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Cultura em transformação: os índios e a civilização

Por:   •  8/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  2.286 Visualizações

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CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA

 3ª FASE

DOCENTE: FERNANDA MARCON

DATA: 06 DE JULHO DE 2015

Resumo do Artigo - COHN, Clarice. Culturas em transformação: os índios e a civilização. São Paulo Perspec. [online]. 2001, vol.15, n.2, pp. 36-42.

O presente artigo vem relatar a experiência de um grupo indígena brasileiro, buscando entender as transformações culturais e o risco de perda cultural e de identidade.

A autora faz um questionamento de grande relevância. Como podemos contribuir para a sobrevivência física e cultural dos índios sem isolá-los?

Podemos partir de iniciativas básicas como atendimento médico, fazer com que o território seja garantido, repreender a práticas de genocídio. No que diz respeito à sobrevivência cultural é preciso entender como algumas etnias indígenas se posicionam, em especial os Xikrin, grupo Kayapó que vive no Pará.

A ideia de cultura parte de um princípio no qual a antropologia busca estudar os costumes e o modo de vida de cada povo. O índio brasileiro é visto como parte da história, em um primeiro momento, o foco está nas heranças que recebemos dos índios, seja genética, seja cultural.

No artigo são citadas as tradições culturais e são trazidas como exemplos duas regiões bastante diversas: Guianas e a Nova Guiné. Na primeira região discute-se o lado social da história para criação e reprodução da identidade entre os Saramaka do Suriname, sociedade constituída por escravos fugidos. Estudando em outra região Frederik Bart recusa a noção de que cultura é um todo homogêneo e compartilhado, ao analisar a tradição cosmológica das Montanhas OK da Nova Guiné.

Os Xikrin têm uma noção diversificada da nossa no que se refere à transmissão, aprendizado e conhecimento. Os Xikrin acreditam que o aprendizado se dá por meio do olho e do ouvido, só a partir disso tornam-se capazes de aprender, para eles não basta ver para aprender, tem que saber ouvir para compreender o que está sendo feito.

Os Xikrin possuem uma preocupação com a perpetuação de sua cultura e a continuidade de sua transmissão, os conhecimentos devem ser aprendidos e passados adiante.

Outra etnia indígena que permite repensar sobre a perda cultural são os Waiãpi, povo tupi da Amazônia, para eles, as noções de tradição cultural e civilização são articuladas nas relações entre grupos locais distintos. Os Xavantes também fazem parte dessa relação de tradição e sobrevivência cultural, conseguiram ganhar visibilidade na mídia, a partir da combinação de uma ênfase na tradição e inovações na divulgação e na colaboração com profissionais das mais diversas áreas.

Atualmente se vive uma “explosão étnica” no Brasil, indivíduos e populações que negavam sua identidade indígena se vêem num contexto totalmente modificado, onde ser índio não é motivo de vergonha e nem representação de perigo, tendo como aliada a Constituição de 1988 que prever o direito as terras e à diferença cultural, dentre outros.

Apesar de que os índios se vistam de calça jeans, usem tênis não quer dizer que deixaram de ser índios, são apenas transformações pelo qual estão passando nesse contato com os “brancos”, não se esquecendo que cocares, tangas, partem muito dos estereótipos que o brasileiro criou com relação aos índios.

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