TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

FLEXIBILIDADE EM JOVENS DE 10 A 16 ANOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE NATAÇÃO

Por:   •  26/8/2018  •  Monografia  •  10.964 Palavras (44 Páginas)  •  293 Visualizações

Página 1 de 44

INTRODUÇÃO

        Nos dias atuais vemos o quanto à atividade física se tornou presente na vida das pessoas, como fator de qualidade de vida, de lazer, recreação, de realização pessoal ou social ou até mesmo, de busca de um corpo determinado como esteticamente ideal.

        Na busca destes objetivos, está incluído o esporte em sua infinidade de modalidades, como o futebol, vôlei, basquete, natação, ginástica olímpica, handebol. Dentre seus praticantes, notamos a presença de grande quantidade de crianças e adolescentes, sendo que muitos destes jovens já participam de escolinhas ou clubes onde realizam um trabalho de treinamento buscando desenvolverem-se quanto ao rendimento esportivo.

        Segundo Fox & Mathews (1991), juntamente com a força, endurance e resistência cardiorrespiratoria (Alter, 2001), a flexibilidade também é um componente importante do desempenho muscular, e este se torna fundamental na busca de resultados. Wiemann e Hahn (1997) complementam afirmando que a flexibilidade é um importante atributo da saúde e característica de um músculo fisicamente ajustado, então, exercícios de alongamento são uma parte essencial da preparação para atividades esportivas subseqüentes.

        Para Alter (2001), quando uma pessoa inicia um programa de treinamento de flexibilidade, os possíveis benefícios são potencialmente ilimitados. A qualidade e a quantidade desses benefícios são posteriormente determinadas por dois fatores: a) Os fins, metas ou objetivos do individuo (biológico, psicológico, sociológico ou filosófico); b) Os meios (métodos e técnicas para atingir os objetivos).


JUSTIFICATIVA

Este projeto justifica-se pela tentativa de evidenciar um posicionamento a respeito do trabalho de mobilidade corporal realizado por praticantes esportivos na infância, tendo em vista o retardo da diminuição da mobilidade já no início da adolescência, podendo beneficiar as pessoas para os demais anos de sua existência, bem como, oferecer resultados que alimentem a discussão sobre o rigor do planejamento desportivo.

Para tanto, elegemos a natação por tratar-se de modalidade que requer níveis de flexibilidade elevados para o seu desempenho, principalmente, o atlético. Relatando a importância da flexibilidade na natação, Farinatti (2000) cita que esta aparece como fundamental para o bom rendimento do nadador, desejável por permitir um melhor aproveitamento de sua força, velocidade e coordenação.

Segundo Sgrague e Rodeo citados por Farinatti (2000), o tipo específico de mobilidade vai depender do estilo do nado. Geralmente encontramos maiores graus nos tornozelos e ombros. Ray, também citado por Farinatti (2000) acrescenta que a flexibilidade dos tornozelos, em muitos aspectos, pode ser mais importante para a propulsão na natação que a própria força muscular, ou seja, uma boa técnica de execução de movimento de pernas, aliada a uma boa flexibilidade poderia equivaler a mais de 50% da propulsão obtida.

Araújo citado Farinatti (2000), comparando atletas de diversas modalidades entre si e com não atletas, evidenciou que os praticantes de natação encontram-se entre os mais flexíveis.


OBJETIVO

        Este estudo visa a medir o grau de flexibilidade de crianças entre 10 e 16 anos, que praticam natação competitiva, juntamente com escolares não-praticantes de atividade esportiva, sendo estes, atuantes do grupo controle, verificando e descrevendo o método de treinamento que é utilizado pelos atletas como um todo e, em particular, ao da flexibilidade.


1– REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 - Definição de Flexibilidade

Dantas (1999) explica que a participação da flexibilidade nas diversas modalidades de atividade física humana faz com que esta qualidade física freqüente o cotidiano de técnicos, preparadores físicos, professores, cientistas, atletas, bailarinos e demais grupos envolvidos com este tipo de atividade, e conseqüentemente, possua diversas nomenclaturas, conteúdos teóricos e procedimentos práticos, de acordo com a abordagem peculiar ou perspectiva segmentada que cada grupo lhe confere. O mesmo autor define flexibilidade, como qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesão.

Segundo Frey, citado por Weineck (2000), em geral, usam-se os termos flexibilidade e elasticidade como sinônimos de mobilidade. A capacidade de articulação referente à estrutura das articulações e a capacidade de estiramento referente aos músculos, ligamentos, tendões e cápsulas são entendidas pelo mesmo como componentes e, portanto, subconceitos da mobilidade. Porém, Dantas (1999), adverte que, a tradução da obra de Weineck define mobilidade como conceito normalmente associado ao de flexibilidade; ao longo de todo o item continua substituindo o vocábulo flexibilidade por mobilidade.

Para Tubino (1987), a flexibilidade é uma qualidade física que pode ser evidenciada pela amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo num determinado sentido, sendo esta, dependente da mobilidade articular (expressa pelas propriedades anatômicas das articulações) e da elasticidade muscular (projetada pelo grau de estiramento dos músculos envolvidos).

 Alter (1999) relata que parece haver pouca concordância sobre a definição de flexibilidade. O autor descreve definições citadas por alguns autores que estão dispostas a seguir: Corbin et al.; de Vries; Hebbelinck; Hubley-Kozey; Liemohn; Stone e Kroll  definem a flexibilidade de forma simples como amplitude de movimento disponível em uma articulação ou grupo de articulações. Para outros, a flexibilidade também implica em liberdade de movimento (Goldthwait; Metheny); capacidade de uma articulação para mover-se com fluidez em sua potencia amplitude de movimento (Heyward); habilidade de uma pessoa para mover-se uma parte ou partes do corpo numa grande amplitude de movimentos intencionais na velocidade requerida (Galley e Forster); amplitude total de movimento realizável (dentro dos limites de dor) de uma parte do corpo através de sua potencial amplitude de movimento (Saal); amplitude de movimento da articulação do tecido mole normal em resposta ao alongamento ativo ou passivo (Halvorson); a habilidade de um músculo para relaxar e ceder a uma força de alongamento (Kisner e Colby ); e a habilidade para mover uma articulação através de uma amplitude de movimento normal sem estresse excessivo para a unidade musculotendinosa (Chandler et al).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (73.5 Kb)   pdf (733.8 Kb)   docx (159.8 Kb)  
Continuar por mais 43 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com