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As Cooperativas De Crédito: Importante Instrumento Para O Desenvolvimento Local E Seus Impactos Socioeconômicos

Por:   •  17/8/2023  •  Trabalho acadêmico  •  4.880 Palavras (20 Páginas)  •  40 Visualizações

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COOPERATIVAS DE CRÉDITO: IMPORTANTE INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL E SEUS IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS

Edy Pollo Santos Hassegawa Moscoso (Universidade de Taubaté)

Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira (Universidade de Taubaté)

Resumo

Cooperativas do ramo crédito possuem um papel significativo ao desenvolvimento local como intermediadoras do sistema financeiro, podendo garantir a transferência da poupança para o investimento ao seus cooperados na medida que cumprem sua missão e assegurando recursos de créditos financeiros. Uma especialidade das cooperativas financeiras é a evidencia da manutenção dos recursos locais, evitando o êxodo de economia para grandes centros e metrópoles, tratando-se do uso de rendimento financeiros regional, oriundo dos recursos econômicos vinculados na forma de depósitos, pelos quais retornam para sua origem. Este estudo, mostra os benefícios das cooperativas de créditos para a sociedade como importante instrumento para desenvolvimento local, pelo impacto gerado mediante o desenvolvimento socioeconômico de seus municípios. Como metodologia para cumprimento da pesquisa realizou-se um estudo de caráter exploratório, de característica qualitativa, utilizando como método de revisão bibliográfica e análise documental. As cooperativas financeiras promovem e auxiliam o desenvolvimento local, assegurando elementos regionais como a manutenção da renda dentro dos municípios, investimento para liberação de crédito em empresas local e zonas rurais, com isso mantendo o foco nas atividades vocacionais da região e solidificando o desenvolvimento do retorno de seus resultados financeiros aos seus membros cooperados, mediante a distribuição de sobras de forma equitativa, criando riqueza e ofertando crédito para seus associados. Pode-se concluir que as cooperativas de créditos são importantes agentes de desenvolvimento local, afirmando que o cooperativismo do sistema financeiro do Brasil impacta de forma positiva e expressiva a economia local, mediante sua intermediação financeira, permanecendo os recursos da econômica em suas origens e gerando riquezas para a sociedade.

Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Cooperativas de Créditos. Economia regional.

1 Introdução

O cooperativismo moderno, emergiu diante das grandes transformações causada com a crise da revolução industrial do século XVIII, especialmente atingida pelo grupo de operário que era explorado pelo modelo capitalista oriunda da revolução. Diante das limitações sociais, econômicas e humanas, surgiu a necessidade de pessoas se unificarem em prol do mesmo ideal na busca de alternativas e soluções.

        Segundo Singer (2008), o sistema cooperativista que atualmente conhecemos, despontou-se na Inglaterra em 1844, com 28 tecelões, sendo 27 homens e uma mulher, possibilitando a inclusão social, igualdade e democracia diante da sociedade. Nessa fase, coexistia grandes limitações sociais e econômicas, e com o fruto dessas consequências, o cooperativismo lançou-se em busca de formas inovadoras para combater a crise originada na época, contudo estabeleceu uma organização coletiva e participativa entre seus membros, tendo como pilar a democracia mediante a participação de todos os associados.         O   sistema cooperativista financeiro do Brasil, alicerçado nos sete princípios instituído pela Aliança das Cooperativas Internacionais – A.C.I. constitui: Adesão   livre e voluntária abertas as pessoas que queiram utilizar seus bens e  serviços, gestão democrática controladas pelos próprios membros, participação econômica contribuindo equitativamente para o capital social da cooperativa, independência e autonomia de organizações autônomas e ajuda mútua, educação, formação e informação promovendo a qualificação e capacitação de seus membros,  intercooperação apoiando o movimento cooperativista  e  interesse  pela  comunidade trabalhando no desenvolvimento sustentável da sociedade local. Esses princípios são interpretados como importantes instrumentos na manifestação da realidade social, tendo como epicentro a autonomia dos atores sociais para a aquisição da cidadania. (PAGNUSSATT, 2004).

O cooperativismo financeiro estabelece conceitos socioeconômicos apto para manter os pilares da sustentabilidade com seus membros e com a sociedade local, a qual está inserida. Fato este, pelos seus fundamentos históricos e conceituais, princípios éticos, morais e organizacionais que auxiliam o seu desenvolvimento.  Conforme Leite (2013), as cooperativas são instrumentos de relevâncias para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade onde atua, principalmente pela evidente semelhança entre os objetivos do cooperativismo e os da República, ressaltando a integração social com a ênfase de valores, como solidariedade e justiça social.

“O cooperativismo possibilita a estabilização e regulação econômica, social e política; acesso equitativo de bens e serviços; e diversidade de inclusão econômica, social   e   política; sendo   estas   dinâmicas   principais   que   caracterizam   o   impacto socioeconômico das cooperativas” (OURO-SALIM, 2019, pag. 189).

As cooperativas de créditos demonstram vantagens sociais, morais, econômicas e  culturais,  conhecidas pela capacidade de propagar elevadas normas de cooperação consciente e voluntária, democratizar e humanizar o sistema econômico envolto a cooperativa, que propagou-se em consequência da preservação dos valores de autonomia, liberdade individual e dignidade pessoal dos cooperados, sem contudo, afetar a união dos esforços e o trabalho comum entre seus membros cooperados; auxiliando na formação do ser humano pelo desenvolvimento, no que versa a responsabilidade global, estímulo para adquirir conhecimentos e foco na qualidade de vida dos cooperados. (SANTOS, 2016).

Segundo Schneider (2015), as cooperativas mostram-se como organizações societárias vantajosas, oriundo da sustentabilidade, por distribuir de forma justa e igualitária os bens e serviços que produz, assim como as sobras e prejuízos, concedendo a cada cooperado, beneficiar-se daquilo que ele auxiliou a produzir coletivamente e na proporção do seu envolvimento participativo com a cooperativa. O autor ainda assegura que as cooperativas alcancem a dependência e subordinação paternalista, a melindre de estruturar-se como empresa mercadológica, para que seus membros cooperados sejam os agentes de desenvolvimento da cooperativa e concomitante protagonistas das soluções oriundas dos problemas gerados pelo mercado, sempre de forma participativa dentro do coletiva, norteando a transparência em suas atividades.

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