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Confiabilidade - Resenha TPM

Por:   •  21/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.970 Palavras (12 Páginas)  •  439 Visualizações

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INTELIGÊNCIA COMPETITIVA NOS

DEPARTAMENTOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

NO BRASIL.

        Artigo de autoria de Robson Quinello e José Roberto Nicoletti da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, publicado na Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação.

        O artigo estudado envolve uma pesquisa qualitativa exploratória, fazendo uso do método Delphi (aplicada via Internet), para análise dos principais canais de captação da informação e entrevista com especialistas da área para a construção do perfil dos profissionais frente à Inteligência Competitiva. O método Delphi, é um método para estruturar a comunicação grupal, de maneira tal, que o processo seja efetivo e permita a um grupo de indivíduos lidar com um problema complexo.

O Delphi é uma ferramenta de pesquisa qualitativa que busca um consenso de opiniões de um grupo de especialistas a respeito de tendências futuras. Ela possibilita realizar previsões em situações de carência de dados históricos, ou mesmo em pesquisas sobre temas recentes. Entretanto, há algumas restrições no método, conforme listado abaixo:

  • O tratamento dos resultados não é estatisticamente aceitável;
  • Dificuldade no processo de escolha dos respondentes;
  • Excessiva dependência dos resultados na escolha dos especialistas, com possibilidade de introdução de tendência devido aos critérios de escolha dos respondentes;
  • Possibilidade de se forçar indevidamente um consenso;
  • Dificuldade de se preparar questionários que não dê margem a tendências nas respostas.

Logo, o método realiza uma consulta a um grupo limitado e seleto de especialistas, que através da capacidade de raciocínio lógico, da experiência e da troca objetiva de informações, procura chegar a opiniões conjuntas sobre as questões propostas. Através desta exploração, é possível estabelecer prioridades, desenvolver definições operacionais e melhorar o planejamento final da pesquisa.

Porém, antes de chegar ao método Delphi e aplica-lo, como vamos explicar mais à frente, os autores precisaram fazer uma pesquisa a respeito da história da manutenção, como vamos expor no breve resume a seguir.

A origem do termo manutenção, vem do vocabulário militar e significa manter nas unidades de combate, o efetivo e o material em num nível constante. Porém, o surgimento da palavra manutenção na indústria, só ocorreu em 1950 nos Estados Unidos da América. Na França, por exemplo, esse termo está mais associado à palavra conservação.

Afinal, o que é a manutenção? A manutenção é uma função empresarial, da qual se espera o controle constante das instalações, assim como o conjunto de trabalho de reparo e revisões necessárias para garantir o funcionamento regular e o bom estado de conservação das instalações produtivas, serviços e instrumentação dos estabelecimentos. Formalmente, a definição de manutenção é a combinação de ações técnicas, administrativas e de supervisão, com o objetivo de manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida. Ou seja, fazer o que for preciso para assegurar que um equipamento ou máquina opere dentro de condições mínimas de requerimentos e especificações.

As atividades de manutenção, existem para evitar a degradação natural ou não de quaisquer equipamentos ou instalações. Esses desgastes se manifestam de diversas formas, desde a má aparência, perdas parciais e até perda total das funções requeridas, causando paradas de produção, fabricação, perda da qualidade dos produtos ou serviços, poluição e desastres ambientais. Como essa área tem uma forte relação com os setores produtivos, principalmente quanto à qualidade e produtividade, ela acaba desempenhando um papel estratégico fundamental na melhoria dos resultados operacionais e financeiros dos negócios. As áreas de manutenção, quando identificadas e otimizadas dentro da cadeia de valor da organização, podem oferecer vasta vantagem competitiva. Esta cadeia de valor é formada por nove categorias genéricas subdivididas em duas atividades:

  • Atividades Primárias: Logística Interna e Externa, Operações, marketing, Vendas e Serviços;
  • Atividades de Apoio: Infraestrutura, Gerência de Recursos Humanos, Desenvolvimento de Tecnologia e Aquisição.

A integração e análise da cadeia, identifica o potencial de cada categoria e determina a vantagem competitiva da empresa. A manutenção está presente nas atividades de apoio através do fornecimento e manutenção da infraestrutura, como por exemplo, energia elétrica, água, ar comprimido, vapor e gás e nas atividades primárias, na manutenção de equipamentos e bens de capital.

A área ganhou destaque de função estratégica nas organizações, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, com o movimento japonês chamado Total Productive Maintenance – TPM (Manutenção Produtiva Total) que, ao longo dos últimos 50 anos, vem evoluindo de uma simples metodologia de manutenção para um complexo sistema de gestão empresarial ao longo das décadas. A manutenção, passou por três gerações distintas:

1ª Geração: Anterior à Segunda Guerra Mundial, onde as indústrias eram pouco mecanizadas e as paradas de produção não tinham relevância, pois as técnicas de manutenção empregadas eram precárias e simples, limitando-se apenas às limpezas, às rotinas de lubrificação e à inspeção visual. As competências técnicas e gerenciais dos profissionais eram mínimas.

2ª Geração: Durante a Segunda Guerra Mundial com mudanças radicais, onde as pressões da guerra forçaram as indústrias a se mecanizarem e a exigência de competências técnicas e gerenciais passaram a ser de alto nível. As organizações começaram a ficar dependentes da manutenção, à medida em que a produção se intensificou e a qualidade passou a ser esperada. Com isto, na década de 60, os conceitos de falhas, manutenção preventiva e manutenção preditiva (técnicas que predizem as condições dos equipamentos), surgiram paralelamente com os primeiros sinais de Planejamento da Manutenção e de Sistemas de Controle, que fortaleceriam as práticas de manutenção e análise dos custos. Ainda nas décadas de 60 e 70, o departamento de defesa dos Estados Unidos da América, juntamente com a indústria aérea militar, desenvolveu as primeiras análises de políticas de manutenção chamadas Reliability Centered Maintenance – RCM (Manutenção Centrada na Confiabilidade), largamente utilizadas nos dias atuais.

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