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Resenha Diversidade e Inclusão nas Organizações - Claudio V. Torres e Amalia Raquel Perez Nebra

Por:   •  12/5/2016  •  Resenha  •  1.731 Palavras (7 Páginas)  •  1.571 Visualizações

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Resenha: Capitulo 14 ( Diversidade e Inclusão nas Organizações - Cláudio V. Torres e Amalia Raquel Perez Nebra.)  - Livro Psicologia Organizações e Trabalho no Brasil.

Os autores iniciam o texto com algumas indagações entre elas "O que foi feito pela área (em termos de diversidade cultural nas organizações) desde 2004? Respondendo que no momento passado pareceu-lhes que a diversidade era apenas uma proposta no país. Hoje, já há o que mostrar. O Brasil se destaca na literatura internacional como um dos principais exemplos de grupos culturais diversos que convivem e interagem em aparente harmonia, mas, ao mesmo tempo que o Brasil figura entre as maiores economias globais, permanece com indicadores sociais de uma das sociedades mais desiguais do mundo.

É importante compreender a diversidade e geri-la, obtendo, assim, o máximo de vantagens. Embora o Brasil seja referência mundial de um grupo cultural diverso, o campo de estudos em diversidade é muito incipiente, com raras práticas sistematizadas na área de gestão de pessoas, a despeito das leis, dos planos nacionais relacionados à mulher, à raça e ao homossexualismo e do movimento político associado à inclusão não apenas nas organizações "tradicionais" como também em escolas e outras instituições e contextos.

A força de trabalho dentro das organizações tem modificado suas características depois dos anos de 1980, mas as primeiras modificações ocorreram no período das guerras na Europa e pós guerra, onde as mulheres e os negros começaram a se inserir no mundo das organizações. O aumento da diversidade da força de trabalho ocorre em dimensões como gênero, raça, nacionalidade, classe social, região cultural. idade, entre outras. 

A dimensão relacionada a diferentes grupos nacionais e étnicos tem tido sua importância ressaltada nos últimos tempos. Sendo os campos da diversidade e transculturalismo complementares, ambos se relacionam e propõem variações importantes de influências contextuais em construtos e processos psicológicos.Apresenta-se como exemplo  o caso dos médicos estrangeiros que foram contratados pelo governo brasileiro em 2013 e o impacto que tal fato teve na discussão sobre preconceito no país. Graças a essas mudanças existe uma demanda para incluir o conteúdo de diversidade cultural na formação de futuros psicólogos organizacionais. 

O texto trabalha os temas de inclusão e diversidade nas organizações, e aborda conceitos básicos como os de diversidade, inclusão e exclusão.  Quando falamos em diversidade significa dizer que pessoas diferentes ocupam cargos diferentes, as diferentes formas de compreensão da realidade, suas crenças e seus valores influenciam diretamente o contexto e as relações nas organizações, assim como as experiências individuais aí vivenciadas.

A diversidade tem sido definida de diferentes formas, e no sentido estrito é simplesmente a convivência de diferentes pontos de vista, também pode ser entendida como a representação de pessoas com diferentes identidades grupais em um sistema social, com a divisão da força de trabalho em categoria distintas, mas com similaridades intragrupais percebidas em um contexto cultural, que exercem impacto sobre os resultados e as relações de trabalho, como também as variadas perspectivas que membros de diferentes grupos de identidade integram ao trabalho. A diversidade também pode ser entendida como demográfica de habilidade e de valores dos funcionários e, por isso, a diversidade pode se categorizada como duas:  cognitiva (relativa às habilidades e aos valores) e demográfica, mais estável e mais difícil de ser modificada. As diferentes definições de diversidade apontadas na literatura são complementares. 

Já a inclusão se refere ao julgamento ou à percepção de aceitação das pessoas, sendo o sentimento de ser bem-vindo e valorizado como membro daquela organização nos diversos níveis. O sentimento de pertença a um grupo é fundamental, sendo este o foco da inclusão: a pertença. Assim, a inclusão vai além da diversidade e sua concretização depende da gestão e da diversidade de modo a criar um ambiente organizacional que possibilite a todos o pleno desenvolvimento de seu potencial na realização dos objetivos da empresa. A inclusão se relaciona como o indivíduo percebe que está sendo tratado na e pela organização por conta de características que o ligam aos grupos aos quais pertence, como raça, gênero, religião, etc.

 O que importa aqui é o efeito do tratamento na pessoa e não o que o outro gostaria de ter feito. A autora entende que um local de trabalho inclusivo é baseado em uma estrutura de valor pluralista. Essa estrutura, por sua vez, é calcada no respeito mútuo e em contribuições iguais, em perspectivas culturais diferentes para os valores e as normas organizacionais. Falando de exclusão social os autores sugerem a existência de uma prática institucionalizada de exclusão e discriminação, que tem resultados desastrosos para fatores como comprometimento organizacional, satisfação e significado do trabalho e etc. Na organização não inclusiva, os trabalhadores entendem que são obrigados a conformar-se aos valores e às normas da organização, como um dever, uma obrigação, algo que não tem relações com o afeto positivo.

Apesar dos esforços acrecidos para recrutar e reter talentos diversos, os membros de grupos minoritários continuam a enfrentar discriminação, isolamento social e problemas de rotatividade. Esses resultados sugerem que a diversidade não é garantia de inclusão, o que reforça a necessidade de explorar os indicadores da inclusão, diferenciando-os daqueles da diversidade. Para entender o processo de inclusão/exclusão Mor Barak e Cherin (1998) desenvolveram uma escala para a valiar o grau em que os indivíduos participam ou sentem excluídos dos processos organizacionais. Os resultados do instrumento indicaram que a percepção de inclusão estava fortemente relacionada a satisfação no trabalho, comprometimento organizacional, desempenho organizacional e bem-estar.

A inclusão pode estar operacionalizada em duas partes: a experiência de inclusão é a percepção dos indivíduos quanto a sua aceitação, respeito e valorização, do ponto de vista de sua identidade individual e grupal. Consiste no senso psicológico individual de que a pessoa esta sendo de fato, incluída. Ao serem incluídas as pessoas têm um sentimento de justiça não só individual como também com relação ao seu grupo de identidade. já o comportamento inclusivo se refere às ações individuais e grupais resultantes ou provocadoras de políticas e procedimentos organizacionais. Que promovem um clima inclusivo e são adotadas pelo indivíduo, pelos membros do grupo de trabalho e pela organização.

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