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AS NOVAS METODOLOGIAS NO ENSINO DE QUÍMICA

Por:   •  10/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.366 Palavras (22 Páginas)  •  227 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Departamento de Ciências Exatas e Naturais – DCEN

Colegiado do Curso de Licenciatura em Química

Disciplina: Estágio I

AS NOVAS METODOLOGIAS NO ENSINO DE QUÍMICA

Lísley de Sousa Quadros1 - UESB

 Dulcinéia da Silva Adorni2 - UESB

RESUMO

Este trabalho relata os resultados de um levantamento sobre as novas metodologias utilizadas no ensino de Química, no qual, procura construir o conhecimento de forma dinâmica e que motive os alunos a desenvolver a sua aprendizagem, de modo que eles consigam interligar o ensino de Química com atividades lúdicas e o seu cotidiano, oportunizando que eles levem esses conceitos para a vida. Esse projeto tem como objetivo identificar qual a percepção dos alunos sobre atividades interativas voltadas para o ensino de Química. Consistindo em uma pesquisa quanti-qualitativa, desenvolvida como parte das atividades da disciplina de Estágio I do curso de Licenciatura em Química da UESB/Itapetinga-BA, que utilizou para coleta de dados um questionário estruturado com 06 questões, aplicado a 108 alunos e 1 professor de uma escola de Ensino Médio da rede estadual da Bahia, o turno matutino. Foram investigadas questões como são aplicadas as práticas e os jogos didáticos no Ensino de Química, a importância da interdisciplinaridade na aprendizagem dos conteúdos de Química, como é observada a Química no cotidiano dos alunos e a parceria das escolas de Ensino Médio e a Universidade. Foi possível observar que o professor e a escola são instrumentos importantes para o ensino aprendizagem do aluno e, que devem sempre estar juntos, valorizando o conhecimento dos discentes, pois os alunos têm interesse em aprender e veem as aulas práticas como principal fonte de contribuição do desenvolvimento da visão de mundo dos alunos enquanto se tem a Química como disciplina de vasto conhecimento.

Palavras-chave: Cotidiano. Interdisciplinaridade. Química. Parceria com a Universidade.

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1 Discente autor. Aluno da Disciplina Estágio I, irregularmente matriculado no 4º Semestre do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB/Itapetinga). E-mail: lisleydesousa@hotmail.com

2 Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Professora Assistente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Responsável pela Disciplina Estágio I do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB/Itapetinga). E-mail: dsadorni@gmail.com

INTRODUÇÃO

Na atualidade observa-se que se tem uma alta dose de informações, as quais muitas vezes não são devidamente tratadas antes de serem utilizadas. A escola tem o seu papel importante e a sua responsabilidade de atender a demanda dos educandos por essas informações. Grande parte desta tarefa cabe ao professor que, tem que auxiliar os alunos no desenvolvimento do conhecimento técnicocientífico, desenvolvendo as habilidades de seus alunos, onde vai exigir que fosse organizado um trabalho amplo e contextualizado (NUNES e ADORNI, 2010, p. 01).

A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino fundamental e médio. A aprendizagem dessa disciplina deve possibilitar a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma compreensiva e integrada, com o auxilio de fundamentos, informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas, etc. Daí por diante, o aluno tomará sua decisão buscando interagir com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (PCN's. MEC/SEMTEC, 1999).

Os saberes docentes não se restringem às paredes de uma sala de aula, onde as relações aí estabelecidas são determinadas por contextos mais amplos: a cultura escolar em geral, a comunidade na qual está inserido o aluno, os professores e sua história, os sistemas de ensino, as demais instituições sociais e de cultura, a sociedade em geral (Pimenta e Lima, 2004, p. 12).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A disciplina de química é vista no ensino médio como algo desinteressante pelos estudantes, apesar desta possuir um conteúdo totalmente presente em nosso cotidiano, vários fatores contribuem para esse desinteresse maior dos alunos como Souza e Duarte (2010, p. 03), afirma que a falta de laboratórios equipados, falta de frequência nas bibliotecas, falta de recursos multimídias para aulas mais dinâmicas e interativas e a falta de contextualização dos conteúdos.

O ensino de química se torna ainda mais complexo para os alunos, pois se trata de uma disciplina abstrata e que muitos professores não conseguem trazê-la para a realidade dos mesmos. Algumas aulas se tornam mais interessantes, justamente por essa iniciativa de trazer o que é do dia a dia do aluno para dentro da sala de aula ou por meio de aulas praticas. A respeito dos conhecimentos por meio do cotidiano, Cardoso; Colinvaux (2000, p. 401) afirmam que:

O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas baseadas na simples memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado.

        Para o ensino de química temos a concepção que as aulas práticas são de extrema importância para que os alunos consigam conciliar o conteúdo apresentado nas aulas teóricas que são as aulas expositivas. Muitas vezes essas aulas expositivas são aplicadas pelo método tradicional, sem nenhuma inovação ou tipo de intervenção, onde os alunos são obrigados a simplesmente decorar inúmeras fórmulas, reações e propriedades, sem relacionar tudo que é passado pelo professor em sala de aula com as formas naturais que ocorrem em seu meio durante o processo que o professor esta explicando (Salesse, 2012, p. 11).

        A experimentação não é simplesmente demonstrar como determinada reação ocorre, mas tentar fazer também com que os alunos problematizem o que foi abordado, e se interessem em investigar como e porque aconteceu determinado experimento, porque determinado resultado e não outro? Como afirma GUIMARÃES (2009, p.01): “No ensino de ciências, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação”, onde os alunos poderão ter as aulas como ponto de partida para a investigação dos porquês do que ocorreu na aula.

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