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A origem da família e da propriedade privada

Por:   •  7/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  316 Visualizações

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Fichamento: pg 45 á pg 108

A origem da família e da propriedade privada

II - A FAMÍLIA

Morgan, que viveu entre os iroqueses grande parte de sua vida, encontrou um sistema de consanguinidade que entrava em contradição com os seus reais vínculos de família. Nesse meio imperava um matrimônio de fácil dissolução. Os iroqueses tinham como filhos não só os seus, mas os filhos de seus irmãos também, e estes os chamavam de pai, já os filhos de suas irmãs eram tidos como sobrinhos,da mesma forma as iroquesas tinham como filhos os filhos de suas irmãs,tendo sobrinhos os filhos de seus irmãos,da mesma maneira os filhos de irmãos do mesmo sexo tratavam-se como irmãos,os de sexos opostos travam-se como primos.

A denominação(pai-mãe,filho-filha,irmão- irmã)nomeia uma série de deveres a ser cumpridos, formando algo crucial nas relações sociais desses povos. No Havaí existia uma forma um pouco diferente de família,todos os filhos tanto de irmãos como de irmãs, eram considerados filhos em comuns.

Na visão de Morgan a família vai sofrendo mutações a partir da evolução da sociedade ,mas no sistema de parentesco, só sofre modificações quando a família já se modificou radicalmente.

Essa forma das sociedades se organizarem surgiu pelas praticas de poligamia dos homens e a poliandria das mulheres, que consequentemente tornou necessário a consideração de filhos em comum.

Morgan conclui que existiu uma época primitiva que reinava o comercio sexual, no qual cada mulher pertencia a todos os homens e cada homem a todas as mulheres. Segundo Morgan, desse estado primitivo formaram-se a família consanguínea.

Na primeira fase dessa família, todos os avôs e avós, são maridos e mulheres entre si, o mesmo sucede com seus filhos. Nessa forma familiar os pais e filhos, são os únicos excluídos dos direitos e deveres de matrimônio. Irmãos e primos são todos maridos e mulheres uns dos outros.

Só se deduz a existência dessa forma de família pelo sistema parentesco havaiano, que apresentam graus de parentesco consanguíneo que só puderam existir com essa forma de família.

A família Punaluana gradativamente nessa fase foram sendo eliminado as relações sexuais entre irmãos, e logo entre primos.Da família consanguínea, que surgiu a família punaluana,onde irmãos de irmãs e primas eram mulheres comuns de um mesmo marido, exceto seus irmãos. Do mesmo modo uma série de irmãos e primos tinham em comum certo número de mulheres, excluindo as suas irmãs, essas mulheres se chamavam entre si de “punaluana” que significa: companheiro intimo.

Em alguns casos a gens parece ter saído diretamente da família punaluana. Essa gens é formada por um circulo fechado de parentes consanguíneos por linha feminina que não podem se casar uns com os outros.

O sistema de duas classes exclui o matrimônio entre irmãos e irmãs, entre filhos de irmãos e filhos de irmãs por linha materna, pois pertencem a mesma classe, os filhos de irmão e irmã, o oposto, podem se casar uns com os outros.

A família punaluana constitui o grau superior de desenvolvimento do sistema de classes.

A família sindiásmica com as proibições de casamento, foram tornando-se cada vez mais impossível a união entre grupos, dessa forma houve a substituição da família punaluana e o sistema de classes pela família sindiásmica. Nela o homem vivia com uma mulher, embora a poligamia e a infidelidade continuassem sendo um direito do homem, por outro lado exigia-se fidelidade da mulher, sendo punido o adultério. O casamento é desfeito facilmente por ambas as partes, e os filhos continuam a pertencer à mãe. As tribos que abraçaram o modelo de gens ressaltaram-se das tribos mais atrasadas, pelo fato de não se relacionarem mais consanguineamente, gerando uma raça mais forte fisicamente e mentalmente. Nas gens a descendência só se contava por linhagem materna, os filhos só herdavam os bens dos parentes gentílicos. Para que os filhos pudessem herda a herança dos pais teria que se abolir a filiação feminina e o direito hereditário materno, e foi o que ocorreu. Essa mudança de direitos foi vista como “a grande derrota histórica do sexo feminino em todo o mundo”, a mulher que antes tinha grande autoridade no seio familiar e direito igual ao do homem, viu-se convertida em servidora, escrava do homem.

A família monogâmica nasce da família sindiásmica, entre a fase média e superior da barbárie; o homem é quem comanda e predomina; a uma rigidez muito maior com os laços conjugais. Apenas o homem pode romper a união e abandonar a sa forma. Essa monogamia estabelecida é só para a mulher,como regia;só o homem podia romper os laços matrimonias concedido ao homem o direito de ser infiel.

Entre os gregos encontravam outra forma de família mesmo diante de sua rigídez onde para o homem a mulher não passava

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