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A ECONOMIA POLÍTICA E O SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  22/10/2017  •  Artigo  •  2.304 Palavras (10 Páginas)  •  3.515 Visualizações

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A ECONOMIA POLÍTICA E O SERVIÇO SOCIAL

Acadêmica:

Luana Ramos Braga dos Santos

Tutora – Juliana Lacerda de Brito da Silva

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Serviço Social - (Ses 0317)

Seminário Interdisciplinar III

15/05/2016

RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo geral, fazer um estudo da economia política, tendo por base as teorias e relacionando-os com a compreensão da realidade de um determinado contexto social. Visando buscar um maior conhecimento sobre a relação entre a Economia Política e o Serviço Social. Esclarecendo também a influência que a economia política exerce sobre uma sociedade.

Palavras-chave: Economia Política. Serviço Social. Analise Crítica. Sociedade

INTRODUÇÃO

No decorrer da história, a expressão economia política já adquiriu vários significados. Etimologicamente, a economia política significa administração do patrimônio da cidade. Porém, essa expressão não é mais usada apenas nesse sentido. O que primeiro utilizou com um sentido mais atual foi Antoine Montchrestien.

A economia política como ciência econômica nasce no século XVIII, a partir do surgimento do modo de produção capitalista. Nas sociedades pré-capitalistas a produção estava absolutamente subordinada ao consumo. Porém, esse consumo não tinha grande importância por si só, sendo apenas uma simples condição para o desenvolvimento das atividades sociais, como a cultura e a guerra.

Com o surgimento do capitalismo as relações de troca começaram a refletir as relações de produção. Adam Smith entendeu a economia política com uma teoria da produção e do crescimento econômico. O objetivo da economia política é a atividade econômica, ou seja, a produção e a distribuição dos bens com os quais os homens satisfazem as suas necessidades individuais ou coletivas, essa produção e distribuição constituem o processo econômico, e o objetivo de estudo da ciência econômica é o de analisar os vários problemas econômicos e buscar de alguma forma soluções para resolvê-las de forma que isso impacte positivamente na qualidade de vida das pessoas. (Vasconcelos; 1999.)

1 ANÁLISE CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA

Apesar de já se falar em economia a bastante tempo, a ciência econômica só veio nascer, de fato, no século XVIII, com o advento do capitalismo como sistema produtivo.

Até então, a abordagem sobre economia era apenas temática, relacionando-se a aspectos morais, políticas ou de direitos, mas sem configurar uma ciência autônoma.

Nesse contexto, antes do capitalismo, “reinava” o regime da servidão, em um sistema apenas baseado na esfera do consumo. Com a revolução burguesa, os trabalhadores saem do regime de servidão, para serem assalariados, constituindo uma força de trabalho que será utilizado no sistema produtivo (tendo-se, portanto, a esfera de produção e a esfera de consumo). Esse sistema produtivo irá gerar um excedente (os lucros), sendo que parte deles serão revertido em produção adicional.

Mas o que é ao certo economia? Trata-se de um termo de difícil conceituação e que pode ser visto em dois paradigmas:

• A perspectiva clássica – Marxista: na qual os capitalistas ortodoxos defendem o sistema capitalista como sempre vigente e a harmonia entre proprietários e não proprietários. E os marxistas encaram o capitalismo como uma transição para uma economia socialista do futuro e acreditam no conflito de interesses entre os proprietários e os não proprietários.

• A perspectiva subjetivista – Marginalista: na qual se foge das ideologias e doutrinas (em contraposição á economia política), e reduz-se a um mundo de vendedores e compradores, formando-se como uma ciência pura.

Marx pretende mostrar que a ciência econômica nasceu como: “ciência da burguesia”. Ele não parte da “indignação moral para construir e elaborar sua teoria econômica”. O que podemos dizer ainda seguindo o pensamento de Marx, é que as forças produtivas esperam a tomada de posse dentro da sociedade organizada por cooperação sistemática para garantir o bem estar social a todos os membros da sociedade.

A economia política de Marx assume três modelos: como ciências de classe, como ciência teórica e como orientação sociológica.

Assume-se como ciência de classe quando se recusa a afirma-se como ciência neutra, indiferente a luta de classes das sociedades de classe, porque, segundo Marx, a luta de classe é que marca a história, já diz em seu “Manifesto Comunista” que a história da sociedade é sempre a história das lutas de classe.

Como ciência teórica, a economia política marxista volta-se para os modos de produção, tem também características de ciência histórica porque faz da teoria econômica uma análise histórica. Marx regulava a economia política clássica e integra-se em uma teoria de desenvolvimento social. Diz ainda que a dialética é a ciência das leis gerais do movimento.

Apresenta-se como características de orientação sociológica ao afirmar que a base de uma sociedade é a produção de bens materiais, e esta produção é a produção social. De acordo com Marx, a economia não é uma tecnologia social.O objeto que visa a economia política são as relações entre os homens no processo de produção, nas relações sociais que permitem a produção. Toda produção pressupõe uma determinada forma de propriedade, ou seja, uma forma social e historicamente determinada de apropriação dos meios de produção.

A economia política proletária defende o caráter histórico da produção, negava o caráter natural da economia neoclássica, e servia a classe operaria para tomar conhecimento da sua realidade econômica social de classe explorada e potencialmente transformadora da sociedade, assim inteirando-se dos mecanismos do capitalismo poderia acelerar sua queda, seguindo autores marxistas a economia burguesa passava por fases, 1) fase de análise cientifica da realidade, 2) fase de controvérsia e cisão (Luta ideológica entre classes), 3) fase apologética (instrumento de defesa da burguesia contra o proletariado), 4) fase pragmatista (depois da grande depressão, intencionava assegurar

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