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Relato De Experiência Das Atividades De Extensão

Por:   •  30/11/2023  •  Relatório de pesquisa  •  3.256 Palavras (14 Páginas)  •  31 Visualizações

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO¹

Giovana Mesquita Santos²

Karine Santos de Araújo³  

RESUMO: O presente artigo é referente ao Relato de Experiência que corresponde ao VI Projeto de Extensão, realizado na escola São Vicente de Paula. Tal projeto, denominado “Psicologia na Escola: formas de aprendizagem” foi efetuado pelos discentes do 6º período de Psicologia da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (Unisulma), contando com o auxílio e supervisão da professora Karine Santos de Araújo. O objetivo principal foi coletar dados sobre a estrutura física da escola, o corpo técnico, as demandas psicopedagógicas e psicossociais dos alunos, a fim de identificar as principais dificuldades de aprendizagem dos discentes e a partir desse levantamento, realizar intervenções na referida instituição, de acordo com as questões levantadas, que visam contribuir com o ensino aprendizagem, propiciando um melhor rendimento escolar e consequentemente uma maior qualidade na saúde mental do aluno.

Palavras-chave: Formas de Aprendizagem; Psicologia; Dificuldades; Saúde Mental.

  1. INTRODUÇÃO

A história da educação no Brasil é marcada por desafios persistentes, questionando a efetividade das políticas públicas em proporcionar uma educação de qualidade. A Constituição Federal de 1988, no artigo 206, inciso VII, estabelece o compromisso do Estado com o "ensino ministrado com a garantia de um padrão de qualidade". Contudo, décadas após sua promulgação, o debate sobre a eficácia e qualidade da educação brasileira ainda persiste.

A relevância desse projeto transcende a comunidade acadêmica, alcançando a sociedade em geral, pois contribui não apenas para a formação de futuros profissionais da psicologia, mas também para o desenvolvimento dos sujeitos como seres sociais. A escola, enquanto espaço de ensino-aprendizagem, enfrenta diariamente desafios que muitas vezes impedem o pleno cumprimento de sua missão.

O projeto se desenvolveu em etapas, começando com embasamento teórico na disciplina de

 Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Psicologia do Instituto de Ensino Superior do Sul do

Maranhão IESMA/UNISULMA.

 Acadêmica do Curso de Psicologia do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão

IESMA/UNISULMA. E-mail: jenniferkellyfirmianoaguiar@gmail.com

 Professora, Orientadora do Curso de Psicologia do Instituto de Ensino Superior do Sul de Maranhão –

IESMA/UNISULMA. E-mail: karinearaujopsi@gmail.com

Psicologia da Aprendizagem, seguido pela construção da metodologia de pesquisa e formação de grupos para a execução das ações.

A coleta de dados envolveu entrevistas semiestruturadas com gestores, professores e alunos, culminando em intervenções focadas em temas relevantes para os alunos e técnicas de aprendizagem.

A execução do projeto incluiu quatro grupos de aproximadamente dez acadêmicos cada, divididos para a coleta de dados e a realização das intervenções em dois momentos distintos. Após as ações, houve a devolutiva dos resultados à comunidade escolar, seguida pela apresentação de sugestões de melhorias à coordenação e gestão da escola.

Este trabalho visa não apenas refletir sobre as complexidades da educação brasileira, mas também contribuir ativamente para a promoção de práticas que melhorem a qualidade do ensino-aprendizagem.

Este projeto de extensão, intitulado "Psicologia na Escola: formas de aprendizagem," conduzido pelo curso de Psicologia da UNISULMA, na Escola São Vicente de Paula, em Imperatriz - MA, busca abordar desafios educacionais fundamentais. O objetivo é promover ações que auxiliem os alunos do ensino fundamental II no desenvolvimento de habilidades e técnicas de aprendizagem, estimulando o autoconhecimento e a conscientização de suas potencialidades.

  1. DESENVOLVIMENTO

A educação tem um papel fundamental na construção de uma sociedade e consequentemente na formação do indivíduo, como um ser social. Enquanto o papel da escola, destaca-se pelo fortalecimento de habilidades físicas, cognitivas, relacionais e de aprendizagem. É público e notório que a educação brasileira ainda tem muito que avançar no que tange à qualidade do ensino aprendizagem e talvez essa seja a maior dificuldade do ensino no Brasil, mesmo com os esforços, e a gama de pesquisas desenvolvidas na área educacional. Nota-se que o Brasil caminha a passos lentos nessa direção, pois os problemas são multifatoriais, o que dificulta bastante um diagnóstico preciso e, por conseguinte a resolução desta problemática. O termômetro que mede a qualidade da educação brasileira é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ele foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Mas esse sistema de avaliação de fato é eficaz? Segundo PINTO:

O atual sistema chamado de avaliação [...], mas que na verdade não passa de um conjunto de testes padronizados de português e matemática, é claramente insuficiente para aferir a qualidade da educação oferecida pelos sistemas de ensino, mesmo considerando os limites dos objetivos postos pela legislação. (PINTO, 2008, p. 59).

O autor aponta a hipótese, de que quanto maior for a quantidade e qualidade de insumos entendidos como recursos humanos, quanto melhor for a infraestrutura das escolas, maior e melhor será a qualidade do ensino. Uma vez que todos esses fatores interferem não apenas na qualidade do ensino, mas principalmente na aprendizagem. Portanto, para esse autor, não existe qualidade sem infraestrutura, equipamentos, laboratórios de informática com acesso à internet, bibliotecas, remuneração de professores, ou seja, não existe qualidade na escola, porque não há insumos suficientes (e de qualidade) para alcançá-la.

Este mesmo fato foi apontado pelo professor, A. A. C. O. da Escola São Vicente de Paula. Perguntado sobre: “Quais são as principais dificuldades sob seu olhar, enfrentadas de maneira geral na escola?”. Ele responde que: “Entre os pilares mais importantes de uma escola está o “ensino e a aprendizagem”, há vários fatores que de certa forma pode levar a um tipo de fracasso como, estrutura escolar, (...)”. A questão da infraestrutura da escola, como sendo um agravante à qualidade do ensino, foi citada por todos os professores que responderam à entrevista. Não há dúvidas de que ausência de um espaço adequado interfere diretamente na aprendizagem. Vale ressaltar que durante a visita realizada na escola em questão, pôde se observar a precariedade das instalações, sem espaços apropriados para atividades básicas, a iluminação e a ventilação dos ambientes não correspondem às necessidades. Algumas salas continham três (03) ou quatro (04) ventiladores, sendo que em algumas delas nem todos funcionavam, além dos equipamentos fazerem um ruído considerável que dificultava ouvir a fala do professor. O prédio onde a escola está instalada é antigo e há um impasse entre a prefeitura e a proprietária do imóvel, pois a dona do prédio, alega não compensar reformar, pelo baixo valor que recebe de aluguel, enquanto a prefeitura se recusa a reformar justificando que não é prédio próprio e assim segue-se o impasse. Enquanto isso os alunos prosseguem sendo prejudicados pelas péssimas condições em que se encontra a edificação, tendo como reflexo a interferência na aprendizagem. Ainda de acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, há oito (08) salas de aula, um (01) laboratório de informática, uma (01) biblioteca, uma (01) sala de professores, uma (01) secretaria, uma (01) sala do gestor, uma (01) sala de serviços, um (01) refeitório/auditório, uma (01) cozinha, dois (02) depósitos, três (03) banheiros e um (01) pátio descoberto. Quanto aos materiais de uso permanentes, há dois (02) computadores, uma (01) máquina copiadora, um (01) aparelho de DVD, uma (01) caixa de som, um (01) aparelho de som e dois (02) microfones sem fio. Porém na visita in loco foi observado que a escola não possui quadra de prática de esportes, apenas um pequeno pátio e uma sala de refeitório que é utilizada para eventos e não possui sala de informática conforme reza o PPP. Diante disso, foi informado que tempos atrás a escola foi contemplada com vinte e cinco (25) computadores, porém, não se conseguiu professor de informática, desse modo a sala foi reutilizada e tornou-se uma sala de vídeo, com uma TV.

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