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RESENHA DO FILME: UM HOMEM ENTRE GIGANTES - E SUA RELAÇÃO COM A DISCIPLINA FISIOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA

Por:   •  7/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  3.079 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FISIOTERAPIA

DISCIPLINA FISIOLOGIA HUMANA

ELIANE RIBEIRO FERREIRA

O FILME “UM HOMEM ENTRE GIGANTES” E SUA RELAÇÃO COM A DISCIPLINA FISIOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIA

BELÉM / 2017

O filme Um Homem entre Gigantes (Concussion), é baseado em fatos reais, da descoberta feita por um Patologista, ao fazer a autópsia no corpo de um ex-jogador de futebol americano, para saber as causas de sua morte.

O filme mostra a relação da doença ETC – Encefalopatia Traumática Crônica com os jogadores de Futebol Americano, e que em alguns casos era confundida com o Alzheimer, e para entendermos a história, segue o texto que faz parte da crítica do site “Observatório do Cinema” referente ao filme:

        

“Com uma trajetória acadêmica invejável, o médico nigeriano chega aos Estados Unidos para fazer carreira médica. Com uma personalidade profissional única, o Dr. Omalu, ao realizar autópsias em seus pacientes, conversa com eles – o que deixa os demais profissionais curiosos com essa postura peculiar. Além de conversar com os cadáveres, ele se recusa a usar as mesmas facas em vários outros pacientes. Mas a instituição em que trabalha é uma agência pública que é mantida pelo Estado de Pittsburgh e não recebem tantos recursos para tal luxo de descartarem as ferramentas de trabalho como faz o Dr. Omalu.[pic 2]

Além desse comportamento do médico nigeriano, ele acredita que não são apenas pacientes que foram a óbito, mas, sim, pacientes que merecem respeito. Por esta razão, ele os trata dessa forma: conversa com eles enquanto abre os seus corpos.

E com o seu paciente Mike (Daniel Sullivan) não foi diferente. “Mike, as pessoas estão dizendo coisas horríveis sobre você. Eu posso dizer que tem algo errado. Mas eu não posso fazer isso sozinho. Eu preciso da sua ajuda, para contar ao mundo o que aconteceu com você”, diz o Dr. Bennet ao corpo sem vida.

Após fazer a análise, para tentar identificar a causa da morte do ex-jogador de futebol americano, o médico Omalu resolve ir a fundo para desvendar o que de fato aconteceu com o cérebro do paciente.

“Encefalopatia Traumática Crônica” (ETC), esse é o nome da doença que ele diagnosticou durante a sua pesquisa. É importante ressaltar que, junto com a descoberta, a comunidade esportiva não havia se contentando com a publicação da sua pesquisa. Então é aí que a trama começa.

 O Dr. Omalu foi quem fez a autópsia do ex-jogador da equipe Pittsburgh Steelers, Mike Webster, que veio a óbito em 2002, vítima de uma doença degenerativa decorrente da pratica do esporte.

 Afinal, o filme trás uma pauta para o centro da discussão às lesões causadas pelo futebol americano, sobretudo a invisibilidade desse problema, o preconceito racial e o ponto mais crucial da trama: a máfia que há por trás da indústria esportiva mundial.

Claro que a nossa cultura não está perto de ter grandes apresentações esportivas de futebol americano, mas é uma excelente discussão para percebemos que talvez outros esportes que coloquem os profissionais em situação de vulnerabilidade física, como ex-jogadores de futebol americano.”

ENCEFALOPATIA TRAUMÁTICA CRÔNICA OU (ETC), ENTENDENDO A FISIOLOGIA DA DOENÇA.

“Conforme artigo científico publicado no site de Psychiatry on line Brasil*, a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC) é uma doença degenerativa progressiva do cérebro encontrada em atletas ou outras pessoas com histórico de traumas repetitivos sobre a cabeça. Foi descrita em 1982 por Martland, com o termo punch-drunk, por afetar boxeadores, denominada de psychopathic deterioration of pugilists por Corsellis em 1973, depois de estudar uma série de boxeadores aposentados.

Foi identificada, primeiramente como demência pugilística mais recentemente foi encontrada, também em ex-atletas profissionais de futebol americano e até em atletas mais jovens com histórico de traumas repetitivos sobre a cabeça. Esse tipo de trauma desencadeia degeneração progressiva do tecido celular, incluindo depósito anormal de uma proteína chamada tau. É também reconhecida como uma progressiva tauopatia com uma clara etiologia do meio ambiente. Traumas menores sobre o cérebro, como concussões, as quais acontecem nas práticas de futebol americano, hochey, no futebol (soccer), nas lutas livres profissionais, no rúgbi e tantas outras modalidades esportivas de risco, podem conduzir a alterações neurodegenerativas”. (www.polbr.med.br/ Traumatismos Cranioencefálicos e Suicídio).

Estudos recentes, atribuem a Micróglia, que é uma célula que desempenha o papel de proteger, ou seja, é uma defesa imunológica do sistema neurológico, pois havendo lesão estas células são responsáveis por reduzir os danos causados por inflamação, fazer a limpeza da área atingida e reparar o tecido circundante, mas devido as lesões em série sofridas pelo indivíduo, está célula que antes beneficiava, agora é incitada a liberar quantidades prejudiciais de mediadores imunológicos, que inibem enzimas conhecidas como fosfotases, promovem a hiperfosforilação da proteína tau, disfunção do citoesqueleto e a formação de emaranhados fibrilares, é o  que afirma Steves Rehen, que escreveu o artigo Cérebro de Lutador no site www.cienciahoje.org.br.

A disfunção do citoesqueleto e a formação de emaranhados fibrilares em excesso, também favorecem a morte neuronal, atuando de forma negativa e significante ao ECT.

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Microglia ativada de córtex de ratos após lesão cerebral traumática. Pesquisadores cogitam que a célula, que desempenha um papel de defesa imunológica no interior do cérebro, esteja ligada de alguma forma à encefalopatia traumática crônica. (imagem: Wikimedia commons)

ETC E ESPORTES DE IMPACTO

No filme, quando o Dr. Omalu, se depara com o cérebro de Mike Webster,  ele não vê exatamente o que procura, para isso, foi necessário um estudo aprofundado do cérebro do ex-atleta, mas ele fez primeiramente as perguntas certas, como um homem de pouco mais de 50 anos estava naquele estado deplorável, onde até arrancar os dentes era uma dor mais suportável, do que aquele que ele vinha tendo. E a resposta estava justamente onde procurou: dentro do cérebro.

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