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O ESPAÇO URBANO – PROCESSOS E FORMAS ESPACIAS

Por:   •  22/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.992 Palavras (8 Páginas)  •  409 Visualizações

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O ESPAÇO URBANO – PROCESSOS E FORMAS ESPACIAS

Fabiano Henrique de Oliveira, Jessica Afonso, Lorraine Medeiros, Renata Signori, Rodrigo Rosales Borges

Centralização e área central

    Segundo o autor Roberto Lobato Corrêa, a área central constitui-se no foco principal não apenas da cidade, mas também de sua hinterlândia. Nela concentram-se as principais atividades comerciais, de serviço, da gestão pública e privada, e os terminais de transportes inter-regionais e intra-urbanos. Ela se destaca na paisagem da cidade pela sua verticalização.  

 O que define uma centralidade é o movimento pelas vias - os fluxos, ou seja, a circulação contínua de consumidores, trabalhadores, automóveis, mercadorias, informações e idéias; a presença desses elementos e suas dinâmicas dão função aos espaços e definem territórios.

O Centro Principal de Castilho é caracterizado por uma centralidade que articula os demais setores da cidade, se constitui de um nó na malha urbana e exerce o papel de fornecedor de serviços e comércios variados fazendo da área central de Castilho a principal centralidade em seu espaço urbano.

Apesar da formação de novas centralidades, principalmente nos eixos das vias de entrada e saída da cidade, o Centro Principal não perdeu sua importância no contexto sócio-econômico intra-urbano e no cotidiano das pessoas, pois a área central concentra as principais atividades comerciais, de serviços, da gestão pública e privada (ARANHA-SILVA, 2007).

A área conhecida como centro é chamada pela população que reside nos bairros mais afastados como “rua”, é comum alguém usar a expressão “vou à rua” para referir-se ao deslocamento até o centro, na Figura 1 podemos observar a “rua”.

[pic 1]

Figura 1 - Centro comercial de Castilho, conhecida como a "rua".

O uso do solo no centro principal é diverso, característica que garante a presença dos consumidores, contudo, prevalecem empreendimentos voltados ao comércio e serviços.

Outro processo a ser analisado, que ocorre com freqüência não somente na área central de Castilho, mas em todo o conjunto urbano, é a especulação imobiliária, a supervalorização de terrenos e casas, estes são vulneráveis por conta do interesse dos agentes produtores do espaço que visam lucros com a valorização das terras.

Os terrenos baldios se concentram mais nas áreas periféricas do centro, onde há residências, pois na área com forte uso comercial e de serviços quase não há lotes vazios, para expandir o espaço é necessário verticalizá-lo.

Como resultado desse novo uso do espaço, as calçadas das ruas principais tornam-se estreitas.

Ocorrem à ocupação do solo urbano pelos comerciantes que colocam mercadorias e bancas sobre as calçadas, bares que estabelecem uma projeção sobre a calçada e passam a utilizar as mesmas como uma extensão física do estabelecimento, assim como comerciantes informais que abrem as malas para exporem suas mercadorias, e essas atitudes interfere no fluxo de pessoas.

Por fim, sem, no entanto concluir vale ressaltar que no Centro Principal da cidade é onde se localizam os principais serviços e tipos de estabelecimentos comerciais, sendo este o principal aspecto que exerce atração nas pessoas para a área central. O fluxo de pessoas, mercadorias, automóveis, informações e ideologias, são as principais características que definem uma centralidade.

O centro principal consiste em um nó na malha urbana, ele é o cerne de comunicação entre vários setores da cidade, que se mostra fragmentada, mas articulada pelas relações sociais.

Descentralização e áreas secundárias

Essa transição espacial não existe no município de Castilho.

O município possui apenas uma sede e uma agência de cada comercio ou serviço, seja privado ou particular.

Coesão

Segundo Roberto Lobato Corrêa, o processo de coesão pode ser definido como aquele movimento que leva as atividades e se localizarem juntas. É sinônimo de economias externas de aglomeração. A conseqüência desde processo é a criação de áreas especializadas, tanto na Área Central como em outros setores da cidade.

Na cidade de Castilho, por ser uma cidade pequena, existe uma rua central onde se localiza o comercio da cidade, tendo variedade de produtos, marcas e preços.

Segregação Espacial e Urbana

A segregação espacial e urbana é quando as classes sociais ficam concentradas em determinadas regiões ou bairros de uma cidade. Essa segregação ocorre em locais onde há uma grande diferença de renda entre os grupos, uns possuem todas as condições de moradia e serviços, e outros não possuem nada parecido. Há críticas a muitos governos devido à segregação, uma vez que os próprios geralmente priorizam os investimentos e melhorias em áreas onde se concentra a população com maior renda, aumentando assim a segregação, e ignorando as partes mais pobres da cidade. Os condomínios fechados são um grande exemplo de segregação urbana, uma vez que as pessoas buscam por segurança e tranqüilidade, fazendo com que elas vão para determinadas áreas da cidade, e construindo muros para proteger as áreas perigosas, aumentando ainda mais a segregação.

É impossível esperar que uma sociedade como a nossa, radicalmente desigual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, possa produzir cidades que não tenham essas características (MARICATO, 2001, p. 51).

Villaça (2001) argumenta que uma das características mais marcantes das metrópoles brasileiras é a segregação espacial das classes sociais em áreas distintas da cidade. Basta uma volta pela cidade – e nem precisa ser uma metrópole – para constatar a diferenciação entre os bairros, tanto no que diz respeito ao perfil da população, quanto às características urbanísticas, de infra-estrutura, de conservação dos espaços e equipamentos públicos, etc.

E, no entanto, a segregação urbana traz inúmeros problemas às cidades. O primeiro é, obviamente, a desigualdade em si. Camadas mais pobres da população, com menos recursos, que têm mais problemas de saúde por conta da falta de infra-estrutura. A própria segregação é não apenas reflexo de uma condição social, mas um fator que contribui para tornar as diferenças ainda mais profundas. Com isso vem a violência. A segregação espacial aumenta a sensação de desigualdade e pode contribuir para uma maior violência urbana.

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