GESTÃO ESCOLAR: PRINCIPAIS DESAFIOS DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SÉCULO XXI

[pic 1]

FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

GESTÃO ESCOLAR: PRINCIPAIS DESAFIOS DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SÉCULO XXI

Weverton Ramires Viana¹

Resumo

Este artigo científico tem como objetivo analisar os principais desafios que uma gestão escolar encontra nos dias atuais, lançando-se à uma gestão reflexiva e participativa dentro dos parâmetros curriculares que a LDB ressalta.

As principais barreiras encontradas para que ocorra uma gestão eficaz, estará embasado em teóricos renomados que listam estes fatores que julgamos importantes para a melhoria na qualidade do ensino, pois muitos dos problemas escolares existentes vem das dificuldades em se desenvolver uma gestão efetiva, e também, pelo fato de não ter uma verdadeira relação entre gestores, professores e demais participantes da comunidade escolar. Por isso, pretende-se demonstrar os principais desafios que uma gestão escolar encontra e como é possível um bom gestor, aliado-se com seu corpo docente, alcançar as finalidades e os objetivos estabelecidos, para consequentemente, desenvolver uma gestão democrática e, principalmente, participativa.

Palavras-chave: desafios educacionais. gestão participativa. gestão democrática. gestão escolar. diretrizes curriculares.

---

Introdução

Para que a gestão exerça uma democracia (do grego demo=povo e kracia=governo), deve contar com a participação não apenas dos profissionais da educação. Mas, contar com os estudantes, funcionários internos e principalmente com os pais dos educandos. Esta participação afetará diretamente nas mais diferentes etapas da gestão. Seja na elaboração dos projetos realizados em loco, quanto os afazeres burocráticos que a escola enfrentará. (FONSECA, 2009, p. 14)

É importante entender que este modelo de gestão está amparada pela Constituição Federal de 1988 na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) e também no Plano Nacional de Educação (PNE), em sua meta 19.

Então, é importante compreender que a gestão democrática vai além do seu conceito epistimológico. Não se trata apenas de uma definição de sociedade que pensa ser princípio fundamental pela democracia, mas do esclarecimento de que a democratização de uma determinada gestão é condição estrutural para a qualidade e efetividade da educação como um todo, na medida em que possibilita que o conjunto escolar crie raizes com a comunidade em que está fixada, liste seu currículo de forma coesa com estes e não deixe espaços para dúvidas, mostrando sempre seus objetivos gerais de ensino.

Este trabalho analizará os diferentes segmentos de uma escola para se fixar uma gestão democratizadora e reconhecerá a verdadeira importancia que um gestor deverá ter diante à esta gestão, sendo ela pedagógica, financeira e administrativa. Também indentificaremos o ideal perfil que um gestor deve ter, contribuindo com exatidão para o processo democrático sem deixar de lado a harmonia do seu local de trabalho.

O tema em questão se reveste de primordial importância para futuros gestores da educação, em um século marcado por novas tecnologias, grandes quantidades de informações e por novas mentalidades, o processo educativo se torna um desafio.

Dessa forma, o tema surgiu da necessidade de futuros gestores da educação levantarem informações sobre os desafios na educação brasileira, bem como sobre medidas que podem ser tomadas para solução definitiva de problemas. Além disso, não é possível educar sem possuir fundamentos e, principalmente, sem antes conhecer a realidade a qual será enfrentada. Nesse sentido, a presente pesquisa é importante para todos os futuros gestores: é impossível haver um autêntico processo educativo sem antes conhecer a realidade e quais os desafios que serão enfrentados neste mesmo processo.

A Gestão Escolar

O termo gestão escolar é muito usado nos dias de hoje. Mas, antes de ser chamada assim, a conhecíamos pela expressão “administração escolar”. A ideia principal desta mudança, era de trazer para o contexto educacional elementos e sentenças fundamentais para a melhoria e eficiência dos processos institucionais.

Os estudos de administração tem sua atenção voltada para a atuação do administrador ou lider, sendo ele, o responsável direto pelo bom funcionamento das ações exercidas pelo grupo. Em certas formas de gestão, a figura do administrador tende a ser enfraquecida, dando espaço para os colegiados, as decisões grupais e o consenso.

A gestão, em sua definição ampla é maior que administrar, sendo as duas correlacionadas. Ela consiste no trilho dos destinos da escola, abordando a direção e principalmente na coordenação e supervisão escolar. (VIEIRA, 2006).

A gestão administrativa é um requisito para a qualidade da gestão pedagógica e da educação, sendo assim, o objetivo da gestão escolar administrativa é o de cuidar dos recursos físicos, financeiros e materiais da instituição. Na escola conservadora, a gestão administrativa era considerada o eixo mais importante da gestão, pois acreditava-se que garantindo bons materiais e recursos o processo educacional fluiria naturalmente e o ensino seria de qualidade. Segundo o Decreto de lei n° 49/2005 de 30 de Agosto de 2005 em seu Art. 46°:

A administração e gestão do sistema educativo devem assegurar o pleno respeito pelas regras de democraticidade e de participação [...] O sistema educativo deve ser dotado de estruturas administrativas [...] que assegurem a sua interligação com a comunidade. (BRASIL, 2005)

De acordo com a Profª Drº Heloísa Lück, a Gestão escolar relaciona-se a uma atuação que foca em promover a organização, mobilização e articulação das condições essenciais para garantir o avanço do processo socioeducacional das instituições de ensino e possibilitar que elas promovam o aprendizado dos estudantes de forma efetiva.

A organização e gestão constituem o conjunto das condições e dos meios utilizados para assegurar o bom funcionamento da instituição escolar, de modo que alcance os objetivos educacionais esperados. Os termos organização e gestão são frequentemente, associados à ideia de administração, de governo, de provisão de condições de funcionamento de determinada instituição social – família, empresa, escola, órgão público, entidades sindicais, culturais, científicas, etc. – para a realização de seus objetivos. (LIBÂNIO, 2007, p.293).