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Instrumento De Intervenção Pedagógica Como Estratégia Para Minimizar Os Problemas Comportamentais E De Aprendizagem Identificados No Aluno Surdo

Por:   •  23/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.414 Palavras (10 Páginas)  •  236 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

POLO:

CURSO: MATEMÁTICA LICENCIATURA

DISCIPLINAS NORTEADORAS – Didática; Língua Brasileira de Sinais; Responsabilidade Social e Meio Ambiente.

JOSIANE FERREIRA

Instrumento De Intervenção Pedagógica Como Estratégia Para Minimizar Os Problemas Comportamentais E De Aprendizagem Identificados No Aluno Surdo

NOME DO TUTOR: TATIANE DUARTE CONTE

Piracaia/SP

2016

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        A INDISCIPLINA DO ALUNO SURDO        4

3.        DIFERENÇAS DO PORTUGUÊS PARA OUVINTES E SURDOS        5

4.        DIFUSÃO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO CONTEXTO EDUCACIONAL        6

5.        CONCLUSÃO        8

REFERÊNCIAS        9

  1. INTRODUÇÃO

“O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa” (Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004. 94 p.: il), aborda as várias questões referentes a interpretação de sinais no ambiente escolar.

O intérprete educacional é o profissional que atua na interpretação de língua de sinais. Existe uma forte demanda nessa área de atuação devido ao crescente aumento de inclusão de alunos surdos, porém faz-se necessário a capacitação desse profissional de acordo com o nível de educação onde irá atuar (na educação infantil, na educação fundamental, no ensino médio, no nível universitário e no nível de pós-graduação).

Para atuar na área da educação deve intermediar a relação entre os professores e os alunos, bem como entre os colegas surdos e os colegas ouvintes. Mas essa relação não é tão simples como parece, pois muitas vezes o papel do intérprete pode ser confundido com o do professor quando os alunos dirigem questões, comentam e travam discussões diretamente com o interprete e não com o professor, principalmente na educação infantil onde os alunos ainda não entendem que aquele que está passando as informações é o intermediador entre ele e o professor. Tal dificuldade deve-se ao fato da criança surda estabelecer vinculo com quem lhe dirige o olhar. Já adolescentes e adultos lidam melhor com essa situação. Nos níveis posteriores será exigida capacitação mais aprofundada para poder realizar a interpretação compatível com o grau de exigência dos níveis cada vez mais adiantados da escolarização.

Um problema ético que pode ocorrer é o fato dos intérpretes interagirem com os professores, pois é natural travar comentários a respeito dos alunos durante os intervalos. O código de ética prevê que o intérprete seja discreto e mantenha sigilo, não faça comentários, não compartilhe informações que foram travadas durante sua atuação. Ao intérprete é recomendado redirecionar os questionamentos ao professor.

De acordo com uma pesquisa com os intérpretes de Língua de sinais em sala de aula na Universidade Luterana do Brasil realizada por Quadros (2001), há vários problemas de comunicação que acontecem entre os surdos e os ouvintes quando há intérpretes intermediando a comunicação.

Uma das justificativas deste trabalho está relacionada à carência de profissionais intérpretes devidamente qualificados, onde os alunos tem seu processo de aprendizagem prejudicado.

Para realizar esta pesquisa, foram filmadas turmas em que havia intérpretes atuando em sala de aula na ULBRA5 . Foram analisadas as produções dos intérpretes na língua de sinais comparando-se com as produções dos professores e, ou colega na língua portuguesa. Os aspectos considerados na análise foram:

  • as estruturas linguísticas usadas,
  • o conteúdo semântico e pragmático
  •  as escolhas lexicais.

Constatou-se que a necessidade de qualificação técnica é urgente. Os comprometimentos gerados a partir destes problemas são tão grandes que as questões estruturais ficaram em segundo plano.

As estruturas linguísticas utilizadas apresentam inadequações, mas o comprometimento no nível semântico é tão maior e as escolhas lexicais são tão equivocadas que inviabilizaram a análise no nível puramente estrutural. Constatou-se que o domínio das línguas não garante a qualidade da interpretação, uma vez que os intérpretes selecionados são fluentes em ambas as línguas.

Pensar no intérprete de língua de sinais na sala de aula para intermediar a interação professor-aluno em que se deve dar o processo de ensino aprendizagem é uma responsabilidade enorme e exige qualificação específica na área da interpretação e nas áreas de conhecimento envolvidas.

Várias questões seriam sanadas se fosse permitido aos professores-intérpretes exercer a função de professor e intérprete ao mesmo tempo, e não em períodos e turnos diferentes como é exigido atualmente. Perder-se-ia menos tempo com a tradução, haveria a tradução em libras dos termos técnicos de cada disciplina de forma correta, sem interpretações que geram outro significado e garantindo o entendimento de qualquer enunciado, além de quebrar com a barreira para comunicação entre aluno-professor.

  1. A INDISCIPLINA DO ALUNO SURDO

Foi cometido um equivoco irreparável, com o aluno surdo, ao ensinar o português com os mesmos métodos usados com alunos ouvintes, visto que ambas são distintas, com gramática e regras próprias. Além disso, o aluno com surdez não se motiva somente pelo método oral, o professor está falando e ele não se interessa. Várias pesquisas já demonstraram (SOUZA, 1998) que a maioria dos surdos só consegue ler 20% da mensagem através da leitura labial, perdendo a maioria das informações. Geralmente os surdos deduzem as informações através do contexto em que as palavras são ditas. 

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