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MODALIDADES BASICAS DE VENTILAÇÃO

Por:   •  19/8/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.902 Palavras (8 Páginas)  •  505 Visualizações

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Modalidades Básicas de Ventilação

Formas de ciclagem

Ciclagem a volume: Nesse modo o ventilador interrompe a inspiração, cicla quando o volume escolhido é alcançado. Pelo fato de haver necessidade da programação de um volume de gás, a velocidade de entrada deste também deve ser ajustada, ao que chamamos de fluxo inspiratório. Esse fluxo pode ser constante, acelerado ou seinoidal, apresentando de que forma o ar vai ser alcançado nas vias aéreas. O valor do fluxo também determina o tempo inspiratório, mas o ciclo será finalizado quando o volume programado for atingido. Nessa forma de ciclagem, existe a possibilidade de ajuste de uma pausa inspiratória em que o ar permanece parado no interior dos pulmões, favorecendo a pressão alveolar.

Ciclagem a pressão: Forma de ciclagem na qual a pressão máxima a ser atingida é pré-programa e alcançada, dependendo de um fluxo também pré-ajustado. Dessa forma, com o ajuste do fluxo e da pressão, o volume gerado é resultante e seu valor depende também das características do pulmão, como complacência e a resistência.

Ciclagem a tempo: Nessa forma de ciclagem, uma pressão constante pré-programada nas vias aéreas permanece constante por um tempo predeterminado. A ciclagem da máquina então se dá ao término do tempo inspiratório ajustado. Ao programar uma pressão nas vias aéreas durante um tempo determinado, gera-se uma diferencial de pressão entre a máquina e o pulmão, o qual provoca inicialmente o deslocamento do gás de forma rápida, à medida em que o pulmão vai regularizando, reduz o diferencial da pressão, diminuindo também a velocidade de entrada do gás. Portanto, o fluxo assume a característica de ser desacelerado, sendo o volume e fluxo não programados. Essa forma de ciclagem é comum chamada de pressão controlada.

Ciclagem fluxo: Essa forma de ciclagem, também chamada de pressão de suporte, é aplicada nos ciclos espontâneos dos modos de controle SIMV e  CPAP. Ocorre uma programação de uma pressão que será constante nas vias aéreas. Por gerar um diferencial entre a máquina e o sistema respiratório, o deslocamento do ar vai ser maior no inicio e tende a diminuir à medida que o pulmão vai sendo pressurizado. Entretanto, a forma de interrupção da inspiração se faz a fluxo. Quando o fluxo inspiratório cair a uma porcentagem programada do pico inicial, ocorrerá a ciclagem. Assim o fluxo e volume não serão programadas, já que são dependentes da pressão ajustada do esforço do paciente e das características do próprio sistema respiratório. Como o tempo inspiratório e o volume não serão determinados, pois dependem da mecânica respiratória, o fato de a ciclagem ser a fluxo poderá trazer algumas dificuldades na adaptação do paciente à máquina.  

Variável de controle: A variável de controle é a que se mantém constante durante toda a fase inspiratória, independente das variações de complacência e da resistência do sistema respiratório, mesmo que seja necessário sacrificar outras variáveis pré- ajustadas.

Pressão controlada: Uma pressão pré-ajustada é atingida e sustentada por toda fase respiratória. O volume resultante depende da impedância do sistema respiratório do paciente, do nível de pressão pré-ajustada e do tempo em que esta pressão permanece no sistema. O problema desse tipo de ventilação é que o volume minuto pode diminuir drasticamente com uma alteração da complacência, onde o controle da pressão evita de forma mais acentuada o risco de barotrauma.

Volume controlado: Um volume corrente pré-ajustado é atingido obrigatoriamente ciclo a ciclo, garantindo um volume minuto. Porém, um aumento da resistência ou uma queda da com complacência pode gerar um aumento importante da pressão de via aérea, causando um barotrauma, embora um ajuste adequado do fluxo e dos limites de pressão reduza esse risco. Como se trata de um controle indireto do tempo respiratório, o fluxo fixo também é pré-ajustado nessa forma de ventilação, quando maior o fluxo, menor é o tempo inspiratório e vice-versa.

Variáveis de fase: As variáveis de fase (pressão, volume, fluxo ou tempo) são medidas e usadas para iniciar ou terminar um ciclo respiratório. A variável condicional é aquela que, sozinha ou em combinação, é analisada pelo ventilador e determina qual de dois ou mais tipos de ciclos ventilatórios será liberado. Um modo ventilatório é uma específica combinação de variáveis de controle, variáveis de fase e variáveis de condicionais, definidas tanto para os ciclos mandatórios quanto para os ciclos espontâneos.

Ventilação mandatória contínua (VMC)

O aparelho inicia (disparo) e termina (ciclagem) a fase respiratória automaticamente, sem possibilidade de interação com o drive respiratório do paciente. O disparo é ajustado pelo pré- programação da freqüência respiratória no aparelho, e a ciclagem é determinada dependendo da variável de controle predeterminada pelo fisioterapeuta ou médico, podendo esta ser volume ou pressão controlada. Outra opção na VMC é o disparo combinado. A partir dessa programação denominada assisto-controlada, o disparo pode também ser efetuado por um esforço muscular do paciente. Quando um ciclo respiratório ocorre com um disparo efetuado pelo paciente, o aparelho reinicia a contagem de um novo ciclo, tempo, o qual depende da freqüência respiratória  pré-ajustada. Se o paciente não efetuar novo disparo a tempo (sem esforço) será efetuado.

Ventilação mandatória intermitente (VMI)

 A ventilação mandatória intermitente permite, entre os ciclos mandatórios pré-ajustados pela freqüência respiratória no aparelho, que ciclos espontâneos sejam realizados pelo paciente. Dependendo das variáveis ajustadas nos ciclos mandatórios, a VMI pode ser:

Ventilação mandatória intermitente (IMV): A variável de controle pode ser a pressão controlada ou o volume controlado, mas a variável de disparo é somente a tempo, não permitindo o reconhecimento do esforço muscular do paciente.

Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV): A variável de controle pode ser a pressão controlada de volume controlado, mas o disparo é combinado, existindo um disparo a tempo pré-ajustado pela freqüência respiratória. O esforço muscular do paciente pode ser reconhecido pelo disparo a pressão ou ao fluxo. O tempo do ciclo é predeterminado pela freqüência respiratória pré-ajustado. Dentro de cada ciclo no primeiro muscular, seja ela no inicio, meio ou fim do ciclo atual, o paciente recebe a variável de controle pré-programa. Se ainda houver tempo disponível dentro do mesmo ciclo e correr um novo disparo provocado positiva esforço muscular do paciente, esse esforço será espontâneo, sem nenhum auxilio do ventilador. O próximo ciclo, após um com esforço, aguarda um novo disparo realizado pelo paciente. Caso isso não ocorra, no ciclo seguinte um ciclo mandatório será enviado ao paciente.

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