CAPITALISMO BRASILEIRO

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tratará de temas apresentados em sala de aula durante a apresentação das disciplinas de Direito Empresarial e do Trabalho, Responsabilidade Social e Gestão de Pessoas, em concordância com a leitura e análise do texto sugerido “Capitalismo Brasileiro e Responsabilidade Social Empresarial”, do autor Leandro Martins Zanitelli.

Antes de voltarmos nossa realidade para o texto e apresentar suas ideias, consideremos o conceito de responsabilidade social empresarial:

[...] a responsabilidade social quando relacionada às organizações empresariais indica que estas últimas devem conduzir seus negócios de uma forma responsável e corroborando para com um desenvolvimento social, já que a empresa é socialmente responsável quando possui capacidade e interesse de saber e, principalmente, compreender as diversas partes envolvidas no negócio, como, exemplificadamente, os acionistas, funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente, razão pela qual conseguirá, então, “[...] incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos. (ASHLEY,2003,p.56)

Entende-se deste modo que, que o ambiente de trabalho assim como toda a organização deve respeitar alguns critérios que visam garantir os direitos fundamentais e constitucionais de seus colaboradores, que por muitas vezes pode ser afetado enquanto ele desenvolve suas atividades tanto em âmbito físico, psíquico quanto o emocional.

Para que os objetivos empresariais sejam alcançados com eficácia, o seu planejamento estratégico deve estar alinhado a um gestor de pessoas que tenha perspectivas e visão do futuro. A gestão de pessoas exerce influência em toda estrutura hierárquica empresarial, é ela a responsável por gerir e desenvolver talentos, conhecimento e todo o capital humano. Pode ser que as pessoas aumentem ou diminuam as forças e fraquezas de uma organização, e dependendo do modo de como são tratadas elas podem ser as fontes de sucesso ou de problemas. O fato é que todos devem ser tratados como elementos básicos e fundamentais para a eficácia organizacional.

Segundo o texto de Leandro Zanitelli, as empresas presentes na fase contemporânea podem exercer sua cultura socialmente responsável de acordo com a forma de capitalismo em que elas atuem. Algo a ser questionado.

2 DESENVOLVIMENTO

Uma empresa considerada socialmente responsável deve conduzir seus negócios com responsabilidade e auxiliar para o desenvolvimento social, já que deve ter a capacidade e o interesse de saber e, principalmente, compreender as diversas partes envolvidas no empreendimento, como capital e atividade humana. Quando falamos em atividade humana, nos referimos também aos riscos e situações que alguns trabalhadores podem ser submetidos e o quanto é importante o cumprimento das determinações legais para que isso aconteça.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o trabalho decente está baseado em quatro princípios estratégicos: o respeito aos direitos no trabalho, a promoção do emprego produtivo e de qualidade, a extensão da proteção social e o fortalecimento do diálogo social. Mas os modos que as empresas capitalistas veem estes princípios estão completamente distorcidos uma vez que, segundo o texto, elas são por vezes mais acuradamente descritas como a de uma pura e simples conformidade acertos padrões.

Tomemos como exemplo um local de trabalho insalubre, que é aquela forma de trabalho que expõe o indivíduo a agentes nocivos à saúde acima de níveis considerados “tolerados”, podendo acarretar sérios problemas ergonômicos, contágio de doenças por formas cutâneas, digestivas e respiratórias, entre outros.

A sustentabilidade no ambiente de trabalho é de suma importância e de responsabilidade dos empregadores, e o seu não cumprimento acarreta violação de leis presentes na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como a do artigo 192 que está voltado ao ambiente de trabalho insalubre.

Isto posto, compreende-se que o meio ambiente do trabalho sustentável é aquele que está voltado ao cuidado e à preservação de aspectos intrínsecos à dignidade humana e também no amoldamento das relações laborais oportunizando uma qualidade de vida digna, respeito à liberdade, à igualdade e outros títulos que constam na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

O gestor de pessoas contemporâneo direciona o seu foco para a qualidade da mão-de-obra e para o desenvolvimento pessoal, na procura de uma maior motivação nas atividades desenvolvidas dentro da organização. Uma vez que, há muito tempo os funcionários dentro das empresas deixaram de ser meros trabalhadores passando a ser entendidos como colaboradores diretos e tal mudança de percepção das empresas se deu por vários motivos, tais como o da percepção de que o colaborador é o espelho do que a empresa representa para a sociedade e o fato de que, quanto mais treinado e motivado está um funcionário, mais benefícios lucrativos este traz de retorno à corporação.

Compreende-se então que cada subsistema dentro da Gestão de Pessoas deve se ater para que os processos a serem concretizados dentro da empresa sejam totalmente responsáveis e sustentáveis. É notório que as organizações perceberam que a força que vem de dentro das pessoas é de suma para o funcionamento do sistema com o qual a empresa trabalha, e também são responsáveis por torná-las coerentes, astutas e inovadoras perante as decisões que são adotadas. No início as pessoas não eram valorizadas, e hoje essas são reconhecidas como colaboradores, parceiras, e também como importantes diferenciais competitivos, sendo capaz de estimular uma organização levando-a ao sucesso.

Atualmente as empresas, principalmente as bem-sucedidas, investem impetuosamente

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