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Relatório de estágio básico IV - Avaliação em psicologia

Por:   •  22/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.339 Palavras (6 Páginas)  •  604 Visualizações

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O surgimento dos testes psicológicos deu se no inicio do século XX, porém muito antes disso era feito o levantamento de características e habilidades de pessoas em diversas culturas. A fundação do primeiro laboratório de Psicologia Experimental pelo psicólogo alemão Wundt, em 1879, marcou o início das experiências científicas. Em meados do século XIX seus sucessores Weber e Fechner que eram psicofísicos alemães deram início ao reconhecimento da psicologia como disciplina, contudo a psicologia se desenvolveu cientificamente muito rapidamente dando se início ao surgimento de grandes pesquisadores. Entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento e aplicação dos testes psicológicos podemos citar Cattell, Binet e Simon. Com a revolução e o aperfeiçoamento de técnicas, surgiram os mais variados tipos de testes. Binet e Simon no inicio criaram uma série de críticas sobre os testes aplicados, porém cinco anos depois os mesmos criaram um teste para mensuração da capacidade cognitiva geral, chamada de Escala Binet-Simon que consistia em avaliar algumas funções como julgamento, compreensão e raciocínio para detectar o nível da inteligência em crianças. Logo após essa escala passou por aperfeiçoamentos feitos por Wilhelm Stern e Lewis Terman e passou a se chamar Escala Stanford-Binet.

No mesmo período foram criados instrumentos baseados na escala, onde a avaliação cognitiva ganhou grande impulso por conta da Primeira Guerra Mundial. Com o desenvolvimento da testagem psicológica ocorrido neste período, foram aplicados novos testes e houve uma melhoria na qualidade dos instrumentos. No bojo desses avanços, a testagem educacional também ganhou campo e foram desenvolvidas provas para avaliação do desempenho escolar. Além do desenvolvimento técnico que os testes ajudaram a implementar na psicologia, eles contribuíram para avanços técnicos importantes.

Á medida que aumentava o número de pessoas desfrutando de oportunidades educacionais ocorreu uma necessidade de mensurações justas, equânimes e uniformes com as quais avaliar os alunos nos estágios iniciais, intermediários e finais do processo educacional. A testagem psicológica foi capaz de contribuir na utilização direcionada nos talentos de cada pessoa, auxiliando na escolha vocacional.

No início do século XX, com os avanços da psiquiatria no estudo da psicopatologia os desenvolvimentos dos testes ajudaram a diagnosticar problemas psiquiátricos.

Antes de a psicologia ter sido “fundada” por Wundt já havia pesquisadores da compreensão dos processos psicológicos no Brasil. Quando a testagem psicológica chegou ao Brasil passou por algumas dificuldades e até hoje, nos dias atuais ainda é um assunto delicado. No início passou por uma empolgação e logo depois passou por um período crítico, para Pasquali e Alchieri (2001) a testagem psicológica passou por cinco períodos na primeira metade do século XIX, que são: produção médico-científica acadêmica; estabelecimento e difusão da psicologia no ensino nas universidades; criação dos cursos de graduação em psicologia; implantação dos cursos de pós-graduação; e emergência dos laboratórios de pesquisa. Desde então foram implementados eventos científicos em virtude da preocupação quanto à produção de instrumentos de avaliação psicológica mais idôneos.

Foram realizados pelo médico Isaias Alves os testes internacionais voltados para a realidade brasileira, como por exemplo, o Binet-Simon. Com todo o entusiasmo e toda situação auspiciosa das pesquisas iniciais foi feita a difusão da psicologia em grandes universidades brasileiras fazendo parte de diversos cursos de graduação e também foram fundados laboratórios de pesquisa de psicologia aplicada, principalmente na área de seleção e orientação profissional.

Então finalmente em 1962 após tantas dificuldades a psicologia foi oficializada por uma lei como profissão no Brasil e ganhou seu próprio campo e deixara de ser uma disciplina aplicada. Em seguida foram criados o Conselho Federal de Psicologia e suas filiais regionais também a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) que deram um grande apoio.

Embora tenha sido um período vantajoso, foi instalada uma crise de ordem ideológica na área, pois eram usados testes estrangeiros e era então criticado, pois achava que deveria existir uma adaptação a realidade brasileira. Com o aparecimento e o fortalecimento de abordagens mais sociais e humanistas na psicologia, uma forte oposição às práticas e às técnicas positivistas se apresentou, fato que desencadeou alguns prejuízos relativos à pesquisa e ao ensino dos testes (Padilha, Noronha &  Fagan, 2007).

De certo modo algumas críticas faziam sentido pois naquela época havia uma baixa qualidade formação dos alunos em avaliação psicológica visto que não haviam professores especializados em aversão a isto havia uma grande procura dos cursos de graduação em psicologia. Segundo Pasquali, a quantidade de cursos oferecidos subiu de seis para 21 em 10 anos da existência da profissão.

Atualmente no Brasil existe uma resolução na qual institui critérios para que dizem a respeito à fundamentação teórica do teste, uma compilação de informações e normas em um livro chamado Manual Técnico.

O artigo “Avaliação Psicológica em Casos de Abuso Sexual na Infância e Adolesência” mostra o resultado de um modelo de avaliação psicológica que foi realizado com 10 meninas com idade entre nove e 13 anos. Esse tipo de abuso é considerado um problema social e apesar do grande número de pesquisas sobre como lidar com os efeitos dessa forma de violência, constata-se a necessidade de estudo sobre avaliação e intervenção psicológica a ser usada nesse caso.

Tal forma de violência pode ser identificada quando uma criança ou adolescente tem contato com alguém com o desenvolvimento humano mais avançado do que a mesma na qual estará sendo usada para o prazer sexual do agressor. A interpretação de abuso sexual vai de toques e carícias até mesmo aquelas onde não há contato físico, onde apenas o agressor expõe a vítima a imagens ou eventos sexuais, como a pornografia, por exemplo.

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