FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERL NDIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN

RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO

Alemanha: A dialética do moderno (1920 – 1933)

Bauhaus: A evolução de uma ideia - Walter Gropius

Disciplina:​ Teoria e História da Arquitetura e da Cidade III

Docente:​ Maria Beatriz Camargo Cappello

Discentes: ​Beatriz Santos Silva Betette – 11711ARQ017

Deborah Ngandu – 11211DIT037

Victória Funari Poliselli – 11711ARQ001 ​

Uberlândia, 2018

1. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

ARGAN, Giulio Carlo. Walter Gropius e a Bauhaus. Editora José Olympio LTDA. Rio de Janeiro, 2005.

GIEDION, Sigfried. Espaço, Tempo e Arquitetura. Editora Martins Fontes. São Paulo, 2004.

BENEVOLO, Leonardo. História da Arquitetura Moderna. Editora Perspectiva. São Paulo, 2006. 4. ed.

COLQUHOUN, Alan. La Arquitectura Moderna: una historia desapasionada. Traducción de Jorge Sainz. Editorial Gustavo Gili, SA, 2005.

DROSTE, Magdalena. Bauhaus. Editora Taschen. Tradução João Bernardo Boléo. Fundação Josef e Anni Albers, 2006.

FRAMPTON, Kenneth. A Genealogy of Modern Architecture. Lars Muller Publisher. Edited by Ashley Simone.

__________, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. Editora Martins Fontes. São Paulo, 1997.

COMPAIN, Frédéric. Le Bauhaus de Dessau. France, 1999.

2. CONTEXTO DA INTRODUÇÃO DA BAUHAUS EM DESSAU E O MOVIMENTO MODERNO

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Bauhaus foi a primeira escola de design criada no mundo, reunindo em um só lugar disciplinas como artes plásticas, arquitetura, marcenaria, artesanato, entre outras. Ela foi o portal da maior expressão do Modernismo nas áreas de design e arquitetura.

Fundada por Walter Gropius, a Bauhaus em Dessau demonstra com clareza as características que determinam o seu estilo modernista: estrutura independente, fechamentos em vidro, volumetria pura. Elementos já vistos na sua primeira obra, Fábrica Fagus, em 1911, influenciado pelo antigo mestre Behrens.

É de imensa importância ressaltar que a arquitetura e o urbanismo moderno não são resultado de um programa estabelecido, nem de ideais positivos de melhoramento de vida remetendo ao funcionalismo, mas nascem de uma crise social situada no pós-guerra. Portanto, não visa o alcance de um ideal de ordenamento abstrato da sociedade, nem mesmo tenta enfrentar e resolver os problemas reais da sociedade na época.

Em 1925, já como líder da Alemanha Nazista, Hitler ordenou a maior ação contra a arte — no caso, a modernista —, anunciando a exposição "Arte Degenerada".

No contexto artístico, as obras degeneradas fugiam do padrão do naturalismo — que representa as figuras em ambientes naturais, buscando o equilíbrio, harmonia e perfeição. Em contrapartida, a arte modernista tinha como doutrina a liberdade, e os nazistas a consideravam "coisa de judeus".

Hitler tomou várias atitudes contra manifestações artísticas as quais considerava impróprias, fechando mostras de arte moderna e realizando outras exposições difamatórias, além de perseguir e prender professores, artistas e curadores que se identificavam com formas de arte não aprovadas pelo governo.

A escola teve que fechar suas portas devido a grande perseguição por parte do Governo.

Em Dessau, onde o conselho da cidade era de maioria sócio-democrata, foi possível se pensar em uma nova Bauhaus. A prefeitura local liberou verba para a construção da nova escola.

Dessau era um centro industrial muito importante, e consequentemente, o local ideal para um encontro entre o vanguardismo e o industrialismo.

A Bauhaus foi fundada em Weimar, onde a nova constituição alemã também estava dividida. A espinha dorsal da Bauhaus na antiga cidade era as suas oficinas, onde os alunos, conhecidos como aprendizes, adquiriram as habilidades, não projetando no papel, mas fazendo objetos e peças físicas. Como exemplo, cadeiras e outros tipos de móveis em madeira, encadernação de livros, vitrais, acessórios em metal, tecidos e cerâmicas.

Uma grande inovação na Bauhaus foi que as habilidades do ofício eram ensinadas pelos mestres artesãos enquanto a inspiração estética vinha dos artistas, unindo arte à tecnologia.

Gropius acreditava em algo construtivo, no pensamento da pintura moderna que acusava uma certa filosofia, desenvolvida na relação que estabeleciam entre o espaço, as cores e as formas. Por isso, instaurou como objetivo final da Bauhaus, a arquitetura, da qual os pintores seriam capazes de pintar desde os primeiros momentos do pensamento do novo construtivismo. E de fato, segundo Gropius, mostraram que era possível.

Para Gropius, era necessário juntar todas as áreas e destruir as barreiras de separação estabelecidas entre as artes de pintura e de escultura ou entre arquitetura e design. Todas as disciplinas foram colocadas em uma única finalidade, ressaltando que toda atividade criativa é a construção.

3. ANÁLISE DA OBRA

O terreno colocado a disposição de Walter Gropius para a construção de sua escola se encontrava

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