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Resenha Do Filme Garota Interrompida

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Por:   •  12/10/2014  •  672 Palavras (3 Páginas)  •  3.596 Visualizações

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FACULDADE CIÊNCIAS DA VIDA – FCV

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

PRISCILA PEREIRA DA SILVA

FILME “GAROTA INTERROMPIDA”

Trabalho apresentado como exigência para obtenção de nota na disciplina Psicopatologia II, do curso de Psicologia coordenada pela professor LUCAS AVELAR da Faculdade Ciências da Vida.

SETE LAGOAS

2014

Resenha do Filme- Garotas Interrompidas

O filme se inicia com a personagem principal sendo atendida após tentar suicídio, mas um fato interessante é que ela faz isso em local onde tem a chance de ser atendida e salva, e não sozinha em casa.

Suzana apresenta momentos de lucidez misturados com lembranças do passado. Apresentando características de uma jovem problemática, ansiosa, deprimida e impulsiva com dificuldades de relacionamento, melancolia, ataques de fúria, sarcasmo e comportamentos sexuais impulsivos, que a rotulam como promíscua e confirmam o diagnóstico. Resolve se internar em um hospital psiquiátrico apenas para descansar um pouco. Já no hospital tem contato com varias internas, que se pode observar terem psicose e neurose.

No decorrer do filme, Suzanna relata se sentir confusa sobre como se sente, como se o passado vivesse engolindo seu presente, e não conseguisse controlar o tempo, o que a faz viver situações quase psicóticas, como quando refere sentir que suas mãos estavam sem ossos, apegando-se a este delírio para justificar sua tentativa de suicídio. Justifica este momento também quando, em conversa consigo mesma, refere que tenta se machucar externamente numa tentativa de matar aquilo (sofrimento e dor) que vivencia internamente. Em vários momentos, parece até estar sob o efeito de drogas, pois seu comportamento é alterado significativamente em decorrência da descarga emocional que vivencia.

Podemos observar em Suzanna o diagnostico de síndrome de BORDERLINE (Limítrofe/ distúrbio de limite de personalidade), que são pacientes com tendências autodestrutivos e impulsividade levada ao extremo, sendo esse um transtorno psicológico que o individuo vive entre os surtos psicológicos e a normalidade. Essa síndrome pode ser frequentemente confundida com esquizofrenia ou transtorno bipolar. Porem possui características diferentes, como a duração e intensidade das emoções. Suzana também apresenta sintomas sobre o tempo, afirmando sentir que o tempo pode ir para trás ou para frente, e que ela não tem controle sobre ele. Podemos classificar isso como DISCROMIA.

Durante a internação Suzana tem contato com varias garotas, e cada uma com diagnostico diferente, a primeira tem diagnostico de PSEUDOLOGIA FANTASTICA, que consiste no relato falso e incontrolado de historias fantasiadas, relatos esses que o próprio individuo passa a acreditar. Encontrando também uma paciente SOCIOPATA, apresentando características agressivas, manipuladora, intolerante e facilmente irritada. Outra paciente apresenta relatos de relações incestuosas com o pai, apresentando assim TRANSTORNOS ALIMENTARES. Outra paciente apresenta um comportamento de regressão psicológica, se comportando como se fosse criança, caracterizando uma forma de ESQUIZOFRENIA.

Percebe-se na conduta do psiquiatra uma certa recusa em passar para Suzana seu diagnostico, o que parece não ajudar muito, pois a própria paciente se queixa em não poder se curar se não pode compreender sua doença.

Existe uma certa ligação entre Suzanna e Lisa no decorrer do filme, por serem contrarias uma a outra, e de certa forma se ligam por esse motivo. Lisa apresenta características desinibidas, provocativas e manipuladoras, já Suzanna apresenta dependência, tanto as pais, quanto ao terapeuta, enquanto Lisa sente-se protegida por ela. No entanto duas apresentam muitas semelhanças, como irritabilidade, não admitem ser contrariadas, enfrentam um enorme vazio interior no qual buscam preenche-lo. O comportamento agressivo é muito comum em pacientes Boderline, manifestando-se em forma de escoriações, pancadas ou desmaios propositais. As tentativas de suicídio recebem classificação de Parassuicidio Manipulativo, já que não tem intenção de serem eficazes, mas tem o intuito de chamar a atenção para si próprio e para os problemas que o atingem.

A abordagem da psiquiatra é muito importante dentro do tratamento de Suzanna, pois ela consegue manter uma relação de confiança, o que é importante para a recuperação dela. É importante no processo de psicoterapia a compreensão do cliente sobre sua condição para que ocorra sua melhora e sucesso do processo terapêutico. São informações importantes sobre sua condição, que diz respeito à sua existência. Foram negadas a Suzanna causando uma sensação de desamparo.

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