz que contribuiu para um surto momentâneo, como se estivesse fora de si por alguns instantes. Era uma dor que ultrapassava qualquer estado normal de uma pessoa.  

Ela preferiu a primeiro momento negar toda a situação, preferindo acreditar que era só uma prova de fé e mudança de vida para elas, e seria uma união familiar. A mesma descreve que a dor que sentiu não se assemelha a nada, sua mãe era uma pessoa de muita fé e elas acreditavam juntas em uma possível cura.

Quando sua mãe faleceu ela sentiu-se abandonada, paralisada, sem saber o que fazer ou dizer, sentia-se inválida e invadida por um sentimento de solidão. Desaceitando a perca, como forma de amortecer todo sofrimento que a mesma trouxe. Sua paz foi retirada e a dor e o sofrimento tomaram de conta, deixando uma ferida que nunca será cicatrizada, descreve Oliveira.

Ela teve um sentimento muito grande de raiva das pessoas que a fez mal, pois poderiam ter realizado seus últimos desejos, porém não os realizaram, que era ter o amor de seus filhos novamente. No entanto, não sentiu raiva quanto ao acontecido. Apenas um sentimento que não consegue descrever. Mas manteve em sua cabeça que Deus sabe de tudo e apesar de sofrer, ela sabia que não era sábio esse sentimento. E ela tinha consciência que todos estamos expostos à morte, pois ela vem para todos, apesar de ser dolorosa para os demais que ficam.

Seu maior medo descrito era de sua mãe se revoltar e perder sua tão sonhada salvação. Medo de perder mais pessoas amadas. E seu maior sonho era que tudo voltasse a ser como antes, para ter a oportunidade de poder fazer e falar tudo que deixou passar, mas caiu à ficha que isso não era só um sonho que poderia mudar o final, era uma realidade triste que vivencia até hoje.

Oliveira ficou depressiva em decorrência ao acontecido, teve acompanhamento psiquiátrico, pois estava carregada de muita ansiedade, seu cabelo caiu, porém logo recusou o tratamento, passando a tomar calmantes naturais, não sabendo descrever o nome dos mesmos, receitados por sua tia. No entanto percebeu que precisava mudar aquilo e desviou para outra rota de fuga, aproximando-se mais de seus entes queridos e aproveitando mais os dias com seu filho. Isso a fez se sentir bem melhor, e a cada dia que passa a mesma relata que aprende lidar com à perca de uma forma diferente devido sua fé.

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