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Relatório de Estágio Supervisionado

Por:   •  18/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.767 Palavras (8 Páginas)  •  1.686 Visualizações

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Faculdade Unigran Capital

Relatório Final de Estágio Básico em Psicologia

Estágio Realizado no Hospital Regional do Mato Grosso do Sul

Aluna: Mercia Cristina Cardoso de Oliveira Luz.

Aluna: Vanessa Barbosa Benites.

Supervisora: Sandra Armoa – CRP nº 14/00422-5

Cidade: Campo Grande- MS, maio de 2015.

Período: Maio a junho de 2015.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2. CARACTERIZAÇÃO

3. ATIVIDADES REALIZADAS

4. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

5. AUTO AVALIAÇÃO

6. REFERÊNCIA

7. ASSINATURA DO SUPERVISOR

8. ASSINATURA DO ALUNO

INTRODUÇÃO

O Estágio Básico é uma disciplina que integra o curso de Psicologia da Faculdade Unigran Capital, e tem como objetivo integrar a teoria e a prática, fazendo com que haja uma diminuição da distância entre a sala de aula e o campo de atuação do Psicólogo, possibilitando um contato direto com a profissão. O Estágio Básico foi realizado no Hospital Regional de Campo Grande, Mato Grosso do Sul e teve como objetivo compreender a atuação do Psicólogo Hospitalar nesse tipo de instituição.

As experiências obtidas com a visita foram compartilhadas e discutidas com o grupo de supervisão que era composto por outros alunos da disciplina. Essa prática nos proporcionou uma visão do que é ser o psicólogo hospitalar, suas dificuldades e desafios dentro da profissão. O Estágio supervisionado nos possibilitou a vivência hospitalar, permitindo observar diversas atividades nas quais qual o psicólogo está inserido.

Foi visto que o psicólogo fornece apoio e informações à família, investigando expectativas, medos, reações a respeito do diagnóstico, a hospitalização e a doença, atuando como promotor de saúde da família para diminuição da dor e do sofrimento na situação hospitalar e no processo de adoecimento.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A época da revolução francesa, que marca o início da psiquiatria como hoje a conhecemos, a figura do doente mental não equivalia a figura do cidadão, pois o “louco” não era definido como um sujeito de razão e de vontade. As manifestações da loucura não se configuravam como violação do contrato social. Desta forma, a história da saúde mental teve início com as pessoas portadoras de doença mental trancadas em hospitais psiquiatras e manicômios. As manifestações da loucura não se configuravam coma violação do contato-social. No entanto, promoveu uma intervenção na vida desses sujeitos, privando-os do direito de exercê-lo. Tal intervenção ocorreu através da cumplicidade do saber psiquiátrico que assegurava à sociedade que as pessoas loucas não possuíam condições de conviver nela.

A reforma psiquiátrica se deu a partir de 1793, em Paris, quando as utoridades da Revolução Francesa delegaram a Phillipe Pinel a tarefa de humanizar e dar sentido terapêutico aos hospitais, os quais se encontravam em condições subumanas, promovendo a separação. Ao propor a liberdade dentro do manicômio, Pinel ao mesmo tempo em que os libertou das corretes os aprisionou a um tratamento asilar, um regime total de isolamento. Ao longo do século XIX, a concepção dos manicômios se transforma do internato educacional proposto por Pinel para um local de sujeição violenta do louco, com enfoque na lesão orgânica presumível que acarreta a enfermidade mental, e não mais na desrazão. Assim, permitiu-se à psiquiatria apropriar-se de um conceito muito antigo, a loucura, como seu objeto de conhecimento.

A história da saúde mental no Brasil tem início em 1841 quando a Corte Portuguesa permitiu que houvesse a construção de um hospício. Essa construção foi devido a inúmeros loucos que andavam pelos cais naquela época. Onze anos mais tarde foi criado o hospício D. Pedro II que logo recebeu 144 pacientes vindos dos porões da Santa Casa. No século XX, o Estado Brasileiro optou por delegar grande parte do atendimento aos doentes mentais à iniciativa privada, cabendo ao Estado pagar e fiscalizar esses serviços.

A Constituição de 1988 pode ser considerada uma vitória no campo dos direitos sociais e políticos e uma nova etapa do processo que já havia se iniciado nos anos 80, no campo da saúde mental e ficou conhecido como Reforma Psiquiátrica. O movimento político que originou a Reforma Brasileira iniciou-se com a problematização do modelo manicomial e de sua articulação com o regime militar na medida em que este modelo funcionava como prática de exclusão e tortura de presos políticos. Outro marco do início da Reforma foi a denúncia da situação precária e desumana de instituições públicas, do tipo asilar, mantidas pela Divisão Nacional de Saúde

Com o advento da reforma psiquiátrica e a consequente redução drástica dos leitos manicomiais, foram 30 mil leitos a menos no período de 1992 a 2005, o Estado passa a ter um grave problema em suas mãos: dar conta do contingente populacional que estava encarcerado e controlado à base de psicotrópicos, amarras e câmaras escuras. Com a extinção dos manicômios o Estado precisa responder à população sobre o que deve ser feito com “os loucos” que foram soltos e voltaram para suas casas ou para as ruas. Nesse ponto, as propostas de criação dos “serviços substitutivos em saúde mental” aparecem como a resposta do Estado para este grave problema. Mas os CAPS’s e demais equipamentos do Estado (Ambulatório, CRAS, NASF, etc.) não se constituíram da noite para o dia. A implantação do primeiro CAPS surge em São Paulo em 1986, em meio a muitas dúvidas e problemas de adequação.

O inicio o trabalho dos Psicólogos no Brasil esteve ligado, primeiramente, aos serviços de saúde mental nos hospitais que foram fundados na década de 30, como alternativa de internação psiquiátrica. Desta forma, o psicólogo trabalhava junto à psiquiatria. Sua inserção em hospitais se inicia na década de cinqüenta com Mathilde Neder instalando um Serviço

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