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Resenha - Capítulos 1, 2 e 3 - Psicometria - Hutz

Por:   •  21/5/2019  •  Resenha  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  1.343 Visualizações

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HUTZ, Claudio Simon. BANDEIRA, Denise Ruschel. TRENTINI, Clarissa Marceli (orgs). Psicometria. Coleção de Avaliação Psicológica. Porto Alegre. Artmed. 2015

Aluna: Eunice Barbosa Rocha

A presente resenha tem como objetivo apresentar os principais pontos apresentados nos capítulo 1, 2 e 3 do livro Psicometria da coleção Avaliação Psicológica, que teve como organizadores: Claudio Simon Hutz, Denise Ruschel Bandeira e Clarissa Marcel Trentini. O livro possui onze capítulos escritos por especialistas brasileiros na área de avaliação psicológica. O primeiro capítulo, intitulado “O que é avaliação psicológica – métodos, técnicas e testes, foi escrito por um dos organizadores do livro, Claudio Simon Hutz, onde o autor inicia apresentando a evolução do conceito de Avaliação Psicológica ao longo da história. Já nas primeiras linhas do capítulo ele faz questão de definir a avaliação psicológica como “um processo, geralmente complexo, com objetivo de formular hipóteses ou diagnósticos sobre uma pessoa ou grupo”. Dessa forma ele já diferencia a testagem psicológica de avaliação psicológica, enfatizando que a testagem psicológica é uma estratégia da avaliação, que poderá ser usada ou não dentro do processo avaliativo. Dentro da avaliação psicológica são levantadas hipóteses que serão confirmadas, refutadas ou medidas através das técnicas de avaliação que são: teste psicológico, entrevista e observação. O teste psicológico é “um instrumento que avalia construtos que não podem ser observados diretamente”, ou seja, ele  é  usado para medir ou fazer inferência sobre determinado comportamento e fenômenos psicológicos. Ao tratar do teste o autor enfatiza a necessidade de cuidados na escolha desses testes onde é imprescindível que se verifique os  participantes da amostra de normatização para avaliar se o mesmo pode ser utilizado na avaliação que o psicólogo se propõe fazer, uma vez que  “o uso de normas válidas de um grupo para o outro pode levar a erro”. A amostra normativa é encontrada no manual do teste. Apesar de o teste ser um instrumento objetivo, importante no levantamento de informações sobre o indivíduo, devem ser usados de forma adequada, observando ainda que os resultados de um teste, ou de uma bateria de testes, não são suficientes para estabelecer um diagnóstico, sempre deverá ser observado todo contexto em que o mesmo for aplicado, sendo apropriada a utilização de outras estratégias (entrevista e observação). A entrevista  é importante na coleta de dados, ela pode ser estruturada (possui um roteiro preciso), semiestruturada (possui um roteiro mas dá maior liberdade ao entrevistador na formulação de perguntas) ou informais (o entrevistador vai construindo de acordo com o que observa). Assim como o teste, para fazer uma entrevista é necessário um treinamento adequado. A observação é um método que gera muitas informações relacionadas ao comportamento e expressão do avaliado, o autor ressalta que tanto na entrevista como no teste essa técnica é empregada concomitantemente. Por fim o capítulo é concluído enfatizando a importância de treinamento e preparação específica para o emprego de técnicas de avaliação psicológica.

No segundo capítulo “que  trata das questões básicas sobre mensuração”, os psicólogos Nelson Hauck Filho e Cristian Zanon destacam os motivos que apoiam a mensuração de fenômenos psicológicos com o auxílio da quantificação e da psicometria. Os resultados de medidas (escores) produzem informações que irão localizar o avaliado dentro da amostra normativa do instrumento aplicado, que foi o grupo de pesquisa utilizada na elaboração do teste para que fossem estabelecidas as normas do mesmo. Essa amostra normativa  está apresentada no manual do teste. Através desses escores é possível avaliar determinada característica do avaliado, o construto (características, habilidades, processo mental). Antes da mensuração é importante definir o construto, uma definição operacional, dessa forma deverá ser buscada o instrumento em que sua definição constitutiva seja adequada a hipótese em estudo. Os resultados são transformados em notas lineares para serem comparadas (tabelas percentílicas). A avaliação evidencia a eficácia das práticas interventivas, são ainda utilizadas como um canal de comunicação entre os profissionais e viabilizam a possibilidade de replicar um estudo a partir do seu método.  Entre as abordagens psicológicas foi apresentada a Teoria Clássica dos testes que tem como foco “os escores observados pelos instrumentos psicométricos e em quanto erro de medida eles apresentam”, ou seja é uma medida de comparação com a amostra normativa. São utilizadas as informações estatísticas para fazer inferência sobre determinado construto. Deve ser observado se o instrumento utilizado possui validade e fidedignidade.  Uma variável pode ser avaliada qualitativamente, em categorias, de forma nominal (identifica) e ordinal (ordena) e ainda quantitativamente, que poderão ser discretas ou contínuas. Ao tratar da escala de medidas, o autor utiliza a escala de Stevens apresentando seus níveis de mensuração: nível nominal (distingue o individuo), nível ordinal (estabelece ordem) e os níveis intervalar e de razão que serão aplicados quando além da ordem existam intervalos regulares entre os valores, a diferença entre esses dois níveis é que no de  razão existe um zero natural enquanto o intervalar não. Conclui esse ponto indicando que a mensurabilidade dependa das características do objeto (ontologia) e não simplesmente da construção de escalas (epistemologia). Ainda apresenta a Teoria da Medida Conjunta como uma abordagem mais avançada, formalizada e precisa de que a perspectiva de Stevens. Essa teoria prevê a elaboração de escalas intervalares para a mensuração quantitativa de variáveis psicológicas, essas variáveis são sempre intrínsecas.  A variável latente é composta por alguns componentes em sua definição como: construto, traço latente, características, atributos mensuráveis, processos mentais, fenômenos psicológicos entre outros. Em alguns modelos as variáveis latentes contínuas são representadas como um círculo quando não diretamente observadas e como quadrados para as variáveis observadas, imediatamente disponíveis em um banco de dados. Entre as vantagens citadas para os modelos de variáveis latentes é que elas estão amplamente disponíveis em programas estatísticos, que auxiliam os pesquisadores a testar se um determinado instrumento apresenta uma estrutura fatorial hipotetizada e utilizar os resultados para predizer outras variáveis em um modelo mais complexo. Ao concluir o capítulo os autores refletem que o objetivo não foi defender uma ou outra abordagem mas apresenta-las de forma que seja possível, através do conhecimento adquirido, que o avaliador tome sua própria decisão qual modelo é mais apropriado para realizar a mensuração em psicologia.

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