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Estudo de casos de Leishmaniose

Por:   •  9/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.066 Palavras (9 Páginas)  •  290 Visualizações

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DEFINIÇÃO

As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae.

De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos.

AGENTES CAUSADORES

Existe uma diversidade de espécies de Leishmania distribuídas pelo Brasil. No caso da LT, as principais são L. (V.) braziliensis, L. (V.) guyanensis e L. (L.) amazonensis.

Quanto à LV, a espécie comumente isolada em pacientes nas Américas é a L. (L.) chagasi.

VETORES

A Leishmania é transmitida ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores, denominados como flebotomíneos, do gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. No Brasil, as principais espécies envolvidas na transmissão da LT são L. whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata, e L. migonei. Já da LV a principal é a Lutzomyia longipalpis.

LEISHMANIOSE

As leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose podendo acometer o homem quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito. Atualmente, encontram-se entre as seis endemias consideradas prioritárias no mundo (TDR/WHO). São importantes problemas de saúde pública pela sua magnitude, transcendência e pouca vulnerabilidade às medidas de controle.

As transformações no ambiente, provocadas pelo intenso processo migratório, por pressões econômicas ou sociais, o processo de urbanização crescente, o esvaziamento rural, secas periódicas e a exploração mineral - caso de Parauapebas – acarretam a expansão das áreas endêmicas o aparecimento de novos focos.

Este fenômeno leva a uma redução do espaço ecológico da doença, facilitando a ocorrência de epidemias. A Leishmaniose Tegumentar (LT) tem ampla distribuição mundial, enquanto a Leishmaniose Visceral (LV) é endêmica em 76 países. Dos casos de LV registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil.

Este Estudo tem como objetivo apresentar a situação epidemiológica das Leishmanioses no município de Parauapebas, realizando análise histórica de 2013 a 2017.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

SINAIS E SINTOMAS

A doença pode levar de dois a três meses para se manifestar após a picada do inseto vetor. Em geral apresentam-se uma ou mais feridas na pele que não cicatrizam.

Existem duas formas da doença: cutânea e mucosa.

Cutânea: O primeiro sinal da forma cutânea costuma ser uma única ou várias lesões, quase sempre indolores na pele. No início assemelham-se à picada de um inseto, aumentando de tamanho e profundidade até virarem feridas normalmente arredondadas. Localizam- se geralmente nas partes expostas à picada do inseto (pernas, braços, mãos, rosto e pescoço).

Mucosa: É mais rara, na maioria das vezes surgindo após a lesão cutânea clássica, e se caracteriza por lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores, como nariz, garganta, palatos, lábios, língua, laringe e, mais dificilmente, traqueia e parte superior dos pulmões. Ao exame podem ser observados vermelhidão e ulceração (ferida). Se não tratada, esta forma poderá causar deformações graves no corpo do paciente, tais como perda parcial ou total do nariz, lábios e pálpebras. As principais queixas são:

• Obstrução nasal.

• Eliminação de cascas.

• Sangramento no nariz.

• Dificuldade de engolir.

• Dor ao engolir.

• Rouquidão.

DADOS EPIDEMIOLOGICOS

Foram confirmados 104 casos no ano de 2017, com t a x a d e i n c i d ê n c i a d e

51,39/100.000 habitantes. Em anos anteriores, verifica-se aumento gradativo de 2013 a 2015, passando de 94 casos (2013) para 151 casos (2015), c o m i n c i d ê n c i a d e 79,51/100.000 habitantes, a maior registrada no período.

A faixa etária mais acometida está entre 20 e 34 anos, representando 38,46% dos casos, em seguida está a faixa etária de 35 a 49 anos, com 37,5% dos casos em 2017. Em 2016 foi observado o mesmo perfil, com 47,17% dos casos apresentados na faixa etária de 20 a 34 anos, e com 24,53% entre 35 a 49 anos.

Destaca-se o perfil dos indivíduos acometidos pela doença, que são homens na faixa etária de 20 a 49 anos, em sua maioria trabalhadores que exercem atividades laborais em projetos de exploração mineral na Serra dos Carajás, ou são trabalhadores rurais. Dos 104 casos confirmados em 2017, 96 são autóctones do município, isto é, contraíram a doença em Parauapebas.

Analisando a distribuição espacial destes, percebe-se que a zona rural aparece como endereço de apenas 14,58% (14/96) dos casos, evidenciando que os 85,42% (82/96) dos casos com endereço na zona urbana contraíram a doença devido a sua atividade laboral exercida em área de mata.

Dos 104 casos confirmados em 2017, 96 são autóctones do município, isto é, contraíram a doença em Parauapebas. Analisando a distribuição espacial destes, percebe-se que a zona rural aparece como endereço de apenas 14,58% (14/96) dos casos, evidenciando que os 85,42% (82/96) dos casos com endereço na zona urbana contraíram a doença devido a sua atividade laboral exercida em área de mata.

LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR)

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos humanos. As principais vítimas são as crianças.

A doença também acomete os cães. Os sinais e sintomas podem ser percebidos tanto e humanos quanto em cães.

Humanos: Febre irregular de longa duração (mais de 7 dias), falta de apetite, emagrecimento e fraqueza, barriga inchada (pelo aumento

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