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FICHAMENTO CAP I E II - TEORIA DA RESTAURAÇÃO

Por:   •  20/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.045 Palavras (5 Páginas)  •  374 Visualizações

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ARQUITETURA E URBANISMO

Restauro e Revitalização II

Aluna: Raíssa Karolina Di Pace Rodrigues

Turma: A

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BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. Itália: Ateliê Editorial, 1963. Capítulo I: O Conceito de Restauração; Capítulo III: A Unidade Potencial da Obra de Arte.

  • Capítulo I: O Conceito de Restauração

          De acordo com o autor Cesare Brandi, a restauração significa qualquer intervenção voltada a dar novamente eficiência a um produto da atividade humana, eliminando intervenções pela esfera biológica ou físicas como denominação de restauro.

          Quando um produto possui estruturalmente um objetivo funcional e se perde sua finalidade, deixará de ser contemplado por sua função primária para ser restabelecido como aspecto secundário ou concomitante em caso de futura restauração, como por exemplo, as obras de arquitetura que passam a serem obras de artes aplicadas.

          Ao citar que “O produto especial da atividade humana a que se dá o nome de obra de arte, assim o é pelo fato de um singular reconhecimento que vem a consciência: reconhecimento duplamente singular...” (BRANDI, 1963, p. 27) significa que o produto existe, porém o reconhecimento está diante de quem vê, mas pode ser classificado de modo genérico entre os produtos da atividade humana e fazer parte de um conjunto de peças importantes para uma sociedade. A obra de arte apresenta-se de diversas formas, não só esteticamente, através do tempo um produto pode ter sido modificado sem perder sua finalidade, porém o seu processo de evolução é considerado como tal devido as suas experiências vivenciadas individualizadas; exemplo: registros escritos, onde houve uma evolução de sua produção primária até os dias atuais sem perder a sua função.

          Como produto da atividade humana, a obra de arte coloca uma dúplice instância: estética que corresponde ao fato basilar da artisticidade pela qual a obra de arte é obra de arte; e a histórica que lhe compete como produto humano realizado em um tempo e lugar e que em certo tempo e lugar se encontra.

          Portanto, tendo reconduzido o restauro à relação direta com o reconhecimento da obra de arte como tal, o autor dar-se sua nova definição: “a restauração constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão para o futuro.”

          Para que ocorra a restauração na obra de arte, é preciso analisar a estrutura fundamental no qual está ingressada para que a consistência física seja necessariamente precedida, porque é onde se representa o próprio local da manifestação da imagem, assegurando a transmissão da imagem ao futuro.  Por isso, tem prevalência ao lado artística, na medida em que o reconhecimento visa a conservar para o futuro a possibilidade dessa revelação, e restaurar-se somente a matéria da obra de arte. Quando as condições da obra de arte exigir sacrifício de uma parte de sua consistência material, a intervenção deverá concluir-se segundo aquilo que exige a instância estética.

          Porém, a obra de arte subestimada à instância histórica, coincide com o ato de sua formulação, criação, e se refere, portanto, a um artista, a um tempo e lugar, e uma segunda historicidade que provém do fato de insistir no presente de uma consciência, e portanto, deverá carregar as marcas do tempo, respeitando a temporalidade e a sua conformação original.

          A contemporização entre as duas instâncias representa a dialética da restauração, exatamente como momento metodológico do reconhecimento da obra de arte como tal, e por conseguinte, pode-se enunciar o segundo princípio do restauro: “a restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível em cometer um falso histórico artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhuma traço da passagem da obra de arte no tempo.”

  • Capítulo III: A unidade Potencial da Obra de Arte

          Inicialmente, Brandi cita que o valor atribuído a obra de arte caracteriza-se como unidade qualitativa em vez de quantitativa, porém não serviria para diferenciar de modo claro a unidade da obra de arte da unidade orgânico-funcional, pelo fato de o fenômeno da vida não ser quantitativo, mas qualitativo.

          A obra de arte é concedida de forma inteira, e não pela unidade que se alcança no total. Caso não fosse concedida como inteira, em consequência, ser composta de partes: daí se chegaria a um conceito geométrico do belo, e para isso valeria para o belo. Assim se a obra de arte for composta de partes que são cada uma delas em si, uma obre de arte, singularmente, não são tão autônomas, e a participação tem valor de ritmo, ou que no contexto em que se aparecem, perdem o valor individual para ser reabsorvidas na obre que as contém.

          A unidade orgânico-funcional da realidade existencial reside nas funções lógicas do intelecto, enquanto a unidade figurativa da obra de arte se dá com a intuição da imagem como obra de arte. Há duas proposições definidas para estabelecer os termos da restauração: a obra de arte possui singular unidade pela qual não pode ser considerada como composta de partes; e que essa unidade não pode ser equiparada à unidade orgânico-funcional da realidade existencial.

          A obra de arte, não constando partes, fisicamente fracionada, deverá continuar a substituir potencialmente como todo em cada um de seus fragmentos e essa potencialidade será exigível em uma proposição conexa de forma direta aos traços formais remanescentes, em cada fragmento da desagregação de matéria. Já o segundo, infere-se a forma de toda obra de arte singular e indivisível, e em casos em que na sua matéria, a obra de artes estiver dividida, será necessário buscar desenvolver a unidade potencial originaria que cada um dos fragmentos contém, proporcionalmente a permanência formal ainda remanescente neles.

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