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O Estudo de Caso

Por:   •  17/9/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.621 Palavras (7 Páginas)  •  172 Visualizações

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Questão 01:

Durante décadas a fio, Ivan Meneses dirigiu a sua empresa com mãos de ferro. Agora, já idoso e com problemas de saúde, pretende preparar seus dois filhos como futuros sucessores na direção do negócio. Sabe que terá problemas pela frente. Seus filhos têm outra mentalidade sobre como tocar a empresa em sua maneira liberal de pensar e agir. Enquanto Ivan é autocrático e impositivo, os seus filhos são extremamente democráticos e liberais. Se você fosse o consultor da empresa o que faria nessa situação?

Um fator de extrema importância nas organizações está relacionado à presença de gerações diferentes atuando no mercado. É importante destacar que a observação de suas características com relação ao âmbito de crenças, prioridades, valores e sobretudo, a forma com a qual se relacionam e de como tais particularidades podem influenciar no ambiente de trabalho é fundamental para essas unidades sociais. Nesse sentido, é válido que as organizações estejam atentas ao gerenciamento do ambiente interno.

O caso da questão pode ser entendido como um exemplo de conflito de gerações, diante disso, na situação hipotética proposta, como consultor, é importante uma análise primeiramente, organizacional da empresa, que por meio do enunciado, podemos entendê-la como formal, além de esclarecer ao Sr. Ivan que há distintas formas de negócios que sofrem renovação contínua com o objetivo de se adaptarem aos segmentos de mercado, uma vez que a geração a qual seus filhos pertencem é presente no mercado de trabalho com o perfil mais alinhado às exigências do ambiente. É válido abordar a evidência dos benefícios de como implementar tal visão descentralizada em uma organização centralizada, como é o caso da empresa que, ao longo de anos, foi dirigida pelo Sr. Meneses.

Ao estabelecer conexão da problemática em questão com as abordagens estruturalistas, é possível notar que os estruturalistas veem a organização como um sistema construído e em constante relação com seu ambiente. De acordo com essa visão, as relações estabelecidas diante das partes da organização são de grande relevância, o que gera destaque as relações entre organizações de cunho formal e informal, tendo como base o estudo de empresas, hospitais ou até mesmo escolas, o que permite preferência a abordagem comparativa. O estruturalismo representa uma trajetória à abordagem sistêmica. Com o surgimento da teoria estruturalista traz um conceito de organização e de homem compreendidos como novos no pós-fordismo, o homem organizacional que desempenha papéis simultâneos em organizações diferentes.  

A análise das organizações sob o ponto de vista estruturalista é feita dentro de uma abordagem múltipla e globalizante: tanto a organização formal como a informal devem ser compreendidas, bem como as recompensas, punições materiais e sociais devem ser consideradas no comportamento das pessoas, todos os diferentes tipos de organizações devem ser levados em conta empresas industrias, comerciais, de serviços, exércitos, igrejas, partidos políticos, universidades, entre outros. Os diferentes níveis hierárquicos devem ser abrangidos pela análise organizacional, bem como as relações externas da organização como outras organizações (análise interorganizacional).  A análise organizacional, dentro desta abordagem múltipla e globalizante, é facilitada com a utilização de tipologias organizacionais, assunto em que os estruturalistas são mestres: Etzioni, Blau e Scott sugerem tipologias simples e unidimensionais para analisar e comparar as organizações.

Para avaliar a realização das organizações, os estruturalistas estudam os objetivos organizacionais que representam as intenções das organizações. Seu alcance mostra até que ponto as organizações são eficazes e bem-sucedidas. A teoria estruturalista inaugura os estudos a respeito do ambiente dentro do conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com os seus contextos externos. A teoria administrativa havia se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado. Porém, as unidades sociais não funcionam de forma pacatas, existem conflitos e dilemas organizacionais que provocam tensões e atritos que englobam características positivas, cuja resolução conduz a organização à inovação e à mudança.

A visão autocrítica de Ivan pode se adaptar ao olhar liberal de seus filhos. E tal visão é compreendida como uma liderança laissez-faire, em outras palavras, onde a equipe pode tomar decisões com mais liberdade. É fundamental que o atual gestor da empresa entenda que uma gestão democrática pode trazer diversos fatores benéficos para seu negócio, como a potencialização de planos, recursos e objetivos. O que para isso, é aconselhável investimento em programas de treinamento, além de promover a integração entre os colaboradores.

Questão 02:

Como focalizar mais amplamente as empresas?

Paulo Natan saiu da faculdade há 30 anos. Sempre trabalhou dentro dos padrões que aprendera da Teoria Clássica, neoclássica, das Relações Humanas e da Burocracia. Agora, sua experiência profissional frente aos problemas atuais lhe indica que é necessária uma nova abordagem da empresa que dirige. Como você poderia mostrar a Paulo as diferentes abordagens múltiplas dos estruturalistas?

        A Teoria Estruturalista surgiu como um desdobramento dos estudos de autores focados para a Teoria da Burocracia, que tentaram gerar uma certa conciliação entre as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram uma relação mútua das organizações com seu ambiente, que pode ser entendido como a sociedade. O que estabelece paralelo com a caracterização da sociedade de organizações pela independência.

        Como já citado anteriormente, novos conceitos a respeito do homem e da organização surgem, o homem organizacional desempenha e protagoniza papéis simultâneos em organizações diferentes. A análise da unidade social sob a perspectiva estruturalista é feita dentro de uma abordagem múltipla e global. A Teoria dá origem às pesquisas do ambiente dentro do conceito de que as organizações são compreendidas como sistemas abertos, que estão em constante interação com o cenário externo. O ambiente é tudo o que envolve externamente uma organização. Para os estruturalistas, o ambiente é constituído pelas outras organizações que formam a sociedade. Uma organização depende de outras organizações para atingir os seus objetivos. Segundo Chiavenato (2004), a interação entre a organização e o ambiente torna-se fundamental para a compreensão do estruturalismo.  O mesmo autor destaca o fato de que conhecemos muito a respeito de interação entre pessoas, alguma coisa sobre a interação entre grupos e pouquíssimo sobre a interação entre organizações e seus ambientes.

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