AS BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR INFANTIL

BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR INFANTIL

Alessandra Lima Ribeiro¹

Felipe da Silva Trindade¹

Guilherme Aires Machado¹

Marian de Moraes Michelon¹

Mauro Perazzollo Dalenogare²

1. INTRODUÇÃO

A intenção da pesquisa é explorar as diferentes formas de utilizar as brincadeiras no desenvolvimento motor, cognitivo e social de crianças entre 5-12 anos de idade, em uma aula de educação física. Com base no material analisado propor experiências utilizando a brincadeira como ferramenta. Analisaremos o progresso de habilidades como precisão, coordenação, agilidade e equilíbrio perante aos desafios propostos pelo professor. 

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O desenvolvimento psicomotor da criança passa por diversas etapas e, é de suma importância estimular cada uma delas, sendo elas essenciais para a formação. Os jogos e atividades de aprendizagem que trabalham o movimento podem estimular cada área psicomotora.

A psicomotricidade integra os aspectos motores, cognitivos e emocionais da criança. Quando estimuladas adequadamente, as áreas psicomotoras, o desenvolvimento global do indivíduo.

O corpo é o ponto de referência do ser humano para conhecer e interagir com o mundo. Assim, também é a base para o desenvolvimento cognitivo e para a aprendizagem de conceitos importantes de espaço (embaixo, em cima, do lado, atrás, direita, esquerda etc.), bem como para a construção dos diferentes fatores psicomotores (tonalidade, equilíbrio, lateralidade, noção corporal, estruturação espaço-temporal e praxias fina e global). (OLIVEIRA; SILVA, 2017, p. 75)

O caminho para se tornar um bom professor é interminável, a profissão exige desenvolvimento e busca constante por ferramentas de ensino que despertem o interesse dos alunos. A brincadeira como ferramenta, deve ser pensada e estruturada no plano de aula de acordo com o objetivo de ensino, podendo englobar diversos aspectos dentro da mesma atividade.

“Agindo sobre as atitudes corporais e os movimentos, tocaremos o ser social, pois o ato motor não é um processo isolado e só tem significado em relação com a conduta da personalidade inteira.” (Le Boulch, 1977,p. 99).

Ao brincar, o indivíduo descobre as diferentes capacidades do corpo, desenvolve maior consciência corporal e temporal, aprende sobre as diferentes partes do corpo humano e as possíveis habilidades a serem desenvolvidas. 

Entre as habilidades neurológicas, se destacam elementos psicomotores como a coordenação motora ampla, responsável por usar de forma eficiente membros superiores e inferiores. Já a coordenação motora, fina se refere a movimentos que exigem maior precisão e envolvem músculos menores. (AQUINO et al., 2012)

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Elementos Psicomotores.

Fonte: (AQUINO et al., 2012, p. 248)

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1.       RESULTADOS E DISCUSSÕES

Baseado no material explorado, podemos identificar que a brincadeira é mais uma ferramenta no processo de ensino-aprendizagem e deve ser explorada pelo professor afim de engajar o aluno e envolver maior participação nas atividades. O profissional de educação física enfrenta maiores desafios na medida que o sedentarismo ganha cada vez mais espaço entre as crianças. O movimento, que é capaz de impactar o desenvolvimento neuromotor, fica mais atraente e convidativo por meio de atividades lúdicas. Ao brincar o indivíduo, explora suas capacidades físicas e cognitivas, se expõe ao erro, aprende a trabalhar em grupo e se diverte.