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Metodologia Ensino Ciências

Por:   •  13/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  8.109 Palavras (33 Páginas)  •  358 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho tenta mostrar a relevância da contação de histórias nas escolas de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, para que haja uma contribuição na ampliação do ato de contar histórias, auxiliando os professores com a prática desta a arte. Acredita-se que a contação de histórias colabora para a aprendizagem e para o desenvolvimento das crianças, porém, ainda hoje contar histórias nas escolas é uma atividade usada para distrair e acalmar as crianças sem a preocupação com seu real benefício na aprendizagem. Neste sentido apresenta-se no primeiro capítulo um breve histórico sobre a contação de histórias desde antigamente e nos dias atuais, no segundo capítulo a importância da contação para o desenvolvimento social, emocional e da aprendizagem, tanto da escrita como da leitura e no terceiro capitulo serão apresentadas as técnicas e os recursos que podem ser usados para que uma contação de história alcance os seus objetivos. Espera-se contribuir para a discussão deste tema, acreditando que a educação deve se aliar a prática lúdica e ao velho habito dos nossos ancestrais, que sentavam ao redor das fogueiras para contar e escutar histórias que além de formar e registrar a historia dos povos por gerações, transmitiam sensações e despertavam a imaginação dos que as ouviam.

Palavras-Chave: Desenvolvimento; Contação de histórias; Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho discute a importância do ato de contar histórias no espaço da educação infantil para a formação do futuro leitor. Sendo uma atividade necessária e imprescindível no processo de desenvolvimento da criança, a contação de histórias auxilia na formação humana, devendo ser valorizada e desenvolvida no meio escolar a fim de potencializar a imaginação, a linguagem, a atenção, a memória, o gosto pela leitura e outras habilidades, contribuindo para o processo de aprendizagem e socialização da mesma. Deste Tenho com essa pesquisa disponibilizar ao professor meios de inserir a narração de histórias na sala de aula, para que seus alunos desenvolvam o interesse pela leitura. A escolha deste tema justifica - se por se tratar de um assunto que sempre me interessou por observar que as crianças em determinados momentos perdem o encanto pela leitura e pela escrita. Acredita-se que a contação de histórias é uma forma de humanizar as relações e formar laços, sendo este um dos meios mais antigos de interação humana usada por meio da linguagem para transmitir conhecimentos, estimular a imaginação, a fantasia, empregada também para trazer valores morais, disciplinares e desenvolver o interesse pela leitura. Para Coelho (1997), a história aquieta, serena, prende a atenção, informa, socializa, educa. 10 [...] a história é importante alimento da imaginação. Favorece a aceitação de situações desagradáveis, a resolver conflitos, agrada a todos, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância de vida. Abramovich (2003) destaca a importância de a criança ouvir muitas histórias e comenta que esta ação é que formará o bom leitor, propiciando um caminho absolutamente infinito de descobrimento e compreensão do mundo.

Segundo a autora a contação de histórias tem papel fundamental no desenvolvimento intelectual, quando a criança se interessa pela leitura, sua imaginação é estimulada, bem como o desenvolvimento comunicativo, na interação com o narrador, seu desenvolvimento físico-motor, no seu esforço de ouvir e recontar as histórias para outras crianças.Para a realização deste trabalho, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica onde os autores discutem a contação de histórias como recurso que favorece o desenvolvimento da criança; entre alguns destes estão Abramovich (2003), Coelho (1997), Lajolo (1988), Zilberman (2005) e Oliveira (2009). Em um primeiro momento, tratar-se-á do surgimento da literatura infantil e sua origem. Abordar-se-á, também, a importância do ato de contar histórias para o desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo e social da criança, e como uma forma de entretenimento que atrai todas as idades, indispensável no contexto escolar.

Em seguida discutir-se-á o uso da narração de histórias no espaço da Educação Infantil e a importância do planejamento e execução dessa prática para o desenvolvimento do indivíduo em formação. Colocar-se-á, também, a sugestão de recursos que poderão ser usados para auxiliar o professor no ato de contar histórias e aguçar a imaginação da criança.

CAPÍTULO 1 – UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS DESDE ANTIGAMENTE E NOS DIAS ATUAIS

Por muito tempo o contar histórias foi uma atividade oral; as histórias, reais ou inventadas, eram contadas de viva voz.

No Oriente Médio há o narrador profissional de contos de fadas, grandes coleções de contos de fadas indianos e turcos fazem parte da educação dos jovens príncipes. O século passado foi marcado pelo audiovisual, o cinema, a televisão, o computador e no fim do século a multimídia. O contador de histórias, no século XX, passou a ser não mais baseado exclusivamente na palavra, oral ou escrita. As imagens passaram a ser ingredientes indispensáveis das histórias. Agora ouvimos e lemos histórias e também assistimos à sua representação audiovisual.

A criança e o adulto, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, todos, enfim, ouvem com prazer as histórias – uma vez que essas histórias sejam interessantes, tenham vida e possam cativar a atenção. A história narrada, lida, filmada ou dramatizada, circula em todos os meridianos, vive em todos os climas, não existe povo algum que não se orgulhe de suas histórias, de suas lendas e seus contos característicos. (TAHAN, 1966, p.16)

As histórias antigamente no Brasil até os dias de hoje

Não existia energia elétrica nem bons leitores. Histórias eram contadas nas cozinhas das casas grandes, no quarto das crianças ou embaixo de uma árvore. Em alguns lugares a contação de histórias se dava à noite quando a criançada se reunia próxima da fogueira para ouvir aquelas histórias que foram criando o nosso folclore. De norte a sul do Brasil o momento de contação de histórias era um momento mágico para as crianças. Lobisomem, a mula-sem-cabeça, o saci-pererê eram assombrações que vinham assustar as crianças nas madrugadas de trovoadas e relâmpagos. Primeiro foram os negros depois

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