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Trabalho Sobre Crítica ao Psicodiagnóstico Com Base em Foucault

Por:   •  16/9/2020  •  Dissertação  •  522 Palavras (3 Páginas)  •  188 Visualizações

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Aluna: Alice Teodoro Nascimento

Turma: 6º período – noturno

Professora: Lívia Martins Stoppa.

Atividade Parcial I – Diagnóstico e Intervenção em Psicologia

        O psicodiagnóstico é um elemento da avaliação psicológica que é determinada e conceituada por vários autores diferentes. Para Cunha (2000) é um processo de cunho científico que busca entender as problemáticas acerca da vida do indivíduo baseando-se em pressupostos teóricos. Já para Arzeno (1995), o psicodiagnóstico fundamenta-se, apenas, na administração de testes. Com isso, entende-se que esse processo é utilizado quando é necessário avaliar certas capacidades intelectuais e características de personalidade de um indivíduo.

        Esse processo necessita de vários fatores para que ele seja realizado de maneira correta. Além de requerer um conhecimento estritamente psicológico e de um profissional altamente capacitado, para ter um resultado confiável, o processo de psicodiagnóstico necessita do cumprimento de várias etapas de maneira cautelosa. Tais etapas podem ter pequenas diferenças, dependendo do referencial teórico que é tido como base. Entretanto, de acordo com Hutz (2016), é imprescindível que, para ser válido, um psicodiagnóstico precisa passar pelos seguintes passos:

  • Determinar o motivo da procura pelo psicodiagnóstico e levantar hipóteses sobre o problema;
  • Definir o contrato de trabalho com o examinado ou responsável;
  • Estruturar o plano de avaliação e selecionar os instrumentos que serão necessários;
  • Administrar os instrumentos necessários para a avaliação;
  • Corrigir e avaliar o resultado da aplicação dos instrumentos utilizados;
  • Integrar os dados e relacioná-los com as hipóteses criadas a partir da demanda;
  • Formular as conclusões;
  • Informar os resultados para o examinado ou responsável a partir da entrevista devolutiva e de um laudo/relatório redigido de acordo com as normas do Conselho Federal de Psicologia (CFP). E encerrar o processo.

                Contudo, o que ocorre diariamente em vários consultórios pelo mundo, é que muitas vezes o indivíduo já se apresenta para o psicólogo com um diagnóstico, deferido por um médico (neurologista, pediatra) ou por um educador. Nessa noção, muitos psicólogos, acabam por, ao invés de ajudar um indivíduo o colocando a par de sua condição corretamente e o direcionando para um caminho onde ele poderá fortalecer ou suprir suas fraquezas, eles apenas aplicam um teste, recorrente do diagnóstico já trazido e “rotulam” essa pessoa como doente o que o torna, aos olhos da sociedade, como incapaz, tornando sua vida muito mais difícil. Com essa visão, entende-se a fala de Caron (2005):

        “[…] os psicodiagnósticos oficializam o fracasso ao invés de permitirem que o sujeito conheça suas dificuldades e possa, assim, lidar com elas. Representando valores de homem e sociedade, o psicodiagnóstico interfere negativamente na vida do sujeito rotulando-o com várias incapacidades.” (CARON, Monica, 2005. p. 235)

REFERÊNCIAS

1. ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico Clínico. Porto Alegre: Artmed. 1995.

2. CARON. M. As relações entre saber e poder em testes psicodiagnósticos a partir de M. Foucault. DELTA, São Paulo, vol 21, n 2, p. 215-236, julho 2005.

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