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Melhoramento genético cães

Por:   •  19/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.002 Palavras (9 Páginas)  •  3.361 Visualizações

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Mercado

Bulldog inglês é uma raça oriunda da Inglaterra. Descende de cães utilizados para combater touros, em um "esporte" chamado Bull-baiting. O Buldogue Inglês é facilmente adaptado, tanto para viver em um apartamento quanto para viver no campo. Se adapta melhor em climas temperados, e certamente eles tem dificuldade para se resfriar em um clima muito quente. As doenças mais comuns que acometem a raça são dificuldades respiratórias, Síndrome do Cão Braquicefálico, dermatite, criptorquidismo, Displasia Coxo Femural.

Apesar de ser uma raça com alto custo de vida, o mercado de Bulldog inglês vem crescendo no Brasil e há cada vez mais criadores e canis tentando se firmar no mercado. Os problemas de reprodução encontrados pelos criadores são numerosos e diferentes uns dos outros. Estes problemas constituem um sério entrave ao sucesso desta criação e decorrem das particularidades da anatomia e fisiologia da raça, fixadas pela seleção.

A maioria dos criadores utiliza técnica de Inseminação Artificial, pois a raça apresenta dificuldade no acasalamento, pois são pesados e compactos. Além disso, a taxa de fecundidade da fêmea é baixa e o parto raramente é normal. Todas essas dificuldades que o criador enfrenta, faz com que o preço do animal fique cada vez mais elevado.

O preço de um bulldog inglês pode variar muito. Em canis pode variar de 1500 a 4000 reais.

O mercado online também vem crescendo e pode-se encontrar cães da raça por até 7000 reais, em sites populares.

Objetivo

Desenvolver um programa de melhoramento genético em cães da raça Bulldog Inglês, com objetivo de eliminar algumas características indesejáveis que são comuns à raça. O programa será focado em displasia coxo femural e síndrome do cão braquiocefálico.

Justificativa

Eliminando as características indesejáveis, iremos assim melhorar geneticamente os cães, visando proporcionar uma melhor expectativa e qualidade de vida para eles. Sendo assim, agradando os proprietários com a diminuição de possíveis problemas e gastos com problemas futuros aumentando o mercado como consequência.

Aspectos a serem melhorados

Síndrome do cão braquicefálico

Refere a uma combinação de condições incluindo estenose das narinas, alongamento de palato mole e eversão de sáculos laringianos. A gravidade desta doença varia de acordo com as combinações das alterações encontradas nos cães. Os cães com esta condição frequentemente apresentam ruídos, principalmente noturnos, se assemelhando ao ronco dos humanos. Essa situação pode, além de ser patológica, incomodar os proprietários. Eles levam o animal para a consulta com esta queixa. Além disso, podem apresentar intolerância ao exercício e até cianose esporádicas, o que assusta os donos desses animais. A doença acomete em sua maioria cães braquicefálicos, porém isso não quer dizer que todos os cães braquicefálicos terão a síndrome, dependerá exclusivamente de sua linhagem e características de seus pais.

Displasia coxofemoral

A displasia coxofemoral é o desenvolvimento ou crescimento anormal da articulação entre a bacia e o fêmur (articulação coxofemoral). Pode ocorrer em cães de todas as raças, mas principalmente em raças grandes e naquelas de crescimento rápido (Rottweiller, Pastor Alemão, Dog Alemão, Labrador, etc), não apresenta predisposição quanto ao sexo, acomete machos e fêmeas igualmente, pode afetar uma ou ambas as articulações (mais comum).

Trata-se de uma doença genética sendo portanto transmitida de pai para filho, assim, é necessário que o macho ou a fêmea tenha a doença para que os filhotes apresentem a displasia. A genética não é o único fator determinante da doença, o ambiente e a forma de manejo do animal também interferem no aparecimento da deformidade articular. Para diminuir a influência dos fatores ambientais é indicado não manter o animal sobre piso liso, controlar o peso do animal e não submeter este a esforços exagerados.

Ferramentas para o melhoramento genético

Seleção

A seleção indica os melhores animais de uma geração, para o acasalamento. No caso será utilizada a seleção artificial onde aumenta a representação genética de indivíduos com características de interesse humano. O objetivo implícito da seleção artificial é mudar, num período compreendido por algumas gerações, as frequências gênicas na população, de tal modo que os genótipos produzidos tenham as características desejadas pelo criador.

Endocruzamento

É realizado o endocruzamento que é o acasalamento de indivíduos que são geneticamente próximos. O endocruzamento resulta no aumento da zigosidade, que pode aumentar as hipóteses dos descendentes serem afetados por genes recessivos ou problemas de má-formação física. Através do endocruzamento o homem promove uma seleção direcional escolhendo os indivíduos portadores das características que pretende selecionar e promove o cruzamento entre os indivíduos selecionados; nas gerações seguintes faz o mesmo tipo de seleção. Desta forma, os genes responsáveis pelas características escolhidas têm aumentado sua frequência e tendem a entrar em homozigose. A população selecionada tem a variabilidade genética reduzida através

da semelhança cada vez maior entre os indivíduos que a compõem. É desta maneira que são produzidas linhagens puro-sangue.

Biotecnologia

A raça Bulldog Inglês pertence ao elenco de cães cuja reprodução se faz quase que na totalidade com a utilização da inseminação artificial, pois o acasalamento é difícil; os Bulldogs são pesados e compactos, de uma natureza bastante linfática, o macho sente uma dificuldade para um acoplamento natural. Quase sempre são necessários providencias para manter os parceiros unidos e permitir o acasalamento, por isso é usado a técnica de inseminação artificial, mais seguro e menos estressante para o macho e para a fêmea, chegando-se à taxa de 90% de prenhez.

Normalmente no cio da fêmea ela apresenta vulva e vagina edemaciada com presença de secreção sero-sanguinolenta e atrai, mas não aceita o macho. A duração do cio pode ser diferente de fêmea para fêmea, podendo ter variação de 7 a 21 dias ou mais. Portanto a monitoração deve ser

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