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Resenhas Psicologia Humanista

Por:   •  12/2/2019  •  Resenha  •  4.502 Palavras (19 Páginas)  •  448 Visualizações

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TEORIAS HUMANISTAS EXISTENCIAIS

Alunos: Luiza Barbosa de Faria Goulart e Raphael Silva Prazeres

Professora: Deborah Costa Esquarcio

6º Período - Manhã

MOREIRA, Virginia; A Gestalt-terapia e a Abordagem Centrada na Pessoa são enfoques fenomenológicos? Revista Abordagem Gestáltica, pág. 3-12, jan-jun, 2009

A Gestalt-terapia e a Abordagem Centrada na Pessoa são enfoques fenomenológicos?

Matrizes do Pensamento Psicológico

  • O texto inicia comentando uma divisão que Luiz Cláudio Figueiredo faz sobre o pensamento psicológico em duas matrizes
  •  A primeira fala sobre uma psicologia de matriz mais cientificista que aos poucos pode levar a uma extinção a psicologia como ciência por si só, cuidando apenas do biológico
  • A segunda diz de um movimento psicológico que tem  matriz “romântica” ou “pós-romântica”, que leva a psicologia como ciência independente.
  • É na matriz vitalista e naturista que Figueiredo insere as várias correntes das psicologias humanistas (entre elas, a Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers e a Gestalt-terapia de Frederick Perls e colaboradores)
  • Como matriz compreensiva, a fenomenologia é, para Figueiredo (1991), uma tentativa de superação, tanto do cientificismo quanto do historicismo.

Gestalt-Terapia e Fenomenologia

  • O criador da Gestalt-terapia, Frederick Perls nasceu em 1893 numa família judaica.
  • A gestalt-terapia possui influências da psicanálise, da análise de Reich, da teoria organísmica de Goldstein,do zen-budismo e da filosofia existencial
  • O criador da teoria possuía uma relação amor/ódio com a psicanálise e com Freud.
  • Além de utilizar a psicanálise Perls utilizou também das teorias de Wertheimer, Köhler, Koffka, Lewin, mas principalmente Goldstein estudando sua teoria organísmica.  
  • Perls criou uma terapia que não utilizava apenas as funções psicológicas, mas levou em consideração o organismo como um todo.
  • A Gestalt-terapia não busca os porquês, mas sim um melhor entendimento  do fenômeno, buscando entender a totalidade. Assim surgiu o termo que batiza esta terapia, Gestalt significa configuração, estrutura.
  • Outro ponto importante a ser destacado desse tipo de abordagem é que esta advém da fenomenologia, utilizando-a como base de estruturação de sua teoria (inspirado na fenomenologia de Husserl).
  • Influências existenciais e fenomenológicas na Gestalt-terapia são: a crença na subjetividade, a integração da noção de intencionalidade, o aspecto  básico da consciência e a concepção de dasein de Heidegger.
  • Perls foi um grande crítico das antigas escolas de psicoterapia, por estas continuarem a pregar a cisão entre corpo e mente
  • Ao mesmo tempo que Perls mostra-se um crítico ferrenho da dualidade entre corpo/mente, ele mesmo mostrava-se preso a uma dualidade, a do inconsciente/consciente.
  • “Apesar de Perls defender constantemente que a interação organismo-meio deve ser entendida de modo plural, englobando aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais, a grande maioria de seus exemplos de tal interação são metáforas digestivas e fisiológicas, o que, possivelmente, indicaria a forte influência de Goldstein em todo o seu pensamento, que, neste sentido, acaba se desenvolvendo fortemente em torno de um eixo biologicista”

Abordagem Centrada na Pessoa e Fenomenologia

  • A abordagem centrada na pessoa foi criada pelo psicólogo Carl Rogers, nasceu a partir de uma palestra na universidade de Minnesota em 1940
  • O foco desta a palestra era o estímulo individual para uma melhoria da saúde, enfatizando os aspectos emocionais e colocando em pauta a importância da situação imediata sobre o passado do sujeito.
  • As idéias de Rogers foram publicadas primeiro nos Estados Unidos
  • Após o livro Psicoterapia e Consulta Psicológica surgiram vários nomes para apelidar a agora chamada de Abordagem Centrada na Pessoa, entre eles estão: Aconselhamento Não-Diretivo, Terapia Centrada no Cliente, Ensino Centrado no Aluno
  • A evolução dos nomes dados a teoria dizem muito sobre a evolução da própria, partiu do princípio de atendimento clínico até se ampliar para diversas áreas, entre elas a da educação e dos grupos por exemplo.
  • O pensamento Rogeriano foi dividido em 4 fases:  Psicoterapia Não-Diretiva ; Terapia Centrada no Cliente; Terapia Experiencial; Fase coletiva. Uma última fase foi acrescida póstuma a Rogers chamada de Fase pós-rogeriana que iniciou-se em 1987 que está em vigor nos dias atuais.
  • A definição de abordagem centrada na pessoa é muito clara, extremamente consonante com seu nome, em que a pessoa é o centro das preocupações. De acordo com Rogers, todos possuem uma tendência para desenvolver suas potencialidades de forma positiva, este trata-se de um potencial natural que pode ser desenvolvido mais facilmente através de circunstâncias facilitadoras.
  • Tendência atualizante: é uma tendência natural que a pessoa possui para possuir seu desenvolvimento como completo, diz-se que esta é inerente à pessoa. Assim a tendência atualizante é considerada um ponto central sobre a construção da abordagem centrada na pessoa.
  • A tendência atualizante integra a abordagem centrada na pessoa através do trabalho do psicoterapeuta, ou qualquer outro que ocupar essa posição, seja este um facilitador de grupos ou professor, a função deste é propiciar um campo de atitudes facilitadoras que permitam a tendência atualizante ocorrer
  • De acordo com Carl Rogers a terapia possui como principal objetivo facilitar a tendência atualizante, quando esta não está fluindo de forma natural (é como se a terapia desse um “empurrão” nas potencialidades do sujeito)
  • Não é possível afirmar que a fenomenologia influenciou na abordagem centrada na pessoa, mas pode-se dizer que a fenomenologia possui um papel muito importante nas outras vertentes da abordagem centrada na pessoa. Importante ressaltar que tais vertentes são pós-rogerianas.

Crítica

        O texto “A Gestalt-terapia e a Abordagem Centrada na Pessoa são enfoques fenomenológicos?” me permitiu entender melhor sobre as origens, o que são e como são aplicadas ambas as teorias apresentadas no texto. Através da minha leitura pude entender melhor sobre a Abordagem Centrada na Pessoa, que para mim antes dessa leitura ainda possuía dúvidas teóricas e de aplicações práticas, o artigo permitiu abrir meus horizontes e me instigou a pesquisar mais sobre a teoria rogeriana.

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