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Resenha Filme Capitão Fantástico

Por:   •  9/11/2018  •  Resenha  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  823 Visualizações

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Universidade Regional de Blumenau - Furb

Ciências Biológicas

Disciplina: Políticas Públicas

Acadêmica: Yara Roecker

Filme Capitão Fantástico e a Escola

A escola tem como missão tornar e preparar o cidadão para o mundo em que vivem, além de ensinar conhecimentos socialmente construídos, também tem como papel ensinar o convívio saudável entre a sociedade. Conhecemos esse modelo de escola de hoje há muito tempo, desde o século 12, então há muito tempo fomos inseridos e inserimos nossos filhos nesse ambiente, com muitas regras, disciplina e cobrança, aí vem a questão, a escola realmente é necessária para a educação? Ou então, depois de tantos anos ela já não deveria ter mudado seu modelo de ensino? Pois como sabemos a sociedade está sempre em constante mudança, e uma criança de hoje não tem a mesma forma de aprender como a criança de nove séculos atrás. Se analisar o filme Capitão Fantástico, onde um pai decidi criar seus filhos fora da instituição escolar, repassando seus valores e conhecimentos que valham a pena aprender, onde mostra que uma sociedade capitalista não é tão boa assim. Onde os filhos de Ben, personagem principal, sendo o patriarca da família, tem uma formação através de livros, onde conhecem o mundo através da teoria e não da prática, onde ao longo do filme é visto como o filho mais velho não tem muita prática em convívios sociais e um dos filhos do meio, onde se sente deslocado por não seguirem as regras da sociedade.

Durante o filme é mostrado algumas teorias marxistas, como o roubo do supermercado, onde o roubo não seria caracterizado como um, mas sim usufruindo daquilo que foi produzido e roubado pelos donos da produção através de mão de obra escrava e barata. Uma das muitas cenas que chamam a atenção é quando os filhos de Ben passam um dia com seus primos, filhos da irmão de Ben, que são ensinados e educados na escola formal, é mostrado como a nossa sociedade pode ser fútil, tóxica e estúpida, pois ao confrontarem seus primos, é percebido como essas duas crianças têm uma educação industrializada, consumista e não uma formação íntegra como Zaja, uma das filhas mais nova de Ben, que além de saber a Declaração de Direitos, sabe interpretá-la. Mas é perceptível também a falha de Ben na criação de seus filhos, pois estas crianças são tão desenvolvidas pessoalmente e mentalmente, mas tão atrofiadas a nível social, que fica esta questão, sobre qual o modo certo de educação da nossa sociedade, se é através desta educação capitalista ou o que é acertado para estes jovens criados a partir da República de Platão. Surge a dúvida se o seu destino é de fato tornarem-se reis filósofos ou se estarão destinados ao fracasso face ao choque com a sociedade.

O filme nos trás mais um questionamento entre tantos outros, que é acerca da aprendizagem em casa, o que está em jogo quando as próprias famílias se organizam para fazer o papel de professores de seus filhos. Movimentos como este são importantes para repensar o próprio conceito de escola, rever princípios, quebrar paradigmas, reformular práticas e ações que, com o passar do tempo, já não respondem às demandas sociais. Ao analisar o nível de pensadores, escritores, que as crianças veem ao longo do filme, é percebido que a escola suaviza demais a literatura de seus alunos, e na maioria das vezes, não dão nem a oportunidade de saberem quem foram esses escritores, pensadores, ou até mesmo de ler suas obras. Essa é uma questão que precisa ser pensada, revista nas escolas e métodos de ensino. Outra questão importante é o convívio com a natureza que é tratado no filme, onde é perceptível ver que a natureza é uma questão fundamental e presente na educação de uma criança e formação de um cidadão. No final do filme, é visto que Ben consegue encontrar uma forma de viver equilibrada, e como sua mulher e ele queriam que fossem a vida de sua família, e que a nossa educação é sim muito importante, e nem deve ser totalmente descartada, mas sim reformulada e pensada para que promova uma sociedade intelectualmente individual, única e pensante.

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