O Estudo de Caso Empresa de Doces

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MÁRCIO LUIZ CORRÊA NETTO GOMES

TRABALHO DA DISCIPLINA EMPREENDEDORISMO

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RIO DE JANEIRO

JUNHO DE 2022

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (EAD)

EMPREENDEDORISMO

MÁRCIO LUIZ CORRÊA NETTO GOMES

TRABALHO DA DISCIPLINA EMPREENDEDORISMO

[AVA 2]

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RIO DE JANEIRO

JUNHO DE 2022

INTRODUÇÃO

A pandemia de Covid-19 que vem acometendo a população global desde dezembro de 2019 evidenciou as fragilidades dos negócios em todo o mundo. A dependência de muitos países em relação aos produtos oriundos da China, a incapacidade de adaptação rápida e eficiente a novos cenários econômicos, a resistência em utilizar tecnologias mais avançadas em seus negócios e a dificuldade em adaptar e criar novas maneiras de estímulo ao consumo, mais pertinentes com os modelos de comportamento contemporâneos, são alguns dos exemplos.

Essas fraquezas, que se mostraram como contratempos a serem superados por empresas de grande porte e bem posicionadas no mercado, apresentam-se como grandes obstáculos a serem superados por empresas de pequeno e médio porte, especialmente as que não possuem uma gestão profissional e qualificada.

No Brasil, as micro e pequenas empresas são um exemplo in loco desse panorama. A segunda edição da pesquisa O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae, revelou que 31% das pequenas empresas mudaram seus modos de operação e que 58,9% deixaram de operar no país, pelo menos temporariamente.

Neste trabalho, será analisado e proposto um desfecho para o case de uma empresa de pequeno porte fictícia - aqui batizada de Doces Finos LTDA.-, que vendia doces finos somente em loja física e que teve seu negócio comprometido pela pandemia do Covid-19, quando ocorreu a redução do seu número de clientes.

ANÁLISE DO CASE DA DOCES FINOS LTDA.

Como consequência da pandemia de coronavírus iniciada na China em dezembro de 2019, foram adotadas medidas restritivas no tocante à circulação de pessoas nas principais cidades do mundo, como uma tentativa de frear o avanço da doença, situação também experimentada no Brasil. A Doces Finos LTDA. - organização de pequeno porte que vende doces apenas em sua única loja física - teve seu negócio afetado em consequência da redução de clientes circulando em seu ponto de vendas, o que fez diminuir a saída de mercadorias e a entrada de recursos.

        Esse mesmo fenômeno ocorreu em diversas pequenas empresas no Brasil. Dados da segunda edição da pesquisa O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae, revelaram que 31% do total de pequenas empresas no Brasil tiveram de alterar seu modo de operação dos negócios. Além disso, aproximadamente 10 milhões de pequenas empresas suspenderam temporariamente suas atividades. As empresas que optaram por atravessar a crise realizando mudanças em suas operações e as que decidiram suspender as atividades, foram motivadas por um mesmo problema: a queda do faturamento.

        Máxima consagrada no conhecimento popular diz que: “se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai até a montanha”. Logo, para aumentar as vendas e, pelo menos, manter o faturamento, a Doces Finos precisa levar suas mercadorias até o possível consumidor. Atualmente, a maneira mais eficiente e ágil de fazer isso é utilizando um aplicativo de vendas on-line, e no Brasil, de acordo com a revista eletrônica Assas Money, o I-food é o app mais utilizado para delivery de comida.

        Porém, não basta adotar a metodologia de vendas virtuais que o negócio estará a salvo. Afinal de contas, a pandemia provocou alterações profundas na conjuntura econômica do país, aumentando o risco de mercado. Dentre as alterações mais significativas, pode-se citar: o aumento do desemprego, diminuição da renda das famílias, mudanças no comportamento do consumidor e riscos de desabastecimentos de determinados produtos e matérias primas.

        De acordo com a reportagem da revista Veja (Veja, 2021), o IBGE contabilizou no Brasil, no primeiro trimestre de 2021, mais de 15 milhões de desempregados. Na esteira do desemprego, a migração para o mercado informal é uma, ou talvez a única, alternativa. Porém, de qualquer modo, tanto o desemprego quanto a informalidade contribuem para a diminuição da renda das famílias brasileiras, fato ainda percebido nesse primeiro semestre de 2022, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE.

        Essa mudança no perfil econômico das famílias brasileiras reflete no desempenho econômico do Brasil e desencadeia uma séria de mudanças no comportamento de consumo. Conforme o arroxo financeiro se agrava, uma das primeiras medidas adotadas pelas famílias é o corte no consumo de produtos considerados supérfluos, priorizando os essenciais. Na sequência, outra medida também utilizada é a substituição de marcas, no intuito de baratear os custos das compras mensais.

Além disso, outro fator de risco que precisa ser observado é o da descontinuidade do abastecimento de matérias primas e produtos. A pandemia ressaltou a interdependência que os países do mundo possuem para a aquisição das matérias primas e produtos que eles não possuem autonomia de produção. Com isso, alguns insumos fabris, algumas matérias primas e produtos tiveram a sua produção e exportação afetadas.

        Diante desse recorte na conjuntura econômica do mercado mundial e das particularidades do mercado nacional, pode-se sugerir um plano de ações para que a Doces Finos enfrente a crise com maior clareza na condução do seu negócio.

        A primeira ação a ser colocada em prática é reunir informações do momento atual da empresa, conjugando-as com as necessidades do mercado e dos clientes. Isso deve ser feito através de uma pesquisa de mercado primária, mais rápida e mais barata para uma pequena empresa.