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UMA ABORDAGEM EVOLUCIONISTA DO COMPORTAMENTO

Por:   •  25/10/2018  •  Resenha  •  581 Palavras (3 Páginas)  •  309 Visualizações

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No capítulo 1, Uma Abordagem Evolucionista do Comportamento Animal, de John Alcock, é retratado sobre pesquisas que demostram como os comportamentos animais estão ligados a sua herança genética.

O comportamento discultido nesse capítulo é a monogamia do organaz- do- campo, que é um mamífero semelhante a um pequeno roedor que vive em tocas subterrâneas em regiões de campo aberto na parte central dos Estados Unidos e mais ao sul do Canadá.

O capítulo traz o questionamento do por que os machos do arganaz- do- campo são monogâmicos se amaioria das outras espécies de mamíferos é políginica. A partir dessa questão, são apresentadas algumas hipóteses.

Uma das hipóteses citadas é a de um grupo de pesquisa comandado por Larry Young, eles descobriram que células de determinadas regiões do cérebro dos machos do arganaz- do- campo estão cheias de receptores proteicos que se ligam quimicamente a um hormônio chamado vasosina. Esse hormônio é produzido e liberado a partir da copulação do camudongo com uma única fêmea, depois de certo número de vezes, quando as móleculas de vasopresina chegam ao cérebro promovem sensações refoçadoras associados a certos comportamentos, fornecendo ao animal um fredback positivo. Desse modo, os pesquisadores acreditam que esse circuito de recompensa encoraja o macho comudongo a permanecer ao lado de sua parceira. No caso, dos machos de outras espécies políginicas os recepitores proteicos do pálio ventral são encontrados em menor quantidade.

Young e seu grupo de pesquisa chegaram também a outra explicação para o porquê de alguns machos desse grupo serem monogâmicos, a partir de estudos das bases genéticas. Nessa hipótese, eles suspeitaram que o gene avr1a tinha alguma influência no sistema de acasalamento de roedores. Para se chegar a esse resultado, os pesquisadores inseriram copias adicionais da forma do gene avr1a nas células do pálio ventral dos machos de arganazes- do- campo, essas células produziram ainda mais recepitores V1a do que o normal. Perceberam, que os machos geneticamente modificados tiveram vínculos muitos mais fortes com suas parceiras.

Há também, uma terceira explicação para a monogamia do arganaz- do- campo elaborada por Jerry Wolff e colaboradores que argumentaram que a monogamia nessa espécie ocorre porque, os machos dessa espécie que no passado formaram vínculos com suas parceiras deixaram mais descendentes do que machos com tendências políginica. Sendo assim, os roedores monogâmicos modelaram a história evolutiva de sua espécie, gerando então um maior número de indívidos monogâmicos.

Além dessas três explicações, existe uma quarta em que estuda a história para esse comportamento. Essa teoria, sugere que o sistema de acasalamento original dos roedores fosse políginica, tendo ocorrido, em uma espécie ancestral a arganaz- do- campo, a substituição para a monogamia. Essa troca, teria acontecido por conta do desenvolvimento do infanticídio , o que desencadeou a atração das fêmeas por um único macho, já que esse a protegeria e também os seus filhotes, aumentando os descendentes vivos desse macho.

As quatro hipóteses apresentadas, com o intuito de responder a monogamia na espécie de arganazes- do- campo, podem estar todas corretas, pois nenhuma delas elimina a outra. Dentro da biologia comportamental, essas quatro explicações representam diferentes níveis de análise, em que cada nível contribui potencialmente como um elemento que poderia integrar uma explicação completa e satisfatória para o comportamento, podendo agrupar essas hipóteses em duas categorias, a proximal e a distal. As causas proximais estão ligadas aos comportamentos responsáveis pela forma e funcionamento de um animal que o torna capaz de se comportar de determinado modo. No caso das distais, estão ligadas aos eventos ocorridos que levaram ao comportamento atual.

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