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FICHAMENTO A RELEVÂNCIA DA ARQUITETURA

Por:   •  16/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.636 Palavras (7 Páginas)  •  122 Visualizações

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A Relevância da Arquitetura: Paul Goldberger

- Conjuntura Biográfica Literária

Paul Goldberger (1950-∞) de nacionalidade americana, é um renomado autor, educador, jornalista e crítico de arquitetura. Formado em história da arquitetura (1972) pela Yale University, trabalhou como reporter para o The New York Times, logo depois no mesmo jornal foi nomeado crítico de arquitetura, alguns anos depois assumiu o cargo de reitor da Parsons The New School for Design, onde também leciona.

Ganhou várias premiações nas suas áreas de atuação, como; o Prêmio Pulitzer de Crítica, o prêmio Vincent Scully Prize, e também recebeu das mãos do prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani o prêmio Preservation Achievement Award em reconhecimento a contribuição dos seus trabalhos na preservação histórica.

Além de publicar artigos científicos também escreveu vários livros como; “Why Architecture Matters”, “Building Art: The Life and Work of Frank Gehry” e em 2011 lançou uma de suas mais célebres obras traduzida para o português pela editora Bei “A Relvância da Arquitetura”.

- Capítulo I: Significado, Cultura e Símbolo

No início dos Primeiros paragráfos o autor se encarrega de imergir o leitor para o contexto do livro e do fazer arquitetônico, a priori contrapondo uma definiçao de Nikolaus Pevsner, onde afirmou que “Uma garagem de bicicleta é uma construção, a catedral de Lincoln é arquitetura”. Para ele, Pevsner erra em segregar a construção fútil da arquitetura com “A” maiúsculo, ambas tem utilidade própria, características singulares, e despertam sençasões únicas, não devendo ser avaliadas apenas de acordo com a profundidade e complexidade presentes em cada uma delas. Como arremate a suas palavras, ele complementa sua afirmação com a definição Vitrúviana de arquitetura:

Vitrúvio, escrevendo da Roma antiga, por volta do ano 30 d.C., descreveu os princípios em que se embasa a arquitetura como utilidade, beleza e solidez [utilitas, venustas, firmitas], e ninguém conseguiu aperfeiçoar sua tripla definição, já que ela resume de maneira convincente o paradoxo arquitetônico: uma construção precisa ser útil, e ao mesmo tempo o oposto do útil, já que a arte – a beleza, nos termos de Vitrúvio – não possui, em essência qualquer função prática.

(GOLDBAERGER, 2011, p.25).

Portanto, a arquitetura consiste em toda intervenção humana com um fim utilitário, complementado por elementos estéticos e concebidos através da engenharia com base nas leis da física. Sendo esse tripé interdependente entre sí, podendo ser dissolúvel, não obstante a supressão de um desses princípios compromete o fim da obra arquitetônica em sí mesma, descaracterizando-a.

Logo após, o escritor cita como exemplo a casa londrina do arquiteto Sir John Soane, mais especificadamente sua sala de desjejum, descrevendo seus elementos em concordância com a definição vitruviana, orientando a visão do leitor a coisas aparentemente imperceptíveis mas que compõem o cômodo de modo a deixar determinada impressão ou sensação.

Soane Gostava de criar cômodos dentro de cômodos e espaços que se comunicavam de maneira inesperada com outros espaços; na sala de desjejum é possível perceber que ele faz isso não apenas para explorar um malabarismo técnico versão 1800, mas para proporcionar uma espécie de conforto psicológico.

(GOLDBAERGER, 2011, p.27-28).

Com o avançar dos parágrafos, o autor cita outros exemplos com um nivel de destalhamento surpreendente, descreve uma análise profunda e clara sobre as construções citadas, expondo detalhes quase que imperceptiveis, após isso, a partir do objeto de uma conjectura -nesse caso a música-, faz uma analogia com a percepção arquitetônica e seus níveis de sensibilidade.

É certo que não poderíamos viver constantemente atentos à música e por certo ingnoraríamos até os mais belos sons se eles nos circundassem o tempo todo, como faz a arquitetura. A onipresença da arquitetura nos obriga a ignora-la. Como vimos, não somos capazes de absorvê-la sempre em seu nível máximo de intensidade. Contudo, tampouco é possível deixar de absorvê-la.

(GOLDBAERGER, 2011, p.33).

O escritor envereda o capítulo para uma das questões cernes da arquitetura – o teor social, inicia seu paragráfo com a seguinte frase “A arquitetura é social, além de individual” detalhando e exemplficando uma das características primárias da arquitetura, a inalienabilidade do social, o quão disformes e incompletas ficam as obras arquitetônicas sem quem as utilize, as obras arquitetônicas são insegregaveis dos seus utilizadores, a sua existência conceitual é paralela ao seu tempo de utilização, pois a partir do momento que uma obra deixa de ser utilizada, é uma questão de tempo para que deixe de ser o resultado manipulação humana racional da natureza e volte a integrar a natureza em sua forma primordial.

É preciso muita gente para criar uma obra arquitetônica, e muita gente para utilizá-la. O romance pode atingir seu mais profundo sentido na leitura de um só indivíduo, porém as salas de concertos, os museus ou prédios de escritório ou até mesmo residências, derivam grande parte de seu sentido dos atos sociais que ocorrem no seu interior e de como sua forma concreta se liga intrinsecamente a esses atos sociais.

(GOLDBAERGER, 2011, p.34).

Em um dos parágrafos seguintes o autor inicia-o com a seguinte frase “A arquitetura é a máxima representação concreta de uma cultura”, com a introdução anterior sobre a arquitetura e seu cunho social, o autor afunila esse vasto tema, direcionando especificamente para os ícones arquitetônicos culturais, exemplificando esse conceito com o nome de algumas obras arquitetônicas destrinchando seus simbolismos e a importância que sua reprenstatividade socio-cultural tem sobre um povo. Por mais simples que seja uma obra, sua história e contexto cultural a demarca como importante símbolo para um povo ou nação, e como elemento verificador dessa afirmação, o autor cita o Memorial dos Veteranos do Vietnã, delineando uma breve história de sua concepção e construção. Outros

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