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PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO DO ESTUDO FOTOPLASTOGRÁFICO DE LESÕES MAMÁRIAS PELA ULTRASSONOGRAFIA

Por:   •  31/7/2015  •  Resenha  •  1.679 Palavras (7 Páginas)  •  283 Visualizações

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Universidade Federal de Pernambuco – UFPE[pic 1]

Centro de Ciências Biológicas – CCB

Departamento de Biofísica

PROPOSTA DE SISTAMATIZAÇÃO DO ESTUDO ELASTOGRÁFICO DE LESÕES MAMÁRIAS PELA ULTRASSONOGRAFIA

Paula Roberta; Juliane Ramos; Marcela Lemos; Allana Dutra; Maria Clara Albuquerque; Hosana Avelino – Biomedicina 2014.2

Ultrassonografia

A ultrassonografia são ondas acústicas imperceptíveis ao ouvido humano, com frequências superiores a 20kHz, que usa uma técnica não invasiva e não ionizante, que fornece informações das propriedades elásticas dos tecidos através de imagens. A ultrassonografia mamária reproduz imagens transmitidas por um transdutor que emite e reflete ondas sonoras até a mama. Quando a onda sonora encontra um objeto, ela volta, dando eco. Medindo as ondas do eco é possível determinar a distância do objeto, seu tamanho, forma e consistência (se cheio de líquido, se sólido ou misto). O sistema de ultrassom converte as ondas sonoras, captadas pelo transdutor, que são medidas e mostradas instantaneamente por um computador que cria uma imagem em tempo real no monitor. Têm-se as imagens da área de interesse pelo modo B por meio de varreduras nos eixos longitudinais e radiais ao mamilo, seguido pelo estudo Doppler colorido, em que se pode avaliar a vascularização dos nódulos. As medidas dos nódulos devem ser realizadas pelo modo B nos eixos crânio-caudal, latero-lateral e ântero-posterior abrangendo o maior eixo entre as duas margens externas.

A ultrassonografia mamária exige que se utilizem transdutores de alta frequência, maior que 7,5 MHz e é utilizada no diagnóstico e no acompanhamento de lesões e para a realização de biópsias com agulhas, pois ela mostra o local da lesão e orienta o médico sobre a área a ser biopsiada.

Palpação manual

A palpação manual é considerada um dos primeiros métodos usados para diagnosticar possíveis nódulos mamários, pois usa como instrumento de execução as mãos.

Na palpação é avaliado tanto a forma como a rigidez do órgão em estudo, no caso, as mamas. É realizado juntamente com a anamnese do paciente em estudo, palpando as mamas na intenção de encontrar elementos de diferente espessura, tamanho e rigidez.

A palpação manual ainda é utilizada no autoexame que consiste em auto inspecionar a mama, observando diferentes tipos de alterações não habituais que apareçam. Com o autoexame é possível identificar sinais de câncer previamente como, por exemplo: endurecimento da(s) mama(s), vermelhidão, ardor, depressões não habituais, veia crescente, pele de “laranja”.

Elastografia

A elastografia é um método que, a partir da utilização de um software acoplado a um aparelho ultrassonográfico (transdutor), permite a avaliação dos diferentes tecidos presentes em uma amostra ultrassonográfica conforme a variação de sua compressibilidade. Parte do princípio de que as lesões benignas são mais compressíveis que as malignas, sendo capaz de auxiliar no diagnóstico de diversas patologias clínicas, sendo utilizada de forma prevalente em exames de mama, tendo em vista que é um órgão externo e de consistência elástica.

A elastografia foi primeiramente descrita na década de 90 e possui duas linhas de pesquisa:

“Uma baseada na avaliação das dimensões do nódulo antes e após compressões exercidas sobre a área de interesse utilizando um software que torna as lesões macias mais claras e as mais rígidas mais escuras; outra baseada em um software que aplica diferentes espectros de cores aos tecidos conforme a sua rigidez, variando de vermelho para tecidos macios, verde para tecidos intermediários e azul para tecidos rígidos”. (Fig.1) (REFERÊNCIA DO ARTIGO)

[pic 2]

Fig.1: (a) identificação de nódulo; (b) verificação de área hipodensa; (c) a elastografia permitiu a identificação de uma lesão com ausência de elasticidade, totalmente azul.

A elastografia pode ser entendida como sendo a extensão da palpação, em que o médico avalia a forma e a rigidez do órgão em interesse. As informações obtidas pela elastografia ultrassonográfica são semelhantes às obtidas pela palpação, porém mais sensíveis e menos subjetivas. A imagem elastográfica é fornecida a partir da deformação sofrida pelo tecido que compõe a amostra ultrassonográfica, produzindo ecos que são transformados em cores conforme sua variação elástica – vermelho para tecidos moles, verde para intermediários e azul para rígidos.

A compressibilidade é utilizada nesse método a partir de dois princípios: o de que há diferenças das propriedades mecânicas dos diferentes tecidos que compõem a mama; e o de que as informações obtidas por meio dos ecos são capazes de detectar diferenças por meio de estímulos mecânicos externos ou internos.

Por serem mais rígidos, os nódulos malignos sofrem menor deformação que os benignos, uma vez que são menos compressíveis. A deformação promovida na amostra pode ser avaliada em dois momentos distintos, durante a compressão e após a descompressão da área de interesse. A deformação resultante é diretamente proporcional à descompressão, ou seja, quando se comprime um objeto ele tende a voltar a sua forma original após descompressão.

Ultrassonografia e elastografia: organização do estudo

O exame ultrassonográfico a ser realizado deve ser precedido de anamnese e palpação visando uma melhor avaliação da paciente. A ultrassonografia deve ser realizada com as pacientes em posição de decúbito horizontal (deitada com a barriga para cima) e decúbito lateral (deitada de lado) para melhor avaliar as lesões em todas as áreas da mama. O braço do lado da mama a ser estudada deve estar elevado sobre a cabeça. As imagens são feitas utilizando o modo B seguido pelo modo Doppler colorido, em que se pode analisar a vascularização dos nódulos. Para documentar as imagens do nódulo, estas devem ser armazenadas de forma que o seu maior eixo esteja representado. Esse estudo deve levar de 4 a 8 minutos para ser realizado.

 No estudo elastográfico a paciente é avaliada na mesma posição em que fez ultrassonografia. Antes de iniciar, deve-se comprimir a área para certificar-se de que o nódulo não se deslocará. Tendo iniciado o estudo, devem ser feitas compressões manuais contínuas na mama da paciente, até encontrar uma rigidez no tecido. Ao encontrar essa rigidez, deve-se relaxar as mãos para que a área possa ser descomprimida espontaneamente. As imagens elastográficas devem ser analisadas em tempo real para que seja estudado o nódulo durante o processo de compressão e após a descompressão. Armazena-se um documento fotográfico do nódulo durante a compressão e após a descompressão. Esse estudo deve levar de 30 segundos a 2 minutos.

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