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Estudo de Caso - Empresa Estrela Guia

Por:   •  23/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.545 Palavras (7 Páginas)  •  656 Visualizações

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Unidade Curricular: Prática em Gestão II
Estudo de Caso - Empresa Estrela Guia

Luiz Carlos é o encarregado da compra e do controle de estoque de todo o material administrativo da empresa Estrela Guia. Por não se tratar de um setor estratégico para a empresa, as compras de material administrativo não são centralizadas no departamento de compras gerais da Estrela Guia. De acordo com o diretor geral, Marcos Pacheco – um jovem formado em finanças por Harvard –, o departamento de compras é enxuto e deve se concentrar nas áreas chaves do negócio, com foco estratégico. Por isso, as compras de material administrativo não são tratadas como prioridade. Até o limite do orçamento mensal, o Luiz Carlos tem autonomia para decidir o que, quando e como comprar, de acordo com as Prof. Carolina Rocha necessidades da rotina da empresa. As metas de Luiz Carlos, que servirão para medição de seu bônus anual são: i. cumprir o orçamento em 95% na apuração anual; ii. não deixar faltar material administrativo; iii. ter material administrativo da melhor qualidade; iv. buscar os menores preços no mercado. Luiz Carlos costuma fazer a suas compras em fornecedores locais, a maioria de atacadistas e revendedores de fabricantes, que têm menor prazo de entrega e flexibilidade nos prazos de pagamentos. Com essa tática, ele vem conseguindo atender as suas metas (i), (ii) e (iv). Para atingir a meta (iii), Luiz Carlos usa uma espécie de “comitê de consulta informal”, formado pela Lediane, secretária direta do diretor geral e que, por isso, é formadora de opinião; pelo João Paulo, chefe do setor de serviços gerais, que sabe de tudo que não é bem aproveitado na empresa; e pelo Roberto Bastos, seu chefe direto e diretor administrativo, que, além de tudo, é a pessoa que o avalia. Luiz Carlos está a cinco anos na Estrela Guia e, desde que foi promovido a encarregado do material administrativo há dois anos, tem alcançado as suas metas e ganho boas quantias de participação nos lucros. Com o prêmio do primeiro ano, ele conseguiu realizar o sonho da casa própria financiada, dando a entrada num apartamento moderno, não muito grande, mas com uma excepcional área de lazer. Com o bônus do segundo ano, ele trocou o Gol velho por um Fox novo, com ar-condicionado e quatro portas. Se ele bater a meta do terceiro ano, ele já prometeu à família uma viagem para Orlando nos Estados Unidos, para ele, sua esposa Maíra e os filhos Cleivisson e Tábata Cristina conhecerem a Disney World. Conforme promessa feita a Nossa Senhora da Aparecida, como reconhecimento à proteção da santa padroeira do Brasil, ele também irá ao santuário em São Paulo, fará uma peregrinação de joelhos em agradecimento e depositará uma placa com os dizeres “N. S. Aparecida, agradeço a graça alcançada”. Prof. Carolina Rocha Luiz Carlos sente orgulho de si mesmo, pois sendo de origem humilde, sem curso superior e sem falar inglês e outras línguas estrangeiras, chegou a uma função de destaque e de respeito dentro da Estrela Guia. Também é muito bem falado na sua família e na da esposa, ambas também de origem humilde e da periferia. Nas rodas de bate-papo familiar, é notória a admiração que todos têm pela ascensão social e profissional do encarregado. Luiz Carlos acha que o ambiente da empresa é responsável por 70% da sua vitória, pois a Estrela Guia incentiva que seus colaboradores sejam ousados e corram riscos em prol da lucratividade do negócio. Nas outras empresas em que já havia trabalhado, ele ficava entediado com a burocracia e o papelório. Nelas, preencher mapas e fazer relatórios de prestação de contas era mais importante do que focar o negócio em si. Na Estrela Guia ele tinha autonomia e isso fez despertar nele, segundo dizem (e ele, modestamente, concorda) o seu espírito empreendedor e de liderança.
Negociar com os fornecedores e barganhar condições são atitudes prazerosas, que lhe trazem uma sensação de poder antes inimaginável na sua vida. Antes de fechar uma compra, Luiz Carlos tem o zelo de montar uma memória eletrônica, com uma planilha excel em que registra, item a item, os preços coletados em pelo menos três estabelecimentos comerciais. Na hora de decidir, o encarregado busca sempre o melhor em termos de qualidade, preço e prazo. Por isso, às vezes ele concentra os itens de menor valor num mesmo fornecedor, considerando a irrelevância de pedidos muitos pequenos em termos financeiros. Numa auditoria interna de rotina, os auditores encontraram um e-mail pessoal dirigido ao Sr. Luiz Carlos, que estava, por algum engano, impresso e arquivado dentro de um invólucro plástico junto com um processo interno de compras, feito pelo encarregado. Na correspondência eletrônica, enviada pela Papelaria Jesus – maior fornecedora de material de escritório da Estrela Guia, podia se ler: Prof. Carolina Rocha “Caro Luiz Carlos, Todo o material constante da lista escolar dos seus filhos Cleivisson e Tábata Cristina, incluindo os livros didáticos, será entregue no seu endereço na próxima segunda-feira, como uma cortesia da nossa empresa. Gurgel Diretor Papelaria Jesus” Inquirido pelos auditores internos, Luiz Carlos confirmou a veracidade do e-mail e dos fatos. Disse ainda que, na sua visão, tratava-se de procedimento regular e compatível com as diretrizes da Estrela Guia. Acrescentou, com orgulho do feito, que a cortesia tinha sido estendida ao diretor Roberto Bastos, seu chefe direto. O gerente de auditoria interna levou o assunto para uma reunião pessoal com o diretor Roberto Bastos, que não apenas confirmou tudo, como ratificou o entendimento de que se tratava de procedimento absolutamente normal. Bastos perguntou aos auditores se em alguma auditoria feita nos processos de compras do Sr, Luiz Carlos havia sido encontrado alguma compra irregular, algo que contrariasse as orientações corporativas, se existia alguma prova de favorecimento a Papelaria Jesus ou se havia algum indício de que se comprava mais caro do que o menor preço do mercado. Diante das respostas negativas, Roberto Bastos, concluiu a conversa dizendo que duvidar do funcionário Luiz Carlos seria o mesmo que duvidar da estratégia e diretrizes do diretor geral Marcos Pacheco e do próprio sucesso da Estrela Guia. Prof. Carolina Rocha Analise o caso e responda aos seguintes questionamentos, conforme orientações do professor:

1
Houve alguma falha na conduta do Luiz Carlos? O Funcionário Luiz Carlos não pareceu falhar. Só estava cumprindo com suas obrigações dentro da empresa. E que aparentemente, não estaria deixando a desejar em nenhum aspecto importante; o que comprova, é ele ter alcançado suas metas em mais de dois anos seguidos, ganhado assim, o direito de obter participação nos lucros, ou mesmo, contribuições diretas.

2
Houve alguma falha na conduta do chefe Roberto Bastos? 
Perante à empresa, não houve falhas de conduta por ele. Roberto Bastos, como apresentado, é quem avalia de forma direta, Luiz Carlos.
Na hora em que o diretor geral o convocou para uma reunião pessoal, ele confirmo com veracidade, tudo o que Luiz Carlos havia dito. Que só se tratava de um “procedimento absolutamente normal”.  Acredito que também foi muito importante as atitudes que ele tomou mediante a situação, ao apresentar os fatos ao seu gerente, de forma simples e delicada, lembrando que não havia ainda, nenhuma falha na conduta de Luiz Carlos dentro da organização. E que por isso, não valia duvidar de que algo pudesse estar fora dos padrões.

3
Caso você entenda que o Luiz Carlos e, ou, o Roberto Bastos tenha falhado, que tipo de correção seria recomendada para que a falha não se repita? Acredito que ambos estavam apenas cumprindo com suas obrigações de acordo com a conduta padrão da empresa.

4
A situação ocorreu por haver falhas na estrutura de controle interno da Estrela Guia? Eu não diria que sim. Aparentemente, todos os setores só estavam fazendo o que deveriam. Houve apenas a ausência de esclarecimento dentro do ocorrido até que chegassem a discutir sobre o que aconteceu dentro da reunião. Luiz Carlos é um ótimo funcionário para a Estrela Guia. Pois atende todas as expectativas da empresa em que atua. E é justamente por ser um funcionário cheio de autonomia, e fazer bem o seu trabalho que acaba por receber contribuições diretas de seus fornecedores. Que foi o caso da Papelaria Jesus.


5
A postura do Luiz Carlos foi ética? Digamos que ele tenha se comportado como deveria. Houve uma necessidade de esclarecer o ocorrido, e ele foi bastante honesto e objetivo ao responder as perguntas destinadas a ele, durante a reunião.

6
Você faria alguma alteração na rotina de compras de material administrativo da Estrela Guia?  Estando bem da maneira em que está, eu não faria nenhuma alteração. Luiz Carlos tem feito um ótimo trabalho dentro da Estrela Guia, e, de certa forma, além de ter merecido receber uma contribuição por parte do maior fornecedor de sua empresa, também acredito que isto servirá para ele, como motivação a continuar com o bom desempenho por um bom tempo. O que é ótimo para todos os envolvidos, porque todos acabam ganhando; a empresa ganha pelos bons resultados que seu colaborador, por sua vez, tem feito acontecer por se sentir incentivado a tomar a melhor decisão que estiver dentro de suas opções que são dadas justamente pela empresa em que atua. “Pois a Estrela Guia incentiva que seus colaboradores sejam ousados e corram riscos em prol da lucratividade do negócio”.

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