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DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR: EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE CANELA

Por:   •  3/5/2015  •  Artigo  •  2.792 Palavras (12 Páginas)  •  423 Visualizações

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DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR: EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE CANELA

 Clarissa Thomas

 Guilherme Dias Ferreira

 Leandro Novaes de Andrade Knopp Alves

John Maciel Cardoso Kroth 

Resumo: Os óleos essenciais são geralmente extraídos das plantas por métodos de destilação, que pode ser simples ou por arraste a vapor. Em aula prática realizou-se a metodologia para extração de óleo essencial de canela por destilação com arraste de vapor, obtendo-se o cinemaldeído. Óleos essenciais em geral são muito utilizados em indústrias alimentícias, farmacêuticas e de perfumaria.

Palavras-chaves: Óleo essencial. Destilação por arraste de vapor.

1 INTRODUÇÃO

        Os óleos essenciais compreendem a fracção volátil, obtida por destilação com arrastamento por vapor de água, responsável pelo aroma característico da planta de origem (HARBORNE, 1984). Estes constituem, de uma maneira geral, uma mistura muito complexa de hidrocarbonetos, álcoois e aromáticos, encontrados em todo tecido vivo de plantas, em geral concentrados na casca, nas flores, nas folhas, nos rizomas e nas sementes (ARAÚJO, 1995).

A espécie Cinnamomum zeylanicum é uma planta aromática e medicinal pertencente à família Lauraceae, originária de algumas regiões da Índia. É encontrada e conhecida no Brasil como canela-da-índia. É uma das mais antigas especiarias conhecidas. Seu uso é relatado desde os tempos bíblicos e o controle de seu comércio foi um dos motivos das grandes explorações marítimas. (KOKETSU et al. 1997, Lima et al. 2005).

Os óleos essenciais são geralmente extraídos das plantas por métodos de destilação, que pode ser simples ou por arraste a vapor. Esses métodos possuem baixo rendimento, ou seja, é necessária uma grande quantidade de matéria-prima vegetal para a obtenção de relativamente pouco óleo essencial, o que agrega valores comerciais distintos aos óleos. (SIMÕES, 1999)

Os constituintes de óleos essenciais de plantas são divididos em duas classes químicas inteiramente distintas, terpenóides e fenilpropanóides. Embora os terpenos representem a maioria dos componentes e ocorram com muito mais freqüência e abundância, sempre que os fenilpropanóides estão presentes fornecem sabor e odor indispensáveis e significativos ao óleo. Biogeneticamente, terpenóides e fenilpropanóides originam-se de metabolitos diferentes e são gerados por rotas biossintéticas completamente distintas (SANGWAN et al. 2001). A série terpênica apresenta densidade inferior à da água, e as substâncias aromáticas apresentam densidade superior. Possuem odor característico e são diferenciados pelo índice de refração. São solúveis em álcool e em solventes orgânicos e muito pouco solúveis em água (BRUNETON, 1992; TYLER et al., 1996).

Os processos de obtenção de óleos essenciais variam conforme a localização do óleo na planta. Os métodos mais comuns são: enfloração; arraste direto por vapor d’água; extração com solventes orgânicos; prensagem e extração com CO2 supercrítico (GUENTHER, 1977; ROBBERS et al., 1997; SIMÕES et al., 2004). Na indústria de óleos essenciais existem três tipos de extrações distintas de arraste por vapor d’água. Essa distinção é feita pela forma na qual se estabelece o contato entre a amostra e a água, na fase líquida ou de vapor. A primeira é chamada de hidrodestilação, onde a amostra fica imersa na água contida numa caldeira. Na segunda, chamada de destilação pela água e vapor, a amostra permanece contida em um recipiente logo acima da água da caldeira, ficando assim separada da água. Na terceira, chamada propriamente de destilação pelo vapor de água, a amostra é mantida em um recipiente separado e o vapor de água que flui provém de um gerador próprio independente (COSTA, 1994; SIMÕES, 1999; FAJARDO et al., 1997).

2 PROCEDIMENTO

        O método para extração de óleo essencial pela destilação por arraste de vapor baseia-se no fato de que a pressão total de vapor de uma mistura de líquidos imiscíveis é igual a soma da pressão de vapor dos componentes puros individuais. A pressão total de vapor da mistura torna-se igual a pressão atmosférica (e a mistura ferve) numa temperatura menor que o ponto de ebulição de qualquer um dos componentes.

Pesou-se 7,5g de amostra canela em pau, moeu-se no gral com pistilo. Adicionou-se a um balão de fundo redondo a canela moída e 150mL de água. Ligou-se a manta elétrica de modo a realizar sua destilação lenta, porém constante.

Obtido aproximadamente 100mL de cinemaldeído, separou-se da solução aquosa com auxílio de funil de separação. Para isto, utilizou-se duas porções de 10mL de diclorometano desprezando-se a fase aquosa. Filtrou-se a mistura em papel pregueado, acrescido de um pouco de sulfato de sódio, diretamente em um copo de Becker e retirou-se então o restante do solvente través da evaporação em uma chapa aquecedora.

3 RESULTADOS

        

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

        O método utilizado para a obtenção do óleo essencial, a destilação com arraste por vapor é um procedimento eficaz, porém não apresenta alto rendimento.

5 REFERÊNCIA

ARAÚJO, J. M. A. Química de Alimentos - Teoria e Prática - Óleos Essenciais. Ed. Impr. Univ. UFV: Viçosa, MG, 1995.

BRUNETON, J. Elementos de Fotoquímica y de Farmacognosia. Zaragoza: Editora Acribia, 1992.

COSTA, A. F. Farmacognosia. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Guibenkian, 1994. v.3, p. 190-193.

FAJARDO, G. et al. Comparative study of the oil and supercritical CO2 extract of Mexican pimento (Pimenta dioica Merrill). J. Essent. Oil Res., v.9, n. 2, p.181-185, 1997.

HARBORNE, J.B. 1984. Phytochemical methods. A guide to modern techiniques of plan analysis. Second edition, Chapman and Hall.

SANGWAN R.S. Regulation of essential oil production in plants. Plant Growth Regulation, v. 34, p. 3–21, 2001.

SIMÕES, C. M. O., SPITZER, V. Óleos voláteis. In: SIMÕES, C. M. O., SCHENKEL, E. P., GOSMANN, G., MELLO, J.C.P., MENTZ, L.A, PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Porto Alegre: Ed. UFSC, 2004. 821p.

SIMÕES, C.M.O & SPITZER, V. Óleo essenciais. Porto Alegre/ Florianópolis. Ed. UFRGS/UFSC, 1999, P. 387-415.

TYLER, V. E.; ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M. K. Pharmacognosy and Pharmacobiotechnology. Williams & Wilkins, USA, 1996. Cereal Foods World, Minneapolis, v.50, n.4, p. 173 – 174, 2005.  

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