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Resumo - Os Processos grupais

Por:   •  15/11/2017  •  Resenha  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  1.241 Visualizações

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Resumo

Os Processos Grupais em Sala de Aula

        A autora inicia com uma reflexão de que um dos grandes desafios da prática pedagógica é a relação interpessoal entre professores e alunos, explicitando que a educação formal ocorre em grupos (classes) e que é nos processos grupais que está o grande desafio do professor, isto porque o professor despreparado para a realidade do trabalho com grupos enfrentará grandes dificuldades de compreender os fatores que facilitam ou dificultam seu trabalho com eles.

        Chaves pontua que apesar do ensino ser coletivo a aprendizagem é individual e que muitas vezes processos grupais que poderiam ser utilizados para facilitar a aprendizagem do conteúdo e da vida não são aproveitados pelos professores. A partir desta reflexão a autora ressalta a importância do conhecimento sobre os processos grupais para os professores.

        O primeiro ponto a debatido no texto é a diferenciação entre a terminologia científica sobre os processos grupais e as definições do senso comum. A autora alerta para o fato de que o termo Dinâmica de Grupo é recorrentemente confundido com técnicas grupais, e que muitas vezes até mesmo as técnicas são aplicadas sem conhecimento prévio sobre os processos grupais. Para melhor esclarecer a autora define:

  • Trabalho de, em, com grupos: ações e atividades que são realizadas que maneira coletiva, ou seja, é necessário que as ações se desenvolvam coletivamente.
  • Técnicas grupais: como o conjunto de procedimentos que facilitam ou favorecem o alcance dos objetivos do grupo.
  • Dinâmica de grupo: a autora traz a definição de Kurt Lewin que é o conjunto de fenômenos psicossociais que se desenvolvem nos grupos e as leis que os produzem e regulam. Para a Chaves a dinâmica de grupo constitui um campo de pesquisa voltado ao estudo da natureza do grupo, das leis que regem o seu desenvolvimento e das relações indivíduos-grupos, grupo-grupo, instituições-grupos.

Na sequência são discutidos os princípios básicos dos processos grupais, para iniciar esta discussão há uma definição de grupo como o conjunto de pessoas interdependentes entre si e que se reúnem para realizar objetivos comuns e que também visam estabelecer relações interpessoais satisfatórias na vivência do grupo.

Segundo Idánez (2004) apud Chaves existem algumas condições necessárias para o bom desempenho do grupo e que elas são muito úteis para que o coordenador possa desenvolver o grupo, são elas: ambiente ou clima grupal; relações interpessoais que facilitem a confiança e a comunicação; acordos sobre a resolução de problemas; liberdade do grupo para definir os objetivos e estratégias e aprendizagem de formas adequadas de resolução de problemas.

São apresentados um rol de ações que facilitam o processo grupal, a primeira delas é a atmosfera grupal, que pode ser definida como a tonalidade ou clima do grupo, que pode ser de amistosa à agressiva, a autora ressalta que um grupo só produz de forma adequada quando apresenta uma atmosfera favorável. Para criar uma atmosfera favorável são observados alguns pontos:

  • Ambiente físico;
  • Sentimento de igualdade e redução do medo do grupo;
  • A condução da primeira reunião e a apresentação dos objetivos;

Outra ação que pode facilitar o processo grupal é a comunicação no grupo, é necessário que se estabeleça uma comunicação efetiva dentro do grupo para que ele possa ter coesão, cooperação e tomar decisões coletivas. Para que exista uma boa comunicação no grupo a autora traz alguns pontos elementares, tais como: capacidade de diálogo; capacidade de questionar-se e redefinir suas posições e ser acolhido no grupo; ausência de cochichos e conversas paralelas;

A terceira ação apontada é a participação ou espirito de grupo que pode ser definido como o sentimento de pertencimento ao grupo. Para que a participação aconteça são necessários alguns elementos:

  • Disposição das cadeiras: a forma mais indicada é em círculo, pois quebra a existência de hierarquia;
  • Integração do grupo: olhar para o grupo e incluir todos em suas falas;
  • Respeito ao grupo: uma atitude de atenção e interesse durante os encontros ou reuniões, intervenções construtivas;
  • Estimular o grupo: ajudando todos a crescerem dentro do grupo, estimulando a participação de todos e não apontando falhas e incongruências dos membros;
  • Ajudar no amadurecimento do grupo: levando os grupos a passarem por todas as fases até atingir a autonomia;

A próxima ação para facilitar os processos grupais é que a liderança seja distribuída de forma essencialmente democrática, ou seja, a liderança deve surgir do grupo e não externo a ele.

A quinta ação é quanto à formulação de objetivos, segundo a autora esta formulação deve ser clara, pois o grupo funciona quando há objetivos. Ainda quanto aos objetivos é proposta a próxima ação que se refere a flexibilidade, para que o grupo tenha espaço para reformular suas metas. Quando o grupo for tomar decisões é aconselhável que estas sejam tomadas através do consenso – e aqui reside a sétima ação. Também é necessário que o coordenador e o grupo tenham compreensão de que a natureza dos grupos se constituí num processo, de que as formas de trabalhar e as atitudes e reações dos seus membros serão trabalhadas como um processo contínuo. E por último aparece a avaliação continua como uma ação, pois é através da avaliação que o grupo poderá promover as mudanças necessárias para o seu desenvolvimento.

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