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Resumo do filme O nome da rosa

Por:   •  29/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  1.388 Visualizações

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TRABALHO DE INTRODUÇÃO AO TRABALHO CIENTÍFICO

Aluna: Camilla Luiza de Melo Ferreira dos Santos

Professora: Janete Luzia Leite

Resumo do filme O NOME DA ROSA

O filme conta a história da investigação de uma série de assassinatos ocorridos em um monastério da Itália Medieval - sete monges são mortos de maneira misteriosa, no período de sete dias. Willian de Baskervile, ex inquisidor e atualmente um monge franciscano, chega ao mosteiro para participar de um conclave, mas diante dos assassinatos começou a investigar o caso acompanhado pelo seu discípulo Adso de Melk. Willian é o representante da ciência, usa métodos de pesquisa sofisticados e bem a frente de seu tempo, para reunir as provas necessárias e chegar à verdade. Ele busca pistas que não são visíveis às demais pessoas, como as frases no pergaminho, apagadas com suco de limão, que se revelam aos olhos do investigador sob a chama de uma vela. No filme, ele representa o Intelectual Renascentista, que com sua postura racional, consegue desvendar a verdade por trás das mortes do Mosteiro.

Do lado oposto ao franciscano estão os monges que alimentam a idéia de que uma força sobrenatural, demoníaca, tomou conta do lugar, relacionando as mortes com a profecia do Apocalipse.

De um lado os humanistas racionalistas cultivaram o antropocentrismo; julgaram que graças a ciências e a técnica, o homem seria capaz de vencer todas as misérias do mundo, até criar uma era de grande prosperidade material e de completa felicidade natural. 

De outro lado, místicos com visão extremamente pessimista da realidade. Para eles o mundo era intrinsecamente mau e irredimível por ser obra de um DEUS perverso, distinto da divindade. Acreditavam que a razão humana era má e só seria desejável perder-se no nada divino. 

No mosteiro, a biblioteca era considerada a fonte de saber e, para os monges, precisa ser protegida. A biblioteca era secreta, porque ela incluía obras que não estavam devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O seu acesso era restrito, porque há ali continha um saber que era estritamente pagão e que pode ameaçar o cristianismo. O pensamento dominante impedia que o conhecimento fosse aberto a quem quer que seja, exceto os escolhidos. A biblioteca era uma espécie de labirinto, e aqueles que conseguiam chegar ao final, eram mortos. Essa “prática” tem a ver com o pensamento da Idade Média, que era dominado pela Igreja. A informação restrita a poucos representava poder e a dominação. Era a idade das Trevas, onde se deixava todos os outros na ignorância.

Muitos que desafiaram o saber da igreja, foram mortos e muitos dos conhecimentos apresentados pelos povos mais antigos ficaram presos em bibliotecas e demoraram muitos séculos para serem novamente redescobertos pelos cientistas.

Inocentes, como os condenados no filme, foram torturados e mortos. Outros que buscam a verdade baseada na ciência analítica, como William, foram forçados a renegar suas crenças pelo medo de ser morto na inquisição, e outros ficam passivos diante de atrocidades contra o povo e os próprios colegas, para manter seus privilégios, assim como o sacerdote do mosteiro.

Ao final, Willian, revela o resultado de sua investigação: as mortes estão relacionadas com o livro desaparecido de Aristóteles, que teve suas páginas envenenadas por Jorge de Burgos, monge mais antigo, que aborda o riso como instrumento da verdade, e que teve suas páginas envenenadas por um dos monges que odiava a comédia e via no riso uma possibilidade de dúvida sobre Deus.

Esse personagem demonstra um conhecimento profundo de Teologia e Filosofia, mas, o que mais se destaca, é a sua capacidade mental de utilizar a lógica e o raciocínio, características raras na Idade Média (a considerada Idade da Trevas), onde o misticismo reinava e borrando o pensamento lógico. 

Os métodos utilizados por ele são o da observação e da dedução, aliado à sua grande capacidade de interpretação das evidências, como podemos exemplificar nas seguintes passagens:

  • William deduz que alguém morreu recentemente, por um corvo estar em cima de um tumulo;
  • William faz sua primeira dedução diante de um fato, ao escutar como faleceu um jovem no mosteiro dos monges. O corpo foi encontrado mutilado, após um temporal, jogado contra uma rocha ao pé da torre sob uma janela. O bispo que relata o fato não diz que a janela estava fechada, porém, William logo deduz que sim, estava fechada, se não, o corpo não teria se chocado contra a mesma, teria caído;
  • Ao entrarem a noite, escondidos, na biblioteca,William e Adson descobrem uma porta sem trinco por fora e trancada por dentro. Adson questiona a William como eles entrarão e William deduz, claramente, que deve haver outra entrada. 

O método empírico, pela tentativa de explicar a solução do mistério, a partir de um novo método de investigação, e indutivo, como pode ser analisado em algumas cenas, por exemplo:

  • William presume que o jovem que faleceu, cometeu suicídio, pois, segundo ele, quem subiria até o alto de uma torre, no meio de um temporal? Provavelmente não seria para apreciar a paisagem;
  •  Diante da segunda morte relatada no filme, William começa a procurar pistas que desvendem o mistério que assombra o mosteiro. Ele sai andando com o jovem noviço, Adson, quando percebe que o chão está repleto de neve. Diante disso, ele observa pegadas e começa a examiná-las, o jovem Adson percebe que as pegadas são mais fundas que o normal, levando-o a conclusão de que as pegadas eram de uma pessoa pesada, porém, William dar outra suposição, deduzindo que a pessoa poderia estar carregando um homem;
  • Ao sair da biblioteca do mosteiro, William questiona Adson se ele deduziu algo sobre a visita, se caso, ele não percebeu que estava faltando livros nas prateleiras, algo estranho, pois a biblioteca era famosa por ter  esses livros. Willian, ainda questiona Adson se ele saberia onde estariam esses livros, Adson não sabe a resposta, e William deduz que a Torre do mosteiro esconde algo a mais.

Enfim, ele é uma pessoa que está além do seu tempo, com liberdade intelectiva e um indivíduo disposto a decifrar códigos, que gosta de resolver enigmas e de desafios intelectuais. 

O filme aborda a questão da ciência como caminho que leva à verdade e ao saber, e a religião como o caminho da irracionalidade, mostrando um ambiente no qual as contradições e oposições, justificam as ações humanas. O confronto entre os franciscanos e os representantes da Inquisição, aborda e traz a tona a questão do bem e do mal. O filme também faz uma crítica sobre o poder, violências sexuais, retratadas pelas mulheres que se vendiam aos monges em troca de comida, a luta contra a mistificação e o poder.

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