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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Por:   •  4/4/2019  •  Seminário  •  3.637 Palavras (15 Páginas)  •  160 Visualizações

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O início do estágio escolar supervisionado ocorreu na Escola Técnica Joinvillense, e no primeiro momento foi agendada uma reunião com a diretora da Instituição que recebeu os estagiários. No primeiro momento, ficou estabelecido um contrato verbal com a Direção da Escola, que aprovou o estágio. A parir da aceitação da presença dos estagiários para desenvolvimento do projeto foi necessário conhecer a realidade da escola. Quando questionada sobre o comportamento dos alunos, a mesma não explicitou sobre o caso alegando que poderia vir a corromper a visão dos estagiários.

Na instituição existem regras pré-estabelecidas, mas ficou claro para o grupo que esta não é cumprida na íntegra e que para atuar tem que haver certa flexibilidade diante das normas estabelecidas na instituição. Sendo assim, fica explicita a história não documentada. Ezpeleta fala que na história não-documentada, a versão documentada torna-se parcial produzindo efeito de ocultador do real movimento.

A respeito da história não documentada Ezpeleta (1989) diz que:

A homogeneidade documentada decompõe-se em múltiplas realidades cotidianas. Nesta história não documentada, nesta dimensão cotidiana, os trabalhadores, os alunos, e os pais se apropriam dos subsídios e das precisões estatais e constroem a escola.

Foi questionada também a liberdade dos alunos devido ao fato da Instituição ter acesso livre podendo haver a possibilidade do aluno se ausentar da instituição sem ser percebido. Segundo a Diretora da Escola alega o espaço de livre acesso não afetar na produção escolar, e afirma existir controle por parte da mesma, pois as turmas são reduzidas, e além do mais, os alunos têm consciência das suas obrigações.

Os estagiários tiveram contato com os professores do turno vespertino que levantaram a questão de um aluno que aqui vamos denominar de elemento (E), e também questões foram levantadas da turma do segundo ano considerada como agitadas. A diretora complementa acrescentando outras informações sobre o assunto que hora estava sendo levantado. O que se percebeu foi disputa de espaço e de até profissionalismo entre alguns professores. Outros professores que depois foram apresentados aos estagiários em suas falas confirmaram a existência dessa disputa como já havia percebido anteriormente.

Os fatos levantados na Escola foram levados ao conhecimento da supervisora dos estagiários que os orientou a fazer uma reunião com os pais de (E). A reunião foi agendada e na data marcada o pai de (E) se fez presente e relatou aos estagiários a situação de seu filho. Informa que (E) toma medicamentos controlados e faz acompanhamento com profissionais da área de pedagogia, psicoterapia, e psiquiátrico e comenta que o seu comportamento varia dependendo do ambiente que se encontra. O pai conta que quando (E) está em casa, ou mesmo quando está com os escoteiros, parece que as regras ficam estabelecidas, mas na escola quando há possibilidades de fugir dessas regras, este se desorganiza.

Após formalizarem o encontro com a diretora da escola e esta apresentar os estagiários aos alunos surgiu um problema que infelizmente os estagiários tiveram que flexibilizar a negociação dando o espaço para os estagiários da Terapia Ocupacional. Pois seria impossível um grande número de estagiários trabalhando com um grupo reduzido de alunos. Bem provável acabaria gerando transtornos, dessa forma, resolvemos ceder o espaço. Após comunicar os fatos a supervisora de estágio supervisionado escolar, os estagiários procuraram a direção da escola expondo os fatos que foram entendidos pela diretora.

Os estagiários ficaram no aguardo do surgimento de outra escola disponibilizar espaço para o estágio. Já na semana seguinte a supervisora do estágio escolar supervisionado nos comunica da possibilidade de se realizar estágio em uma escola pública, pois a E.E. Germano Timm solicitou a presença de estagiários na instituição para tratar de questões de indisciplina com a turma da 5ª serie.

No dia 02/04/2008 no período da manhã houve uma reunião para que fosse esclarecido a problemática e também foi levantada a proposta de outras atividades com a escola, pois não era viável estar na escola para lidar única e exclusivamente com a turma da 5ª série. A proposta feita pela supervisora do grupo de estagiários foi aceita pela direção da escola, sendo assim, os estagiários deram inicio em suas atividades em 16 de abril de 2008 com observações de campo para coleta de dados que se prorrogou até o dia 7 de maio de 2008.

Nesse período foram feitas observações de campo de como ocorre o processo de relacionamento entre professores e alunos, alunos e professores, professores entre professores, alunos entre alunos, e demais integrantes da administração da escola.

 O Plantão de escuta tem por objetivo propiciar apoio e orientação. É um espaço aberto para que o professor possa expor suas dificuldades permitindo ao colaborador a redução do nível de ansiedade presente. Este plantão não configura um espaço clínico, devido a isso, o plantão é realizado semanalmente por um estagiário diferente. Durante esses plantões alguns professores manifestaram insatisfação com a administração da escola. Uma dessas insatisfações e a flexibilização que escola promove aos alunos que participam do Bolshói dando prazo à eles para entrega de trabalhos,alterando data de provas, enfim facilitando esses alunos para que possam exercer suas atividades extra-escolar. Também ficou em evidência certo desestímulo em preparar as aulas provavelmente ocasionadas pela ausência constante desses alunos, e outros fatores que ali também estão implicados que por eles não foram mencionados, sem contar com a questão da 5ª série que é vista como uma turma problemática. Os professores alegam se tratar de uma turma desinteressada, bagunceira, enfim a 5ª série se assim possa dizer foi classificada como sem limites, turma indisciplinada.

A indisciplina é interpretada como atitude de desrespeito, de intolerância aos acordos firmados, do não cumprimento de regras capazes de pautar a conduta de um indivíduo ou de um grupo

Segundo LA TAILLE:

“Crianças precisam sim aderir às regras (que implicam valores e formas de conduta) e estas somente podem vir de seus educadores, pais ou professores. Os limites implicados por estas regras não devem ser apenas interpretados no seu negativo: o que não pode ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentido positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum espaço social – a família, a escola, a sociedade como um todo.” (1994,p.9)

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