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RESUMO TOTAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO

Por:   •  9/7/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.287 Palavras (10 Páginas)  •  225 Visualizações

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RESUMO TOTAL DO SISTEMA DIGESTÓRIO

        O sistema digestório consiste em um tubo muscular, chamado de trato digestório, e vários órgãos acessórios, chamados de anexos do trato digestório. Os órgãos constituintes do trato digestório são: cavidade oral, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (apêndice e ceco) e reto. Os órgãos acessórios, por sua vez, são dentes, língua, glândulas salivares, fígado e pâncreas, no qual as secreções são liberadas através de ductos no trato digestório. O trato digestório e os órgãos acessórios trabalham em consonância para desempenhar as seguintes funções: ingestão, processamento mecânico, digestão, secreção, absorção, excreção e compactação. O revestimento do trato digestório também possui a função de defesa, além dessas, ao proteger contra os efeitos corrosivos dos ácidos e enzimas digestivas, agressões mecânicas ou patógenos nos alimentos ingeridos ou no próprio trato gastrointestinal.

        No que tange à organização histológica do trato gastrointestinal, sua parede é dividida em quatro camadas: túnica mucosa, túnica muscular, túnica submucosa e túnica adventícia/serosa. O revestimento interno é coberto pela túnica mucosa, que consiste em tecido conjutivo frouxo recoberto por um epitélio mucoso, simples ou estratificado,  lubrificado por secreções glandulares, dispostos em pregas transversas ou longitudinais, que aumentam a superfície de absorção. Além disso, há a presença de ductos que desembocam no epitélio as secreções das células glandulares da túnica mucosa e submucosa, associados a vasos sanguíneos, terminações nervosas sensitivas, vasos linfáticos, fibras musculares e áreas de tecidos linfáticos, chamada de tecido linfático associado à mucosa (MALT). Na região mais externa da túnica mucosa, há a lâmina muscular da mucosa, dispotas em camada circular interna e camada longitudinal externa, responsáveis para alterar o formato da cavidade e promover a locomoção das pregas. A túnica submucosa é uma camada de tecido conjutivo denso irregular que envolve a lâmina muscular da mucosa, no qual se encontra grandes vasos sanguíneos, linfáticos, glândulas exócrinas e plexos nervosos, chamados especificamente de plexo de meissner, que contém neurônios sensitivos, gânglios parassimpáticos e fibras pós-ganglionares simpáticas. A camada que recobre a túnica submucosa é a túnica muscular que é composta por fibras musculares lisas, dispostas em uma camada circular interna e uma longitudinal externa com a função de propiciar o processamento mecânico e a propulsão dos alimentos ao longo do trato digestóio. Dentro dessa camada, existe o plexo mioentérico responsável pelo controle dessas fibras, no qual as fibras parassimpáticas são responsáveis pelo tônus muscular e a contração. Por fim, a camada mais externa é túnica serosa, mas a túnica que reveste a camada muscular da boca, da faringe, da maior parte do esôfago e do reto é a túnica adventícia, consiste em uma rede densa de fibras colágenas.

        As células musculares lisas passam por despolarização espontânea pelas células auto-ajustáveis, que desencadeiam dois movimentos: a peristalse e a segmentação. A peristalse consiste em ondas de contração muscular que comprimem o bolo alimentar ao longo da extensão do trato digestório, no qual a camada circular interna se contrai anteriormente ao bolo alimentar, enquanto que a camada muscular longitudinal se contrai em seguida, se encurtando e forçando os materiais na direção desejada. A segmentação, por sua vez, ocorre no intestino delgado e intestino grosso. O movimento da segmentação envolve e fragmenta os materiais digestivos em várias partes para se misturarem com as enzimas e secreções intestinais, sem produzir movimento para nenhum sentindo em específico. As ondas peristálticas podem ser iniciadas por fibras sensitivas e motoras, no qual as fibras sensitivas fazem sinapses no plexo mioentérico para produzir o reflexo mioentérico.

        Outro fator a ser ressaltado é o peritônio, que é uma camada de mesotélio que reveste a as vísceras e a superfície interna da parede da cavidade abdominopélvicas. Os órgãos podem ser divididos em órgãos intraperitoneais e órgãos retroperitoneais (extraperitoneais e subperitoneais). Enquanto que o peritônio se divide entre peritônio visceral, mais interno e que reveste as vísceras como intestino e o estômago, e a o peritônio parietal que reveste a superfície interna da parede da cavidade abdominopélvicas. O revestimento peritoneal produz continuamente líquido peritoneal aquoso que lubrifica as superfícies peritoneais, que é composto de águas, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial e que possui leucócitos e anticorpos como auxilio na proteção à infecção. Em homens, a cavidade peritoneal é totalmente fechada, em mulheres não.

        Os órgãos abdominais intraperitoneais apresentam a seguinte relação anatômica com o peritônio: eles se localizam dentro da cavidade peritoneal, sendo recoberto quase por todos os lados por peritônio visceral, como o estômago, fígado e o íleo. Os órgãos retroperitoneais apresentam a seguinte relação anatômica com peritônio: são órgãos recobertos apenas na sua superfície anterior por peritônio parietal e estão localizados fora da cavidade peritoneal, são órgãos que não se originam do intestino primitivo, como os rins e os ureteres. Além disso, há aqueles órgãos secundariamente retroperitoneais que são aqueles que se encontram em parte em localização intraperitoneal e em parte retroperitoneal, como o pâncreas e grande parte do duodeno.

        A maior parte do trato digestório se mantém suspensa por lâminas de túnica serosa que preservam a continuidade entre o peritônio parietal e visceral. Essas projeções denominadas de mesentério são lâminas duplas fundidas de peritônio, oferecendo trajeto para nervos, vasos sanguíneos e linfáticos para as superfícies do trato digestório e estabilizando as posições relativas dos órgãos  anexos, além de evitar o enovelamento dos intestinos durante o movimento peristáltico ou modificações súbitas de posições. Durante o desenvolvimento fetal, o feto possui dois mensetérios primitivos, o mensentério ventral primitivo e o mesentério dorsal primitivo. O mesentério ventral primitivo desaparece em quase toda sua totalidade, persistindo apenas na curvatura menor do estômago, entre ele e o fígado, formando o omento menor, que é composto pelo ligamento hepatogástrico, que une o fígado ao estômago, e pelo ligamento hepatoduodenal , que une o fígado ao duodeno, formando, respectivamente a porção membranácea e a porção espessa do omento menor (contendo a passagem da tríade portal), e entre o fígado, a parede abdominal anterior e o diafragma, gerando os ligamentos falciformes e coronário. O mesentério dorsal primitivo, por outro lado, torna-se aumentado e forma o omento maior na superfície anterior do intestino delgado e o estômago, dobrando-se na face anterior do colo transverso e seu mesentério. O mesentério próprio é uma dupla lâmina espessa do mesentério, que suspende o início do intestino delgado, conferindo estabilidade e certo grau de movimentação. O Mesocolo é um mesentério anexo ao intestino grosso, dividido em mesocolo transverso, que suspende o colo transverso, e em mesocolo sigmoide, que suspende o colo sigmoide, o canal retal e anal. O mesocolo transverso divide a cavidade abdominal em compartimento supracólico, que contém estomago, fígado e baço, e em compartimento infracólico esquerdo e direito, que contém o intestino delgado e os colos ascendentes e descendentes. O compartimento infracólico é divido pelo mesentério próprio do intestino delgado.

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