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Estudo de Caso: Platão

Por:   •  19/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.262 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Sócio-econômico

Departamento de Ciências da Administração – CAD

Bárbara Junckes

Ética de Platão

Florianópolis – SC

2012

Bárbara Junckes

Ética de Platão

Trabalho elaborado para a disciplina Estudos Filosóficos e antropológicos, com o intuito de abordar a ética de Platão.

Orientador: Fernando Mauricio da Silva.

Florianópolis – SC

2012


Sumário

1.        Introdução        

2.        Ética de Platão        

3.        Conclusão        

Referências Bibliográficas        


  1. Introdução

Neste trabalho irei relatar sobre a teoria da ética de Platão. A idéia principal é demonstrar que a vida na sua essência é pautada na ética tal como concebida pelos gregos, e que tal afirmação continua vigente, devendo-se honrar crenças e valores, aproximando-se o discurso da ação. 

A teoria da virtude pode ser explicada através do bem e do mal, porém não nascemos éticos, já que só a obtemos por um longo processo educativo. Portanto Platão nos ajuda a compreender como ser virtuoso no sentido do bem.


  1. Ética de Platão

A Ética é uma característica da ação humana, um elemento muito importante na produção da realidade social, toda pessoa humana possui um senso ético, uma espécie de “consciência moral”, e por isso está sempre avaliando e julgando as ações.

Para Platão a ética está relacionada com a Filosofia política, sendo essa o terreno próprio para a vida moral. Assim ele busca um estado ideal utópico, uma pessoa que conheça a essência geral do bem sabe que só pode ser feliz se agir demonstrando a adoção de condutas tidas como adequadas. Diante deste bem, a vida do homem não pode ser uma vida fundada no prazer, mas uma existência que se volte para o bem. A ética embora, não tenha surgido de maneira sistemática com Platão, porém é com este apoiado no pensamento socrático que se dá inicio as especulações acerca das práticas humanas em vista de um fim.

Afirma que a vida ética não é um dom da natureza, embora por ela condicionado, mas fruto de um longo, difícil e por vezes doloroso processo educativo. A educação exerce um papel fundamental para a compreensão do sujeito no que refere a costumes em vista do bem.

            O bem numa visão ontológica platônica encontra-se no mundo das idéias, por isso, é necessário que o homem por meio da educação recorde essa idéia que se encontra no mundo inteligível. O individuo não nasce ético, contudo é por meio da intervenção do estado através da educação que o individuo torna-se ético. A ética tem por base a liberdade, por isso o individuo não nasce determinado para agir conforme princípios categóricos, mas aprende-se a agir de maneira correta.

A ética deve ter por base a idéia da ordem ou da justa proporção que consiste em equilibrar elementos diversos que desemboquem no mesmo fim. Por exemplo, a justa medida entre o prazer e a inteligência, é por meio deste equilíbrio que as ações humanas atingem o bem. Já que ele não reafirma que simplesmente o conhecimento é uma condição suficiente da virtude, ele argumenta que há elementos “não-cognitivos” presentes ao desaprovar a unidade da virtude, pois “diferentes desejos requerem diferentes tipos de educação moral”; reafirma ainda que no processo educativo um dos objetivos é descobrir os principais talentos de cada indivíduo.

O bem na concepção platônica, não são as coisas materiais, mas tudo aquilo que permita o engrandecimento da alma, por isso, ele ensina que o homem deve desprezar os prazeres, as riquezas e as honras em vista da pratica das virtudes. E as principais qualidades morais citadas por ele seriam: a sabedoria, a coragem, a temperança e a justiça que desempenham a sua função no comportamento ético em relação ao bem comum e a coletividade.

           Descreve que o grande e maior do males, é realizar atos injustos, podendo o bem ser ensinado, pois a virtude está na opinião correta e no atingir a verdade (todos podem aprender o Bem). Afirma que cada indivíduo tem o poder de atingir o que é verdadeiro, belo e bom. E desta forma, como a intenção do bem maior é a sabedoria, a alma corporifica-se em sua procura rumo à infinidade do conhecimento.

Admite que alguém pode conhecer o mal, decorrente de determinada escolha, e deliberadamente praticá-lo, por ter sido movido pelos desejos não racionais – paixões – em detrimento da vontade racional. O indivíduo deveria ser comandado pela parte racional da alma.

Na hipótese de alguém que adquire um objeto que está além da sua capacidade financeira, Platão diria que essa pessoa agiu dessa forma porque a sua vontade racional foi fraca. Não teve fibra. Agiu sem controle porque sua razão foi nublada pela paixão, por forças do desejo irracional. Mas Platão reconhece a dificuldade que o homem teria de praticar boas ações sem a necessidade de imposições externas. Essa disjuntiva férrea o filósofo trata na "história de Gyges", alegoria que também integra "A República". Gyges é um bom e justo pastor até encontrar um anel que o torna invisível. A partir desse momento, ao perceber não estar sujeito aos julgamentos alheios, pratica toda sorte de atos reprováveis.

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