A Teoria ambiental desenvolvida por Florence Nightingale

INTRODUCTION

A teoria ambiental desenvolvida por Florence Nightingale1 na segunda metade do século XIX na Inglaterra se concentrou principalmente no meio ambiente, interpretada como todas as condições e influências externas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo que são capazes de prevenir, suprimir ou contribuem para doenças e morte1.

A doença é considerada, nesta teoria, um processo de restauração da saúde e a função da enfermeira é equilibrar o meio ambiente, a fim de salvar a energia vital do paciente para se recuperar da doença, priorizando a entrega de um ambiente estimulante para o desenvolvimento do paciente saúde1,2. Aqui reside, então, a concepção do ser humano como membro da natureza, um indivíduo cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou insalubre1.

Nightingale acreditava que proporcionar um ambiente adequado era a diferença na recuperação dos pacientes, e nesta percepção está subjacente à teoria ambientalista. Assim, Nightingale tornou-se conhecido por suas ações que trouxeram resultados inovadores ao tratamento de pacientes2.

Em seus escritos, Nightingale aborda a provisão de fatores para manter um ambiente favorável à facilitação dos processos de cicatrização e vida saudável, tais como: ventilação, limpeza, iluminação, calor, ruído, odores e alimentação, de modo que o processo de recuperação, estabelecido pela natureza, não é impedido1.

Na enfermagem, essa preocupação com o meio ambiente existe desde a fundação da enfermagem profissional na segunda metade do século XIX. Pode encontrar nos dias atuais, em um cuidado humanizado, com base no controle ambiental em torno do paciente, que é visto como um ser que faz parte dos relacionamentos e interações com o meio ambiente em que este pode ser encontrado3.

Note-se também que o ambiente é apenas um dos dispositivos para o desenvolvimento de cuidados humanizados, mas pode ser adicionado, entre esses dispositivos: hospedagem com classificação de risco, gerentes colegiados, programa de treinamento em saúde e trabalho, equipes de referência e matriz apoio, projetos de ambiente, direitos de companheiro e visita aberta e a construção de processos coletivos de monitoramento e avaliação de atividades de humanização4.

Assim, o objetivo do campo de enfermagem é fornecer assistência aos pacientes para manter sua capacidade vital, atendendo às suas necessidades. Portanto, Nightingale mostra que a enfermagem é uma prática não curativa, na qual o paciente é colocado na melhor condição para a ação da natureza1.

Nesta perspectiva, o foco dos cuidados de enfermagem é a higiene ambiental, o conceito mais básico e a característica de seus trabalhos. Nesses, Nightingale lista as tarefas que os enfermeiros devem desempenhar para ajudar os indivíduos doentes, e muitos deles são relevantes até hoje em dia5.

O uso de teorias de enfermagem é de grande importância devido à base de prática. Fornece a apreciação do conhecimento da profissão e sua relação com o desempenho dos enfermeiros. Portanto, é importante fazer uma análise crítica sobre a teoria em foco, tendo em mente que a realização de um estudo de análise crítica de uma teoria ajuda a garantir a validade de tal e seu uso correto, fornecendo informações relevantes para seu desenvolvimento.

A análise ou a teoria da avaliação é o processo de examinar sistematicamente uma teoria usando critérios que variam dependendo dos autores que propõem métodos de análise, que são: exame das origens da teoria, significado, adequação lógica, utilidade e possibilidades de generalização e teste5 .

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