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Trabalho de Sociologia

Por:   •  31/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  104 Visualizações

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Não é de hoje que o trabalho de uma classe social se sobrepõe a exploração de outras classes sociais.

Desde os tempos das grandes descobertas territoriais, período da história que decorreu entre o século XV e início do século XVII, inicialmente os portugueses, depois os espanhóis, exploravam intensamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio que as colônias por eles conquistadas eram tratadas de forma exploratória e chamadas de colônias de exploração [1].

Em outros lugares, assim como no Brasil, os índios inicialmente e após um longo período os negros africanos trazidos para cá foram fortemente explorados, escravizados, o que caracteriza uma forma massante de exploração. Numa relação marcada pela opressão de uma classe sobre a outra.

Com o passar dos anos e séculos, houve muitas mudanças na forma de lidar com o trabalho, principalmente com a forma de tratar os empregados, porém a sobreposição de uma classe sobre a outra marca o capitalismo na sociedade europeia principalmente.

Como surgimento das máquinas, já no século XIX, em substituição da mão de obra das pessoas, ocorre a revolução industrial e em outra parte da Europa, ocorre a revolução francesa. O mundo passava por diversas transformações decorrentes destas revoluções como: o crescimento demográfico, fome e desigualdade entre as classes, onde a relação de produção continuava a ser baseada na exploração do trabalho de uma classe social menos favorecida.

Foi em meio a essa desordem urbana de Auguste Comte e Herbert Spencer basearam seus estudos na enorme transformação e desafios da sociedade capitalista, onde os valores família, religião, justiça e outros haviam perdido força por conta da intensa busca pelo desenvolvimento capitalista [2].

Comte valorizava o planejamento para atingir o bem-estar social, e pregava que a elite que dirigia a sociedade deveria ser formada por cientistas, é a chamada Teoria do Positivismo, onde através da ordem, disciplina, o respeito aos valores chegaria a bons resultados para atingir o progresso social. Hoje em dia, a essência do pensamento de Comte ainda vigora com outra nomenclatura, planejamento e desenvolvimento [3].

Émile Durkheim, um pensador francês, estabelecia a sociologia como disciplina rigorosamente científica e entendia que era necessário observar e analisar os fenômenos e as relações entre os grupos sociais para realizar a identificação das leis que regulam a vida social.

A divisão de trabalho social é um instrumento importante que ainda hoje é utilizado para compreender as diferentes funções necessárias ao funcionamento de uma sociedade.

A complexidade da sociedade decorre do grau de desenvolvimento de uma sociedade que tende a se dividir e tornar assim os papéis especializados. Em decorrência desta divisão, Durkheim diz que a coesão harmônica da sociedade, que é a base da integração social, vem da solidariedade social, onde os indivíduos compartilham algo em comum, como valores, crenças, linguagem, hábitos, costumes que permite a coesão entre eles.

De fato, nos dias atuais a sociedade está na sua forma mais complexa e orgânica, pois há uma variedade e discrepância entre valores, e metas entre os indivíduos. Vemos que em relação a trabalho no âmbito de mão de obra especializada, a sociedade brasileira está na sua forma mais escassa. A economia brasileira está em baixa, as pessoas estão perdendo o seu emprego e por conta disso a taxa de pessoas desempregadas, principalmente no estado do Rio de Janeiro tem crescido assustadoramente.

Ocorre que segundo estudos a oferta de empregos é grande, porém há a escassez no mercado por mão de obra especializada e a falta de qualificação profissional freia o desenvolvimento do mercado de trabalho no país [4].

Essa lacuna que se abre diferenciando as classes trabalhadora e desempregados na sociedade, faz com que a diferença entre as classes sociais estejam ainda mais evidentes, onde na solidariedade orgânica há uma maior variedade de valores metas e sentimento individuais, gerando maiores possibilidades de divergências. É comum em sociedades mais complexas. Já a solidariedade mecânica ocorre em sociedade onde os indivíduos partilham os mesmos valores, objetivos e sentimentos. São sociedades menores e mais homogêneas, com baixo grau de conflito entre seus membros.

No Rio de Janeiro, podemos perceber nas ruas um aumento de camelôs, caracterizando o trabalho informal, em decorrência desta falta de emprego, assim como também o aumento de pessoas que vendem comida (quentinha). Com isso, há a percepção de que há espaço para todos mesmo que seja no mercado informal, estas pessoas conseguiram encontrar em meio ao desemprego uma forma de conseguir manter-se no mercado de trabalho (informal). É o que diz o fundamento da solidariedade orgânica, onde cada um sabe que depende do outro, isto está ligado à relação de consciência coletiva (crenças, regras, linguagem, normas).

Considerando que na consciência coletiva, a sociedade pode ser normalidade social, onde as pessoas vivem de acordo com as leis e costumes vigentes na sociedade (pessoas idôneas e de bom caráter) e há a desintegração social que caracteriza o constante desenvolvimento social, onde podem surgir episódios de patologia social com problemas no funcionamento de forma coesa da sociedade por causa de baixa integração dos indivíduos à consciência coletiva ou por problemas de integração das normas da sociedade, a chamada anomia social [5]. Como exemplo a esta patologia posso retomar o pensamento da classe de desempregados que não conseguem uma recolocação no mercado de trabalho formal e nem informal e acabam por transgredir a lei, as normas, as regras e os dogmas que todos os indivíduos devem partilhar, conforme prega a consciência coletiva pregada por Durkheim.

O estado anômico de uma sociedade e identificado quando há a ausência de uma força reguladora (falta de policiamento ostensivo em certas regiões de conflito social), o descompasso entre situações e sua regulamentação (como exemplo a falta

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