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MAQUETES DE PAPEL, PAULO MENDES DA ROCHA

Por:   •  17/7/2017  •  Resenha  •  442 Palavras (2 Páginas)  •  1.183 Visualizações

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Para os arquitetos, é fundamental o exercício de imaginar as coisas que ainda não existem. Com tal finalidade, invocam todo o conhecimento acumulado pela experiência humana, pela história. O arquiteto deve ser capaz de invocar memórias sobre os saberes, mesmo que de forma inconsciente para ser capaz de conceber um projeto.

Às cidades contemporâneas são atribuídos diversos problemas em que devem ser pensados coletivamente soluções para melhorar a vivencia da cidade para todos. Deve ser exercitada a visão crítica sobre as situações. À esses problemas surge a questão primordial da arquitetura: a fabricação, a construção e a edificação da cidade.

O projeto da cidade deveria, portanto, possuir uma visão da disposição espacial e da instalação das populações, das infraestruturas, das casas. Acomodar as populações no seu melhor arranjo, e não apenas vender terrenos, como querem os especuladores imobiliários.

O caráter político da arquitetura não deve ser negligenciado. Cabe, também, aos arquitetos agir de forma justa junto às prefeituras e assembleias para que as questões sociais da ocupação das cidades não sejam tratadas levianamente, a fim de beneficiar o capital privado.

A arquitetura não é, portanto, apenas uma questão de quantidade de saber. Nela estão envolvidas questões sociais, políticas, filosóficas, antropológicas, geográficas, entre outras, sendo um trabalho interessante, engenhoso, e, infelizmente, de fácil degeneração.

-Maquete:

O exercício da imaginação do arquiteto, a visualização quase lúdica do que será a vir o projeto é uma importante habilidade a ser desenvolvida.

A maquete surge como um instrumento auxiliar a essa imaginação. Usada como parte do processo de criação, e não apenas como produto final, a maquete de desenvolvimento é um “croqui físico” que traz do lúdico campo das ideias uma materialidade de mais fácil visualização que direciona sua imaginação à criação do que se deseja construir.

A maquete seria um instrumento de experimentação, associada aos croquis, a fim de se ver melhor o que se está tentando fazer e tal experimentação é insubstituível, mesmo com os recursos digitais da atualidade. A maquete de processo seria comparável ao corpo de prova, algo para ensaiar e materializar o que foi criado na mente.

Construir algo que você possui em mente é algo particular do gênero humano e convoca a consciência da transformação naquilo que você pretende. A maior pretensão do arquiteto é construir uma cidade para todos, construir uma vivência na cidade que não é democrática nas cidades modernas. Tendo uma ideia concreta do que é desejado e entendendo a necessidade de construí-la, voltamos às maquetes como extensão do processo mental de construir.

Esse processo mostrado no modelo, essa linha de raciocínio visível e física, não pode ser reproduzida por um computador, sendo este somente utilizado em uma fase posterior da concretização e finalização da ideia.

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