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O Desafio Profissional Anhanguera (Mulheres de Atenas)

Por:   •  1/7/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  200 Visualizações

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CEAD)

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

JONEI COLLIN DOS ANJOS SILVA

R.A: 1037368862

DESAFIO PROFISSIONAL

DISCIPLINAS NORTEADORAS: COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS;
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL; POLÍTICAS ESPECIAIS;
MOVIMENTOS SOCIAIS; PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO
SOCIAL

TUTOR: Ana Carolina Tavares de Mello

RIO DE JANEIRO/RJ

ABRIL/2018

Esse texto se propõe a uma interpretação histórica do papel da mulher na sociedade grega, tendo como referencia a famosa musica de Chico Buarque de Holanda: Mulheres de Atenas. Alem de uma interessante explicação da canção do Chico, com certeza nos ajuda a compreender um pouco o papel exercido pela mulher em nossa sociedade. A principal ocupação das atenienses de todas as classes sociais era usar La para fazer tecidos. O processo, longo e trabalhoso, envolvia desde a preparação do fio até a criação de peças em teares manuais.  Cuidar das crianças também era um ocupação exclusivamente feminina. Ate os 7 anos meninos e meninas passavam quase todo tempo na barra da mãe. Depois os meninos podiam estudar enquanto as mulheres continuavam em casa. As camponesas não precisavam ficar trancafiadas em casa, como ocorria com as atenienses urbanas ricas. Mas elas tinha de dar duro o ano inteiro. Uma de suas principais atividades era plantar e colher ervas, verduras e legumes. Além de cultivar feijão, cebola, condimentos, e verduras silvestres, era preciso limpar constantemente o jardim para evitar ervas daninhas. As mulheres do campo também eram responsáveis pela pecuária. Elas ordenhavam cabras e ovelhas e usavam o leite para preparar queijo e coalhada. Ocasionalmente, ainda criavam abelhas para produzir mel. Tudo isso sem reclamar. Fora o trabalho de fiar e de supervisionar os criados, as donas – de – casa abastadas deixavam quase todo o trabalho para as escravas domesticas. As crianças e as vezes até a amamentação podiam ficar por conta das cativas.

No decorrer da história, estudiosos como Émile Durkheim buscaram explicar o modo de agir das pessoas em uma coletividade. Ao se analisar o passado histórico do Brasil, percebe-se o papel social de cada membro da família: o pai, os filhos, os escravos e a esposa. A última, embora não fosse cativa, vivia, de modo geral, como uma. A herança patriarcal do país persiste presentemente e, assim como outrora, causa sofrimento sobre aquelas consideradas como o "sexo frágil" do corpo social. Tendo em vista as raízes históricas de supervalorização da figura masculina e a subvalorização da feminina, a violência instaurada sobre esta persiste. Contribui para esse quadro a imagem da mulher como mero objeto sexual. Essa percepção, embora inaceitável, é divulgada tanto por parte da mídia (por meio de programas televisivos que se utilizam da figura feminina como estratégia publicitária) quanto por parte de empresários (casas de dança noturnas, onde ela é a principal atração). Tal fato pode ser explicado comparando-o com o papel feminino no início do século XX no país, no qual exigia-se dela mera função reprodutiva. Ademais, a figura paterna como sendo o provedor familiar é notória no contexto brasileiro. Desse modo, o que resta para elas é a submissão e condescendência com atitudes preconceituosas e machistas. A despeito da persistência da violência que aflige as mulheres, elas têm buscado maiores garantias e direitos com relativo sucesso. O movimento feminista (sec. XX) e a Lei maria da penha, no Brasil, são exemplos disso. A Lei torna crime a violência contra o indevidamente chamado "sexo frágil". Além disso, a quebra de paradigmas previamente estabelecidos historicamente vem acontecendo, a exemplo da eleição da primeira presidente mulher no país, Dilma Rousseff. Dessa maneira, paulatinamente, as "mulheres de Atenas", de Chico Buarque, passam a ver alterado um passado de patriarcalismo e um presente refletor de suas lembranças. É claro, portanto, que a violência contra a mulher há de ser combatida. Primeiramente, a eficácia da Lei Maria da Penha deve ser ratificada e reiterada com ajuda da mídia. Assim, o principal instrumento de defesa da mulher não cairá no esquecimento. Além disso, o pensamento ultrapassado de inferioridade feminina que ronda parte da sociedade civil há de ser extinto. Isso só poderá acontecer caso ocorra uma transformação no ensino básico e familiar. Os professores deverão exaltar a importância do exercício da alteridade e discorrer acerca do passado, evidenciando os males oriundos da violência contra o sexo feminino. Os pais, da mesma forma, devem ensinar à prole a importância do relativismo e da tolerância para um bom convívio isento de práticas violentas.

        

REFERÊNCIAS 

BRASIL, Congresso Nacional. Política nacional de enfrentamento à violência
contra as mulheres
. Disponível em: http://www.spm.gov.br/central-deconteudos/publicacoes/publicacoes/2011/politica-nacional. Acesso em: 18 set. 2017.
HOLLANDA, Chico Buarque de.
Mulheres de Atenas. Youtube, 07 mar. 2011.
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=MabbVn0Rlv4>. Acesso em: 08
nov. 17.
GIL, Antônio Carlos.
Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
LISBOA, Teresa Kleba. Gênero, feminismo e Serviço Social – encontros e
desencontros ao longo da história da profissão.
Revista Katálysis. Florianópolis, v.
13, n. 1, p. 66-75, jan./jun. 2010. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n1/08. Acesso em: 18 set 2017.
IAMAMOTO, Marilda Villela.
O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e
formação profissional. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
MARTINELLI, Maria Lúcia.
Serviço Social: identidade e alienação. 9. ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
SILVA, Marina Cabral da. Dissertação. In:
Brasil Escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/dissertacao.htm. Acesso em: 18 set. 2017

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